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segunda-feira, 28 de março de 2022

UM ANO SEM RESPOSTAS E A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR: QUEM MATOU LARYSSA GOMES?

 



Conheça mais sobre a história de Laryssa Gomes

Laryssa Gomes

    Laryssa Gomes, então com 17 anos idade era uma estudante, filha, irmã e criada com muito carinho pelos seus pais Claudinei Lopes da Silva e Izuila Gomes de Jesus. Laryssa Já tinha concluído o ensino médio e estava aguardando o resultado das provas do ENEM para ingressar na universidade.

Laryssa era católica fervorosa e desde os seus 14 anos de idade era catequista e participava do grupo de jovens da Igreja Santa Teresinha do Menino Jesus do Bairro Mutirão. De origem modesta, Laryssa Gomes era uma menina meiga, carinhosa, um orgulho para seus pais Claudinei e Izuila, que criava com muito carinho no conjunto residencial Parque Universitário, na rua Geografia, onde moravam.

Por onde passava, Laryssa chamava muito atenção, inclusive despertava inveja em muitas outras jovens além de Chapadinha. “Minha filha sempre foi uma pessoa meiga, alegre, extrovertida e sempre foi estudiosa e sabia o que queria” Define a mãe Izuila.

RETROSPECTIVA DO CASO

Dia 28 de março de 2021, era um domingo de ramos, a jovem estudante de 17 anos de idade Laryssa Gomes, saiu de sua casa para a Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores, no centro de Chapadinha, para exatamente, assistir uma missa que acontecia na igreja católica. Neste dia chovia muito em Chapadinha. Após a missa, os amigos foram lanchar no Dogão, Laryssa se despede de Padre Ambrósio e volta sozinha para sua casa pilotando a sua moto pop. Ela nunca chagava em casa depois das 21 horas. Como chovia muito, Laryssa resolve parar no Corpo de Bombeiro e esperar a chuva passar. Um dos amigos que a esperava no Dogão resolveu lhe telefonar. Ela atende o telefonema e disse ao amigo que estava no Corpo de Bombeiro esperando a chuva passar. O amigo pediu para que ela saísse daquele local à beira da BR porque era perigoso. Preocupado, o amigo vai até onde Laryssa disse que estava, mas chegando no Corpo de Bombeiro, ela não se encontrava mais no local. No celular de sua mãe estava registrado às 19:42 (dezenove horas e quarenta e dois minutos) a última ligação de Laryssa.

            Quando Laryssa chegava no Bairro Boa Vista, próximo a Universidade Federal do Maranhão, já nas proximidades de sua residência que fica no Parque Universitário, na rua da Geografia, onde ela morava com seus pais e o irmão Daniel Gomes, a rua estava deserta e às escuras, e foi exatamente ali, possivelmente por volta das 20 horas, que Laryssa foi abordada por alguém que provavelmente lhe seguia ou lhe aguardava numa curva próximo da sua casa e foi abordada pelo assassino ou assassinos que, à queima-roupa deu o primeiro tiro atingindo a sua perna. Laryssa já ferida e sanguentando muito, deixa a sua moto pop e sai correndo em direção a sua casa na rua da geografia. A poucos metros de sua residência e sendo perseguida pelo assassino, Laryssa cai, e nesse momento, premeditadamente e de forma covarde e cruel o assassino ou assassinos disfere um tiro certeiro na sua cabeça, na região dos olhos de Laryssa. O projetil saiu na região da nuca perfurando o capacete que Laryssa usava. Os vizinhos ainda chegaram a ouvir os estampidos ensurdecedor dos tiros de uma arma de fogo de calibre ainda não identificada. Ninguém saiu de casa naquele momento, mas o instinto de mãe foi mais forte. Por volta das 22 horas, dona Izuíla já preocupada começou a pensar em sua filha e resolve ligar para ela mas o celular estava fora de área. Dona Izuila sai de casa e foi para a rua e se depara com o corpo de sua filha estendida no chão. Naquele terreno baldio, cheio de tocos, pois o mesmo tinha sido roçado recentemente pelo seu pai. Izuila desesperadamente começou a gritar e pedir socorro para os vizinhos e as pessoas começaram a sair de suas casas para a rua. O irmão Daniel, desesperado e em prantos cai por cima do corpo da sua irmã abraçando-a e pega o corpo e leva para calçada de sua casa.


            Os pais e o irmão entraram em choque, desesperaram-se com tudo aquilo que estava acontecendo em suas vidas. A polícia foi acionada provavelmente por algum vizinho, mas quando chegaram já encontraram a adolescente já sem vida.  Talvez por despreparo a polícia pouco fez. O corpo de Laryssa que deveria ser levado para o HAPA, foi colocado numa ambulância já a cargo de uma funerária, e sem o acompanhamento da polícia foi levado para o CEMAC – Centro de Medicina Avançado de Chapadinha, onde foi feito o exame de corpo delito para ver se Laryssa tinha sido abusada sexualmente. O resultado é de que não foi encontrado vestígios de abusos sexuais. A perícia que foi feita também em seu celular não encontraram nada que incriminasse alguém ou que pudesse relacionar com o crime. Segundo informações, só tinha coisas relacionadas a cursos, maquiagens e o registro das últimas ligações que Laryssa tinha feito para sua mãe e recebida do amigo.

UMA CURIOSIDADE

      


   Laryssa não tinha o costume de ir pelo local onde foi abordada pelo criminoso ou criminosos. Ela foi por uma rota que ela não acostumava andar por lá. E fica a dúvida e a pergunta: Será que Laryssa foi abordada por algum amigo? Alguém conhecido que lhe passou confiança ou ela foi conduzida contra a sua vontade e ser levada para esse local deserto e escuro num dia chuvoso?

O curioso é que o zíper da calça de Laryssa estava aberto, mas sem sinais de violência e onde foi encontrado o corpo dela não tinha marca de sangue. A moto e a poça de sangue estava um pouco distante do corpo. Dando a entender que os assassinos ou assassino, tinha levado o corpo de Laryssa para um local mais próximo da sua residência.

                        A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR: QUEM MATOU LARYSSA? POR QUÊ MATOU?

         A pergunta que não quer calar e que intriga não somente toda família e amigos mas também a polícia. É quem matou Laryssa? Por quê matou? Por que até hoje esse crime não foi solucionado e ainda está sem respostas? O certo é que essa jovem estudante de 17 anos de idade foi barbaramente executada com um tiro na cabeça. Não levaram a sua moto, não levaram o seu celular e nem a sua bolsa. Será que tudo que o assassino ou assassinos queriam era somente tirar a vida de Laryssa? Será que ela foi morta por inveja? Será que ela foi morta por alguém que lhe assediava e lhe queria? Ou será que foi por alguém que não gostava do seu jeito alegre, extrovertido e resolveu dar fim a vida desta jovem estudante que sonhava em se formar e ajudar a sua família?

                        UM ANO DO ASSASSINATO DE LARYSSA E ATÉ HOJE NENHUM SUSPEITO FOI PRESO!

         

MANIFESTAÇÃO POR JUSTIÇA

   Completados 12 meses ou seja, um ano do assassinato de Laryssa Gomes, e até o momento não há pistas de quem seria o autor do crime, que continua sem a elucidação do caso e justiça ao assassino ou assassinos. Laryssa é mais um desses casos misteriosos que está sendo investigado pela Policial Civil de Chapadinha na tentativa de elucidar e prender o assassino ou assassinos que provavelmente estavam escondidos ou talvez perseguiam ela desde a Igreja Nossa Senhora das Dores até as proximidades de sua casa, esperando a hora e o momento certo para a execução do crime que chocou toda a sociedade Chapadinhense.

            Este assassinato chocou não somente a família mas, toda sociedade em geral. A dor e o sofrimento dos pais e familiares sentindo a falta enorme de Laryssa é muito grande e espera que a justiça seja feita e que a polícia prenda o assassino ou assassinos que devem estarem gozando neste momento a sensação da impunidade.

Ninguém está atrás de vingança, todos nós somos cristãos, como Laryssa era uma serva de Deus. Só pedimos mais agilidade, mais celeridade por parte da justiça. Estamos completando um ano do assassinato de Laryssa! E a família ainda espera por justiça! Quem foi que matou Laryssa? Por que mataram essa jovem que tinha muitos sonhos? Até quando vamos ter que conviver com esse tipo de crime? Em entrevista à TV Baixo Parnaíba, o ex-Secretário de Segurança Pública do Maranhão Jeferson Portela, disse que as investigações ainda estão em andamento para identificar a autoria dos disparos que tirou a vida de Laryssa Gomes. Até quando?

Herbert Lago Castelo Branco

OBS: Sem revisão Ortográfica

quinta-feira, 24 de março de 2022

A POESIA CHAPADINHENSE E SEUS REPRESENTANTES: ênfase em Aderson Lago

 

    
  

Aderson de C. Lago

     Aderson de Carvalho Lago nasceu no dia 26 de julho de 1915, na outrora Vila de Chapadinha. Filho do comerciante José Luiz Teixeira do Lago e da professora leiga Elisa Augusta Barbosa de Carvalho Lago e teve mais 5 (cinco) irmãos: Benedito de Carvalho Lago, Donatila Lago Ferro, Raimundo de Carvalho Lago, José Ribamar de Carvalho Lago e Zilda Clarinda Lago de Assis. Aderson Lago começou o curso primário na Vila de Chapadinha e concluiu em Buriti de Inácia Vaz; e os cursos ginasial e pré-jurídico no Liceu Maranhense, em São Luís. Aderson diplomou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Recife.

            Aderson de Carvalho Lago era casado com Maria Teresa Salomão Lago, com quem teve seu único filho Aderson de Carvalho Lago Filho, que lhe deu 3 (três) netos: Carolina Pires Ferreira Lago, Aderson de Carvalho Lago Neto e Rodrigo Pires Ferreira Lago.


Aderson Lago Ingressou no Ministério Público Maranhense, foi Promotor Público das Comarcas de Bacabal, Pedreiras e São Luís. Aposentou-se como Procurador de Justiça. Exerceu também, os cargos de Juiz do Tribunal Regional Eleitoral, Diretor do Departamento de Segurança Pública, Secretário de Segurança Pública do Estado do Maranhão, Ministro e Procurador do Tribunal de Contas, Procurador Geral da Justiça e Professor da Universidade Federal do Maranhão. Recebeu a Comenda do Ministério Público do Brasil, pelos relevantes serviços prestados à classe e na qualidade de sócio efetivo e membro do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão.


Dentre os trabalhos historiográficos publicados por Aderson Lago, temos “PEDREIRAS – ELEMENTOS PARA SUA HISTÓRIA” e “BREJO, ALDEIA DOS ANAPURUS”, publicado em 1989, que trata da odisseia de sua colonização e a trajetória de um povo durante o conturbado período  da Balaiada.  
                    

Herbert Lago Castelo Branco

Fonte: Livro BREJO, ALDEIA DOS ANAPURUS

A reprodução deste texto ou qualquer parte dele é permitida, desde que seja dado o crédito de autoria conforme as normas e leis.

 

 

 

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terça-feira, 1 de março de 2022

ENTREVISTA DE HERBERT LAGO CONCEDIDA A ESTUDANTE DE LETRAS EDLAINA BEZERRA.

 

Poeta Herbert Lago

    Na conclusão de minha Monografia para ser apresentada ao curso de Letras da Faculdade do Baixo Parnaíba, para obtenção do grau de licenciados em Letras, tive a oportunidade de fazer uma pequena entrevista com o poeta Herbert Lago Castelo Branco, destacando o seu constante trabalho na área da cultura e história de Chapadinha, por meio de suas iniciativas como publicação de livros e a implantação de sua biblioteca alternativa, onde ele próprio mantem, atende e auxilia os alunos, leitores e visitantes.

A seguir entrevista realizada com Herbert Lago Castelo Branco. 


EDLAINA: Como e quando começou a Biblioteca Alternativa?

R. Tudo começou em 1986 com a criação do Jornal Alternativo Cultural “A PROSA” que tive o prazer de editar até 1992. Morava em Taguatinga-DF e recebia muitos livros, revistas e jornais. Já tinha alguns livros, porque sempre gostei de ler, com os que iam recebendo fiz na minha residência uma pequena Biblioteca que dei o nome de Biblioteca Alternativa. Era uma coisa minha, para eu ler e para fazer os meus trabalhos literários. Mas ai eu abri para as crianças da quadra onde morava para fazer oficinas de artes. Eles gostavam disso, daí eu passei a gostar também. Sempre teve em minha mente (quando aposentasse) a ideia de retornar para minha cidade natal. Então, como já estava aproximando a minha aposentadoria, em 2006 vim a Chapadinha e fundei a Biblioteca Alternativa no dia 13 de dezembro de 2006. Aluguei uma sala com a Francinete, na casa dela na rua do Comércio e a partir de janeiro de 2007 eu comecei a mandar todos os livros de minha Biblioteca, que tinha em Taguatinga para Chapadinha. Aí eu falei para alguns colegas, amigos, que tinha fundado esta Biblioteca em Chapadinha. Daí eu comecei a receber uma grande quantidade de doações de livros, enciclopédias e enviava para Chapadinha pela empresa de ônibus Transbrasiliana. Uma sobrinha minha, a Rafaela, foi quem primeiro me ajudou, abrindo a biblioteca e recebendo os livros que vinham de Brasília. Justiça seja feita, o Nego Velho da Bolota também ajudou muito, era quem pegava os livros na Rodoviária de Chapadinha e levava na carroça pra Biblioteca. Só que as pessoas começaram a frequentar a Biblioteca, principalmente pelas crianças e adolescentes. No dia 21 de julho de 2007 eu oficializei publicamente com a inauguração da Biblioteca. Nunca imaginava que ela tomaria esta proporção. Acredito que tenha sido pela carência que a cidade tem. Imaginava uma coisa para ocupar meu tempo de aposentado. Mas tomou dimensões que não estão mais em meu alcance. Na verdade hoje ela não é mais minha. É do povo de Chapadinha. Acho que é o mínimo que posso fazer por essa gente e esta cidade que amo tanto.

Alunos da  Faculdade Infantil

EDLAINA: Qual a razão deste trabalho?

R. Porque eu acredito que a Biblioteca é o principal meio de proporcionar a todos o livre acesso aos registros históricos, o acesso ao conhecimento e das ideias do homem e as expressões de sua imaginação. Neste contexto, figura-se nos óbvia a importância do livro e da leitura como fonte de saber.

EDLAINA: O que ela significa em sua vida?

R. É tudo! É como o que as imagens de santos são para os católicos. Como um pai que vê um filho crescendo. Um legado que deixo para gerações futuras, como marca de minha passagem pela terra.

EDLAINA: Qual a importância da biblioteca para a cidade?

R. Parece-me uma das entidades mais necessárias para a formação e o desenvolvimento cultural das nossas crianças e jovens. Não é que a Biblioteca vá resolver qualquer dos nossos dolorosos problemas de nossa cultura, como o analfabetismo. Mas o incentivo ao hábito de ler bem orientado, num processo continuo, criará uma população mais culta, critica e consciente.

EDLAINA: A biblioteca recebe algum tipo de recurso do município ou qualquer outra fonte?

R. Não. Embora ela esteja habilitada a receber recursos públicos e privados. Até quando puder, não pretendo misturar política com esse trabalho. Ela é mantida com recursos exclusivamente de minha aposentadoria. Não sei até quando vou conseguir mantê-la.

Como se pode ver na entrevista com Herbert Lago Castelo Branco, a Biblioteca Alternativa teve uma longa trajetória desde que nasceu em 1986 a partir de um trabalho cultural que ele tinha em Brasília, ele começou a receber doações de livros. Daí em diante passou a guardá-los em sua casa em Taguatinga onde morava e teve a ideia de fazer uma pequena biblioteca para ocupar seu tempo quando chegasse sua aposentadoria. À medida que o tempo ia passando ele começou a abrir a sua pequena biblioteca para crianças e toma gosto por aquilo. E mais tarde começa a mandar seus livros para Chapadinha, sem mesmo ter em mente que aqueles livros e aquela simples vontade de se ocupar se transformaria em um acervo literário de grande importância para a cidade de Chapadinha. Hoje, ele reconhece sua Biblioteca como sendo um dos principais meios de busca pela informação, pesquisa e expressão literária da cidade. E para ele é tão importante que ele compara seu apreço à dedicação dos católicos aos seus santos, e afirma ainda que a Biblioteca Alternativa não é sua, mas um legado que deixa para as gerações vindouras e patrimônio para sua cidade, sendo um lugar onde principalmente os jovens têm incentivos e orientações para adquirirem um bom hábito de leitura, pois em sua biblioteca, ele ainda realiza o trabalho de consultor dos alunos que o procuram, promove noites culturais com Sarau, Luau, peças teatrais e diversas apresentações com pessoas de diversas faixas etárias que participam ativamente de suas iniciativas. Algo relevante nessa entrevista foi constatar que uma Biblioteca desse porte, com todos esses anos de existência, de tão grande importância para a cidade, com cerca de dez mil livros, seja mantida única e exclusivamente com recursos próprios do dono, e ainda, é uma instituição habilitada a receber recursos governamentais, embora não os receba e não tenha nem um tipo de incentivo ou divulgação por parte do poder público.

 

Edlaina Vasconcelos Bezerra

Aluna de Letras da FAP – 2015

 Faculdade do Baixo Parnaíba