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segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

FASCISTAS TRAVESTIDOS DE TERRORISTAS, NÃO IMPEDIRÃO A POSSE DO PRESIDENTE LULA.

 


    O terrorismo pode ser caracterizado como um tipo de violência que se pratica contra vítimas inocentes com o objetivo de promover alguma causa ou percepção do mundo, seja pessoal ou coletiva. Os atos de vandalismos ocorridos no dia 12 de novembro e agora na véspera de natal com a tentativa de ataques terroristas por parte de fascistas Bolsonarista sectários de ultra direita, com bombas colocadas em um caminhão tanque com querosene para ser explodido no aeroporto internacional de Brasília, Juscelino Kubistchek, é grave! E não ficou só por aí, também foram encontrados 40 kg de dinamites numa área de mata próximo a cidade do Gama, no Distrito Federal. Tá mais do que claro que tudo que vem acontecendo na capital federal tem a complacência e a omissão dos órgãos de segurança nacional, que não deveria ter permitido organização fascista e criminosa se instalarem em um acampamento de luxo no QG do exército brasileiro, no setor militar urbano de Brasília.  O direito de livre expressão não dar o direito de cometer crimes.

            As expectativas não podem serem infladas, mas também não podemos ter descuido. Há sim riscos desses fascistas Bolsonarista, até mesmo pela falta de comando dos órgãos de segurança nacional e pela notória omissão do Governo do Distrito Federal, ofusque a posse do presidente Lula e cometerem atentados.


            Diante desses fatos, há quem defenda que deve-se adiar a festa de posse do presidente Lula e que a posse seja uma cerimônia mais restrita nas dependências do Palácio do Planalto. Talvez seja tudo o que esses fascistas querem que aconteça e continuarem a amedrontar a população brasiliense. Brasília está sob tensão, é fato! Muita gente já está com medo e já pensam em não irem mais para a esplanada ver a posse de Lula. Há de se ter muita cautela e não subestimar a capacidade desses lunáticos. Mas recuar jamais! Temos sim, que celebrar a festa da democracia e ver o nosso presidente, eleito democraticamente, subir a rampa do Palácio do Planalto. E ao tomar posse, o novo governo, fazer cumprir as leis, colocando-os na papuda esses fascistas travestidos de terroristas.

Herbert Lago Castelo Branco

    Poeta e escritor,

terça-feira, 12 de julho de 2022

A POESIA CHAPADINHENSE E SEUS REPRESENTANTES: ênfase em Maria Coelho.

   

Maria Coelho

     Maria Coelho Pimentel Gomes, filha de Dário da Natividade Coelho e Rosa da Natividade Oliveira Coelho, nasceu no dia 28 de Setembro de 1963, no povoado Boa Vista/São José, município de Chapadinha–Ma cerca de 12km da sede. Filha mais nova do casal, tem três irmãos: Mércia Maria Coelho Bezerra, José Oliveira Coelho (in memoria) e Maria José Oliveira Coelho (faleceu aos dois anos de idade). Casou-se com Gervásio Pimentel Gomes, no dia 20 de agosto de 1993. Aos 3 anos de idade, mudou-se com a sua família para a sede do município, onde iniciou sua trajetória, matriculando-se no Jardim de Infância “Mãe Zé” da Rede Municipal de Ensino (funcionava no prédio do Centro Artístico Operário, onde hoje funciona o Laboratório Salomão Fiquene), concluindo em 1969. No período de 1970 à 1974, estudou o primário na Escola Sebastião Almeida, da Rede Municipal de Ensino, que também funcionava no prédio do Centro Artístico Operário. Em 1975, ingressou no Colégio Manoel Vieira Passos (Rede privada), onde estudou o ginásio, concluindo em 1978. No ano de 1979, matriculou-se no Centro de Ensino de Segundo Grau “Raimundo Araújo” – CESG “Raimundo Araújo” da Rede Estadual de Ensino, onde concluiu o curso de Crédito e Finanças em 1981. Passou alguns anos dedicados ao trabalho, as suas leituras e outras atribuições, pois, em Chapadinha, não havia ensino superior.
Maria Coelho com o esposo Gervásio 

     No ano de 1989, passou no vestibular para o curso de Filosofia da Universidade Federal do Maranhão-UFMA, em São Luís, graduando-se em abril de 1994. Cursou Pedagogia na Faculdade do Baixo Parnaíba-FAP, concluindo em fevereiro de 2011. Fez pós-graduação (latu sensu), em Metodologia do Ensino Fundamental e Médio, pela Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA, em Sobral - CE e Supervisão Escolar, pela Universidade Cândido Mendes-UCAM. Fez vários cursos de formação na área de Gestão, Supervisão e outras. Participou de conferências, fóruns, seminários, congressos, palestras e outras atividades correlatas. Participou do projeto: “Seminários Permanentes de Filosofia para Professores de Segundo Grau” PREXAE-UFMA no período de 1990 à 1993. Lecionou a disciplina Filosofia no Liceu Maranhense, turno noturno (contrato). Trabalhou no Liceu Maranhense, turno matutino (concurso público) pediu exoneração com o fim de assumir o concurso para professor. Lecionou a disciplina Educação Moral e Cívica na Escola Técnica do Comércio, em São Luís - MA. Trabalhou na Prefeitura Municipal de Chapadinha no período de 1984 a Junho de 1989. Aprovada no concurso público para professor de Filosofia da Rede Estadual de Ensino, em 1993, assumiu em abril de 1994, no Centro de Ensino Raimundo Araújo, onde lecionou 25 anos. Lecionou na Faculdade do Baixo Parnaíba-FAP, orientou monografias, e participou de várias bancas. Lecionou na Universidade Estadual do Piauí - Polo Chapadinha, em 2005. Aprovada no concurso público para professor da Rede Municipal de Ensino em 1994, desenvolveu suas funções na Secretaria Municipal de Educação no setor de Supervisão Escolar, pedindo exoneração oito meses depois de assumir. Coordenadora do Departamento de Ensino da Secretaria Municipal de Educação no período de 01/2001 à 02/2002; quando pediu exoneração. Secretária Municipal Adjunta de Educação de Chapadinha, no período de Fevereiro á Junho de 2012, quando solicitou sua exoneração. Secretária Municipal Adjunta de Educação de Chapadinha, no período de 01/01/2013 à 08/01/2014; Secretária Municipal de Educação de Chapadinha, no período de 09/01/2014 à 31/12/2016. Aprovada no concurso público para Especialista em Educação da Rede Municipal de Ensino em 2002, está no cargo até hoje, mas em Janeiro de 2021 foi cedida para o Instituto de Previdência de Chapadinha-IPC e designada para assumir o cargo de Presidente do referido Instituto, onde se encontra. Aprovada, no concurso público para o cargo de Supervisora Escolar II da Rede Estadual de Ensino, exerce suas funções no Centro de Ensino Dr. Otávio Vieira Passos. Membro fundador da academia de Letras, artes e ciências de Chapadinha-MA, também foi sua presidente, por um período de 2 anos. Tem poemas publicados na coletânea de dedicatórias poéticas á terra amada, da Academia de Letras, Artes e Ciências de Chapadinha, na 1ª, 2ª e 3ª edição. Colaboração nas anotações e catalogação de documentos, além de poema publicado no livro Historiografia e núcleos familiares de Ataliba Vieira de Almeida.

  

Maria Coelho 

      O texto mimeografado, o Município de Chapadinha, de sua autoria, também serviu como fonte de pesquisa para o livro Historiografia e núcleos familiares, Possui ainda poema publicado no livro: A história da família Vieira em Chapadinha, de Maria Aliane de Souza Vieira. Tem vários poemas escritos para serem publicados. Além dos poemas, tem outros materiais para serem organizados e publicados. Proferiu palestras em escolas, Pastoral da Juventude, e outras entidades e participou de movimentos sociais, estudantis, sindicais e políticos.


AQUARELA DE CHAPADINHA

 

Nasceste em uma Chapada,

De um parto natural,

Sem luz elétrica e arranha céu,

Modesta, uma princesa real.

Cresceste no meio das fontes:

Do Mato, Aldeia, Macaoca, Xororó e Jacaré.

Rodeada das cacimbas de beber,

Do canto da araponga, juriti e caboré.

Cercada de babaçu, pequizeiro, bacurizeiro,

Povo afável e gentil,

Quermesses e orquestras,

És um pedacinho do Brasil.

A Igreja Matriz,

Nossa Senhora das Dores,

Praça Coronel Luís Vieira,

Com árvores e flores.

O velho e conhecido abrigo,

Faz parte do cenário,

Enfeitando o panorama,

Formando o teu relicário.

Belos carnavais,

Com muita alegria,

Foliões e vesperais,

Tudo nos contagia.

Chapada das mulatas,

Das noites enluaradas,

Dos poetas e seresteiros,

Das estrelas prateadas.

Moça e formosa,

Muito faceira.

Tens o encanto da juventude,

És uma menina brejeira.

A tua história

É nobre e bela,

Contada pelos teus filhos

Enfeita a tua aquarela.

Chapadinha, tens um lugar de destaque

És muito conhecida

Chamam-te carinhosamente,

Princesa do Baixo Parnaíba.

 


 


Herbert Lago Castelo Branco

Fonte: Maria Coêlho

A reprodução deste texto ou qualquer parte dele é permitida, desde que seja dado o crédito de autoria conforme as normas e leis.

 

 

 

 

segunda-feira, 6 de junho de 2022

A POESIA CHAPADINHENSE E SEUS REPRESENTANTES: ênfase em AJ.

     

Antonio José - AJ

    Antonio José Machado da Silva, mais conhecido como AJ, nasceu na cidade de Coelho Neto (Ma), no dia 17 de maio de 1971. Filho de Ricardo Machado da Silva e de Maria Sousa Lima. AJ era filho único do casal, mas seu pai teve outras 3 (três) famílias, tendo portanto mais 9 (nove) irmãos por parte de pai, que residem em Teresina, Esperantina e Joaquim Pires no Piaui.

            Quando tinha 8 (oito) anos de idade seu pai saiu de casa e com muitas dificuldades foi criado por sua mãe.

            AJ começou os estudo em Coelho Neto, onde cursou do 1º ao 4º ano do ensino fundamental.

            Em 1992 entrou no Seminário Menor em Coroatá (Ma), pois sentia-se chamado ao Sacerdócio. Em 1993 foi transferido para o Seminário Menor de Arari (Ma), onde fazia a experiência vocacional e estudava para concluir o 1º grau.

            Desde quando morava em Coelho Neto, AJ já era envolvido nos trabalhos da pastoral da juventude e durante o tempo em que esteve no Seminário continuou desenvolvendo atividades na Pastoral como também com os coroinhas (atualmente acólitos).

            Em 1991 num encontro diocesano de formação da pastoral da juventude, conheceu Romênia Berce, iniciando uma amizade, estabelecendo a partir daí um contatos por meio de correspondência (cartas) regularmente.

AJ com a familia

            Em 1995 saiu do Seminário mas continuou morando em Arari, pois pretendia fazer sua vida por lá. Só que Romênia não saía de sua cabeça e em 1996 veio para Chapadinha, e já vocacionado para o matrimônio Casa-se com Romênia no dia 6 de julho do mesmo ano. E desse enlace tiveram 2 (duas) filhas: Lucille Berce Nascimento da Silva e Louíse Berce Nascimento da Silva. Ao chegar em Chapadinha, por não conseguir um emprego, AJ começou a trabalhar com venda de salgadinhos, artesanato em madeira e pão caseiro. Depois trabalhou no comércio como vendedor de móveis. Em 2001 AJ trabalhou como assistente de jornalismo na Secretaria de Comunicação da Prefeitura e como Conselheiro da Criança e do Adolescente.

            Ao sair do Seminário AJ só tinha concluído o 1º grau pelo Supletivo Minerva. Em Chapadinha, matricula-se no Centro de Ensino Raimundo Araújo para cursar o 2º grau, porém por não conseguir conciliar os estudos com o trabalho acabou desistindo. Vindo posteriormente a concluir o 2º grau na Escola Raimundo Bacelar na modalidade normal em 2001. Em 2009 começou a fazer on line o curso superior de assistente social pela faculdade COC.

            Em 2001 é aprovado no concurso para o cargo de vigilante do município, vindo a ser lotado para trabalhar nas Escolas Jardim Cirandinha e no Manoel José de Santana até o seu falecimento.

            AJ era um ativista político e sempre esteve envolvido nas causas sociais e sindicais em defesa dos direitos dos trabalhadores. Além de participar dos Conselhos Municipais da Educação e Alimentação foi também presidente do PT – Parido dos Trabalhadores de Chapadinha nos anos de 2006 a 2009, tornando-se o principal articulador do partido na região do baixo parnaíba.

Em 2009 foi nomeado Coordenador do SINE – Sistema Nacional de Emprego. Função eu assumiu até o seu falecimento.

            AJ era um homem sonhador e preocupado com as questões sociais, especialmente das questões relacionadas a educação dos jovens e adolescentes. Neste intuito, chegou fundar o I.C.C. – Instituto Cultural Chapadinhense. Uma escolinha de música e artes, onde, com ajuda de voluntários oferecia cursos de violão, teclado, canto, artes plásticas e teatro. Mas por falta de recursos e apoio não foi possível manter o Instituto e dar continuidade ao trabalho.


            AJ também era um homem das letras, um escritor que se preocupava com a memória e a preservação de nossa história. Iniciou pesquisas bibliográficas com moradores mais velhos colhendo informações e resgatando a história das cidades do Baixo Parnaíba, para elaboração de livros contando os aspectos sociais e históricos de Chapadinha e cidades da região do Baixo Parnaíba.

            Em 2000 AJ publica o seu primeiro livro intitulado “CHAPADINHA 62 ANOS DE VIDA E PROGRESSO”, em 2003 “RESGATANDO A HISTÓRIA DAS CIDADES DO BAIXO PARNAÍBA”, em 2006 ANAPURUS – ÀS MARGENS DO RIACHO ESTRELA”, em 2007 publica “CHAPADINHA A PRINCESA DO BAIXO PARNAÍBA”, 2008 “A PRINCESA DO BAIXO PARNAIBA – CHAPADINHA 70 ANOS” e ainda tem para ser publicado o inédito livro “RESGATANDO A HISTÓRIA, ONTEM SÃO FRANCISCO E REDENÇÃO, HOJE MATA ROMA”

            


 Na igreja de Nossa Senhora das Dores AJ participou como membro da pastoral familiar e ajudou por muitos anos a comunidade da sagrada família do Bairro Novo.

            AJ faleceu aos 39 anos de idade de um infarto fulminante no dia 30 de outubro de 2010 e está sepultado no cemitério São Judas Tadeu (Sozinho) em Chapadinha.

 

Herbert Lago Castelo Branco

Fonte: Romênia Berce

A reprodução deste texto ou qualquer parte dele é permitida, desde que seja dado o crédito de autoria conforme as normas e leis.

 

 

segunda-feira, 23 de maio de 2022

A POESIA CHAPADINHENSE E SEUS REPRESENTANTES: ênfase em Delmar Carneiro.

 

Delmar Carneiro

 

            Delmar Carneiro Pessoa, nasceu na cidade de Coreaú, estado do Ceará, no dia 8 de abril de 1942. Filho de Francisco Carneiro Pessoa e Virgulina Carneiro Portela e tem mais 9 (nove) irmãos: Alonso, Alcides, Macilon, Edésio, Nonato, Maria, Beatriz, Franci e Neci.

                        Em julho de 1958, com 16 anos de idade, Delmar Carneiro veio com seus pais para Chapadinha. Em outubro do mesmo ano começou a trabalhar como balconista no Armazém Cearense, de propriedade de Antonio Pontes de Aguiar, chegando a ser chefe de vendas e gerente até outubro de 1969, quando saiu para ser subgerente do Armazéns Tabajaras, chegando ao cargo de gerente até 1973. De 1980 a 1982 foi Chefe de Departamento das Casas Pernambucanas, saindo para ser Diretor do CSU – Centro Social Urbano de Chapadinha até 1987.

            Delmar carneiro cursou o primário na Escola Nina Rodrigues, o Ginásio no Ginásio Professor Mata Roma e o Curso Técnico em Contabilidade no Colégio José Caetano.

            No dia 20 de dezembro de 1964 por ocasião do aniversário do Sr. Mundiquinho, conheceu Hilma Almeida, com quem veio a se casar na Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores, no dia 26 de fevereiro de 1967, pelo padre Manoel Prestes e tiveram 4 (quatro) filhos: Delmar Carneiro Junho, Manoel Inácio de Almeida, Kenia Delane e Denio Carneiro.

Delmar e esposa Hilma

            Na política Delmar Carneiro foi candidato a prefeito de Chapadinha em 1976 pela ARENA – Aliança Renovadora Nacional. Além de exercer por vários anos a função de Secretário de Administração e Finanças em Chapadinha e São Mateus, Delmar Carneiro também foi presidente da Câmara Municipal e vereador de Chapadinha em 4 (quatro) legislaturas 1967 a 1970, 1971 a 1973, 1983 a 1988 e 1989 a 1992. Dentre os projetos de sua autoria, destacamos os de criação do ESCUDO e da BANDEIRA do município de Chapadinha.

            Foi um dos fundadores e presidente do ALDEOTA CLUBE, da Associação Atlética Francisco Almeida Carneiro, do LIONS CLUBE de Chapadinha e venerável por quatro mandatos da Loja Maçônica Oliveira Roma, do Sete de Setembro Esporte Clube e da LEC – Liga Esportiva de Chapadinha

 

Delmar Carneiro tem 2 (dois) livros publicados: “O HOMEM E A MAÇONARIA” e “50 ANOS EM CHAPADINHA,” escreveu também para a revista em homenagem aos 80 anos de Chapadinha. Por ocasião dos 73 anos de Chapadinha, Delmar Carneiro homenageou a cidade com o poema que publicamos abaixo.

CHAPADINHA

Chapadinha, terra aconchegante,

Hoje despertas atenção.

És maltratada por muitos,

E zelada, por muito poucos.

 

Foste adolescente amada,

Atualmente, adulta esquecida.

A maioria dos teus filhos te ama,

Os visitantes, aqui, chegando te admiram.

 

És protegida pela mãe natureza,

Para não perderes tua beleza

Suplicas de teus filhos,

Mais cuidado e proteção.

 

Chapadinha, tu és bonita,

Mereces crescer, invés de inchar,

Tens muitos valores,

Nós, teus filhos devemos cuidar.

 

            Delmar Carneiro hoje com 80 anos de idade mora na rua Edésio Vieira, em Chapadinha e está em plena atividade literária, escrevendo o livro sobre José Caetano e um capítulo do livro GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE CHAPADINHA, que serão lançados em breve.

 

Herbert Lago Castelo Branco

Fonte: Livro O HOMEM E A MAÇONARIA

A reprodução deste texto ou qualquer parte dele é permitida, desde que seja dado o crédito de autoria conforme as normas e leis.

 

 

quarta-feira, 18 de maio de 2022

A POESIA CHAPADINHENSE E SEUS REPRESENTANTES: ênfase em Raimundo Marques.

 

Raimundo Marques

    Raimundo Ferreira Marques, nasceu no dia 26 de julho de 1938, no povoado Barro Branco, município de Buriti de Inácia Vaz (MA). Filho de Horocídio Marques e Mariana Ferreira e tem mais 9 (nove) irmãos: Antonio (Mansinho), Benedito, Plinio, José (Zequinha), Alvacir, Edmar, Antonio Carlos (Carlito), Horocídio Filho (Cidinho) e Ana Lourdes.

No Barro Branco, teve como mestre o seu tio Francisco Alves Ferreira, seu primeiro professor que lhe ensinou a dialética e as primeiras letras do bê-á-bá, numa sala de visita de sua casa, tapada de adobes, coberta de palhas e chão batido, que servia para suas aulas.  Em 1949 Cursou o primário na Escola Reunida Municipal. Já podia fazer o exame de admissão. Só que seu pai Horocidio, cauteloso como sempre foi, resolveu lhe matricular na escola da professora América Carvalho Mendonça, que funcionava na sua própria casa. América era uma das educadoras mais inteligente e preparada à aquela época. Raimundo Marques frequentou o curso preparatório do mês de março a setembro de 1950. Logo no início do mês de outubro, aproveitou uma viagem do caminhão do senhor Benú Mendes. Era um IINTERNATIONAL, carroceria e cabine aberta, de madeira, capô verde e para-lamas pretos, com apenas quatro pneus, que levava para São Luís a familia do Senhor Nestor Alves Macedo. Em São Luís, prestou o exame de admissão ao ginásio, no Ateneu Teixeira Mendes, em São Luís, Capital do Estado, concluindo-o no Colégio Marista.

Colégios que estudou


Em 1951, aos 13 anos de idade Raimundo Marques foi flechado pelo cupido, quando uma linda mocinha baixinha de cabelos longos com apenas 11 anos de idade lhe deu uma olhada que ficou em sua lembrança e que lhe perturbou o seu sono na noite daquele dia.

            Em 1956 após convencer o seu pai, mudou-se para Fortaleza (CE), onde veio a cursar Contabilidade, no Colégio Rui Barbosa. Também naquela cidade serviu o Exército, fazendo o CPOR-Curso Preparatório para Oficial da Reserva. Prestou vestibular para Direito na Universidade Federal do Ceará em 1958, ali cursando o primeiro ano do dito curso.

Raimundo Marques e Helosina

            Em 1959 de volta para o Maranhão. E estando de passagem em Chapadinha, onde seu pai Horocídio era Coletor Estadual, precisamente na porta da Coletoria, de repente surgem duas amazonas, cada uma em um cavalo e apearam na casa do Sr. Ataliba Vieira. O inusitado lhe chamou a atenção. Uma das amazonas era, nada mais nada menos, a musa que o cupido havia lhe flechado. Uma bela donzela já com os seus 20 (vinte) anos de idade e sem aqueles cabelos longos. O namoro, consequentemente foi inevitável. E em 1963 Raimundo Marques e Helosina casaram-se e tiveram 5 (cinco) filhos: Ana Amélia, Teresinha de Fátima, Ednarg, Carlos Henrique e Sthella Theresa.

            Raimundo Marques também fez reviver o esporte de Chapadinha, formando um time de futebol, o invicto SETE DE SETEMBRO ESPORTE CLUBE, foi um dos fundadores do ALDEOTA CLUBE, sendo o primeiro presidente.

            Em 1962 Raimundo Marques concluiu o curso de bacharelado em Direito na Faculdade de Direito de São Luís. Ingressou na Polícia Militar do Maranhão, como oficial, onde permaneceu até a conclusão do curso de Direito. Ingressou, por concurso público, no Ministério Público, aposentando-se em 1986 como Procurador de Justiça, depois de exercer o cargo de Delegado de Polícia em diversas Delegacias de Polícia de São Luís, além de outros cargos no sistema de segurança, inclusive o de Secretário de Estado da Segurança Pública do Maranhão, cargo esse que ocupou por duas vezes de 1980 a 1983 e em 2006. Exerceu, também, os cargos de Presidente da Superintendência de Urbanismo da Capital (SURCAP). Presidiu o Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Maranhense de Futebol. Foi Vice-Presidente e Presidente da Federação Maranhense de Futebol. Foi vereador no Município de Chapadinha. Presidiu a Associação do Ministério Público do Maranhão, por três mandatos. Na Maçonaria, foi Grão Mestre, por quatro mandatos, do Grande Oriente Autônomo do Maranhão (GOAM) e presidiu, por dois mandatos, a Confederação Maçônica do Brasil (COMAB). Presidente por três mandatos consecutivos, da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção do Maranhão, exerceu por quatro mandatos o cargo de Conselho Federal, representando o Estado do Maranhão. Procurador Geral do Estado do Maranhão no ano de 2005. A partir de 1986, aposentado do Ministério Público, reiniciou suas atividades profissionais, como advogado, no Escritório Raimundo Marques Advocacia e Consultoria.

Raimundo Marques com a Família

Raimundo Marques é membro fundador da Academia Maranhense de Letras Jurídicas, da Academia Maçônica de Letras, do Instituto Histórico da Maçonaria Maranhense e integrante da Academia Maçônica internacional de Letras e tem publicados os Livros: “PELA ORDEM, PEÇO A PALAVRA” (1999), “DO RIACHO AO MAR” 1ª Edição (2008) e 2ª Edição em 2012, “MATA ROMA DO GIBÃO AO FARDÃO” (2016).

Raimundo Marques tem certeza que os desafios de sua vida ainda não terminaram. Os conflitos que os atormentam, em igual modo, persistem. Talvez por isso tem inspiração para produzir os versos como os que publicamos abaixo.

CONTRASTES DO MEU SER

Às vezes, penso que não penso

Homem maduro, ajo como na infância

Inatingível é o unânime consenso

Quando se julga o lado certo da razão

 

Sozinho ou não, neste universo imenso

Perdido, aturdido, sem saber a distância

Que me separa do real bom senso

Sofro ser vítima dessa confusão

 

Não sei se sou o que imagino ser

Não sei se faço o que devo fazer

Só sei que dúvida já não mais persiste

 

“Toda criança tem um pouco de adulto desde o nascer”

“Todo adulto tem um pouco de criança até morrer”

“Dura verdade, às vezes bela, às vezes triste.”

 

            Raimundo Marques é cidadão chapadinhense, hoje com seus 83 anos de idade, ainda vivendo com quem se apossou do seu coração e da sua vida, a sua eterna musa Helosina, na sua residência na Fazenda Angelim, em Chapadinha, e em São Luís, onde também tem residência.

 

Herbert Lago Castelo Branco                                   

Fonte: Livro MATA ROMA: do Gibão ao Fardão e Do Riacho ao Mar.  

A reprodução deste texto ou qualquer parte dele é permitida, desde que seja dado o crédito de autoria conforme as normas e leis.

 

segunda-feira, 16 de maio de 2022

A POESIA CHAPADINHENSE E SEUS REPRESENTANTES: ênfase em Evaldo Carlos

 

Prof. Evaldo Carlos

    EVALDO CARLOS DE OLIVEIRA CARDOSO
nasceu em 8 de março de 1973, no povoado Fumaça, atualmente, Nova Esperança, no município de Buriti-MA. É filho de Benedito Ferreira Cardoso (in memoriam) e Angelina Cardoso de Oliveira (in memoriam). No ano de 1978, sua família migrou para a cidade de Chapadinha-MA, que tem sido o seu lar há mais de quatro décadas. É casado com Isomária Cardoso Silva, e dessa união nasceram três filhos: Jonas Silva Cardoso, Estéfana Silva Cardoso e Gabriel Silva Cardoso.

Ao chegar a Chapadinha, devido a algumas circunstâncias adversas, só pôde iniciar sua vida escolar formal aos 11 anos de idade, matriculando-se, no ano de 1984, na Escola Manuel Leite – já extinta, e que funcionava no atual prédio da Unidade Integrada Alexandre Costa –, onde iniciou e concluiu o Ensino Fundamental I. Apesar dessa distorção idade/série, sempre foi dedicado aos estudos, destacando-se em sala de aula por sua inteligência, aplicação e comportamento exemplar. Para continuar os estudos no Ensino Fundamental II, foi matriculado na Unidade Escolar Dr. Otávio Vieira Passos, onde estudou entre os anos de 1988 e 1991. E foi nessa instituição de ensino que se viu desde cedo inclinado ao ofício de professor, graças às suas memoráveis conversas com a sua Professora de Ciências – Marli Braga – e, também, com a Professora de Língua Portuguesa – Jesus Ferreira –, entre outras, que sempre perceberam o seu potencial nato para a docência. Nesse período, nas semanas que antecediam as provas, dava aulas de reforço de Língua Portuguesa e Matemática para seus colegas de turma. Essa experiência foi sempre exitosa, pois nenhum dos que participavam de suas aulas jamais obteve notas inferiores a 7.0 nas provas – nota mínima para a aprovação à época. Nascia, então, o futuro professor, o que se consolidaria nos anos seguintes, entre 1992 e 1994, com a realização do curso de Magistério realizado no Centro de Ensino de 2º Grau Raimundo Araújo. No ano seguinte ao da conclusão do 2º Grau, em 1995, iniciou oficialmente, no Colégio Francisco Almeida Carneiro (FAC), sua atividade docente, como professor de Língua Portuguesa no Ensino Fundamental II e, depois, com a mesma disciplina, no Ensino Médio. Nessa escola, permaneceu por mais de uma década, adquirindo muita experiência profissional, o que resultou em diversos convites para lecionar em outras instituições da rede particular de ensino de Chapadinha. Pela ordem, ainda em 1995, passou a integrar o corpo docente do Centro Educacional Cenecista Professor Mata Roma (CNEC), a princípio, lecionando Arte e Ensino Religioso e, depois, Língua Portuguesa, até o ano de 2005, quando essa escola encerrou suas atividades. A partir de 2006, passou a lecionar Língua Portuguesa no Colégio Batista Chapadinhense (CBC), onde permaneceu até o ano de 2019, e, no Colégio Raimundo Bacelar, além de Língua Portuguesa, experimentou lecionar outras disciplinas, como Matemática do Ensino Fundamental II, por exemplo.

Evaldo Carlos com esposa e filhos

Até o ano de 2005, lecionou somente em escolas da rede privada, mas, a partir de 2006, por meio de concurso público, passou a integrar a rede municipal de ensino de Chapadinha-MA como professor de Língua Portuguesa e, posteriormente, em 2008, também por concurso público, ingressou na rede estadual de ensino como Supervisor Escolar na Unidade Regional de Educação de Chapadinha. Atualmente, devido a um acordo interinstitucional de permuta de servidores públicos – entre Município e Estado e vice-versa –, exerce suas funções profissionais integralmente na rede estadual, como Supervisor Escolar no Centro de Ensino Dr. Otávio Vieira Passos e no Centro de Ensino Dr. Paulo Ramos.

A princípio, sua formação era apenas em nível médio, ainda sob a égide da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 5.692/71. Contudo, sendo um amante do saber, percebeu a necessidade de avançar nos estudos. Assim, inicialmente, cursou Filosofia, pelo Instituto de Filosofia e Ciências Religiosas do Maranhão (IFCR-MA), com a conclusão em 2002; e, pela Universidade Regional do Cariri (URCA), fez o Curso de Licenciatura em Pedagogia, concluindo-o em 2005; em seguida, ingressou no Curso de Letras da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), graduando-se em 2008. Mas seus estudos acadêmicos não pararam por aí. Em 2014, concluiu o Curso de Pós-Graduação (Lato Sensu) em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e Estrangeira, pelo Centro Universitário Internacional UNINTER; e, em 6 de junho de 2019, tornou-se Mestre em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Letras (PGLetras) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com a Dissertação A Referenciação e a Construção de Sentido(s) no Texto Digital: um olhar fenomenológico, trabalho este recomendado para o Doutorado pela Banca Examinadora.

No âmbito acadêmico, é membro ativo do Grupo de Pesquisa em Tecnologia e Ensino, vinculado ao Departamento de Letras da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e, em decorrência de suas pesquisas, possui diversos trabalhos publicados, como artigos científicos, em revistas especializadas, em anais de eventos, e também capítulos de livros, destacando-se entre esses os seguintes: Os gêneros digitais e o ensino de Língua Portuguesa: uma reflexão sobre os novos caminhos da leitura e da escrita na era da comunicação virtual; Anáfora encapsuladora e argumentação em comentários no Facebook; Identidade, referenciação e texto digital: uma análise linguístico-discursiva; A referenciação no texto digital: análise das realizações dêiticas em comentários no Facebook; A construção de sentido(s) no texto digital: uma análise da dêixis pessoal em textos-comentários produzidos na rede social Facebook, entre outros. É destaque também a sua significa contribuição como Professor Orientador na Faculdade do Baixo Parnaíba (FAP), no ano de 2009, no período de formação da primeiras turmas, orientando mais de 30 trabalhos monográficos, sem contar a sua participação em Bancas Examinadoras, avaliando trabalhos orientados por outros professores.

Para além do universo acadêmico, o Professor Evaldo Carlos tem uma vida bastante ativa no âmbito da Igreja Católica de Chapadinha-MA, como Catequista, como Ministro de Música e Ministro da Palavra nas Celebrações Litúrgicas. Como músico, destaca-se por composições de cunho religioso e educativo. Uma de suas composições, – Do pão do corpo ao Pão da Fé – já migrou para ouros continentes, com o seu conhecido refrão Jesus é o Pão do Céu / Jesus é o Pão da vida / Quem come deste Pão não tem mais fome. É autor da versão em português do hino Une simple MargueriteUma simples Margarida –, composição original de Marcel Lefbvre, em parceria com seu filho, Jonas Silva Cardoso, que fez a adaptação dessa composição para o canto coral a quatro vozes. É Coordenador Geral do Coral Nossa Senhora das Dores, que atua nas duas Paróquias de Chapadinha. Devido à sua experiência, teve participação direta na formação de muitos outros musicistas, os quais atuam tanto no meio religioso como no meio secular em Chapadinha e região. Além desse pendor artístico-musical, também faz incursões pelo universo literário, com a produção de diversos poemas – sonetos, em sua maioria –, vinculados, pela forma, ao estilo neoclássico e, pelo conteúdo – que expressa uma subjetividade compartilhada – a um estilo mais contemporâneo, como podemos ver em seu soneto SOBRE JAJELAS E SONHOS.

 

SOBRE JANELAS E SONHOS

 

Toda manhã, eu abro a janela,

Fito o horizonte, penso no futuro.

Desejo a vida qual quintal sem muro;

Desejo o mar e minha caravela...

 

Embarco e começo a grande aventura.

O que era obscuro então se revela;

Descortino o mundo em cada parcela.

Vejo que o sonho não cessa, perdura.

 

Sou de uma só vez barco e tripulante.

No içar das velas, espero o vento;

Sou velejador nos mares da vida.

 

Não penso em voltar; só penso na ida.

Quero a magia do descobrimento.

Se morre o sonho, morre o navegante.

 

 Por essa e por muitas outras razões, foi convidado a ingressar na Academia de Letras, Artes e Ciências de Chapadinha e na Academia Buritiense de Artes, Letras e Ciências (ABALC) – em sua terra natal –, em ambas, tendo seu nome aprovado por maioria absoluta dos confrades.

Por toda a sua trajetória construída em Chapadinha, foi indicado a receber o título honorífico de Cidadão Chapadinhense. Indicação essa apreciada e aprovada por unanimidade pelo Poder Legislativo Municipal, e cuja cerimônia de outorga se deu em Sessão Solene da Câmara Municipal de Chapadinha, no dia 29 de março de 2022, dia da celebração do 84º aniversário da cidade.

Isso posto, acrescente-se a este relato biográfico que o Prof. MSc. Evaldo Carlos de Oliveira Cardoso adota como princípio basilar de sua atuação profissional a ideia de Immanuel Kant de que “é no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade”.

 

Herbert Lago Castelo Branco

Fonte: Evaldo Carlos

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