herbertlagocastelobranco@gmail.com
Facebook Herbert Lago

sexta-feira, 29 de abril de 2022

A POESIA CHAPADINHENSE E SEUS REPRESENTANTES: ênfase em Totonha Galvão.

 

    

Poetisa Totonha Galvão

    Antonia Lima Galvão de Almeida, mais conhecida como professora Totonha Galvão, é natural da cidade de Ibiapina no Ceará, nasceu no dia 01 de janeiro de 1939. Filha de João Ferreira Primo e Maria Rodrigues de Lima e tem mais 8 (oito) irmãos: Edmar Lima Galvão, Osmar Lima Galvão, Maria do Socorro Lima Galvão, Teresinha Lima Galvão (falecida), Francisco Tupinambá Lima Galvão (falecido), Teresa Maria Lima Galvão (adotiva) e Misael Lima Galvão (adotivo).

            Em 1945 Totonha Galvão tinha 6 (seis) anos de idade, quando seus pais migraram para a cidade de Chapadinha, onde começou os seus primeiros estudos no Colégio |Dr. Paulo Ramos até o 4º ano primário. Em 1959 matriculou-se na Escola Paroquial Conego Walter de Castro Abreu, concluindo o curso ginasial em 1962. Depois fez a prova de admissão para a Escola Normal Ana Delaide Belo e em 1965 formou-se em Normalista. Em 1967 fez o curso adicional em pedagogia na Escola 19 de Março, sendo seu professor Padre Manoel Prestes.

            A sua missão como educadora começou em 1959 com apenas 20 (vinte) anos de idade, na Escola Manoel Inácio de Almeida, no povoado Boqueirão, zona rural de Chapadinha, até 1962. Em 1963 foi cedida para o IBGE, para corrigir os mapas do recenciamento até o ano de 1969.

Totonha com esposo e filhos

            A professora e poetisa Totonha Galvão casou-se em 1970 com Carlos Alberto de Almeida, com quem teve 2 (dois) filhos: Carlos Antonio Galvão de Almeida e Carlos Alberto de Almeida Júnior. Ainda em 1970 foi aprovada no concurso para ACEM (hoje SUCAM), saindo em 1973 por vontade própria, para voltar a lecionar na Escola Municipal Manoel Ferro até 1975. Totonha Galvão lecionou ainda nas Escolas Joaquim Almeida, Manoel José de Santana e FAC – Francisco Almeida Carneiro e aposenta-se como normalista em 1979. Além de presidir o posto da TELMA/Chapadinha, foi também Supervisora Municipal de Educação em 1979 na gestão do então prefeito José Almeida.

            Totonha Galvão é poetisa e uma das fundadoras da Academia de Letras, Artes e Ciências de Chapadinha e tem como patrono o Conego Walter de Castro Abreu. Tem várias poesias de sua autoria publicadas nas Coletâneas Poéticas da Academia de Letas de Chapadinha, como a que publicamos abaixo em homenagem aos 58 anos de Chapadinha.

CHAPADINHA

A noite fria avança

Vinte e nove de março anuncia

Mais um risinho de alegria

Chapadinha manifesta neste dia.

 

Chapadinha tu és plana e bonita

Diz sempre quem te visita.

Tens n’agua um paladar

Quem a toma, não pode te deixar.

 

Teus habitantes se alegram

Pelo teu aniversário

São tantas saudades, tantas

Dos tempos, que já passaram!

 

Chapadinha terra querida,

Cheia de tantas alegrias,

Tens uma página sofrida

Compondo o livro da tua vida.

 

Foste calma e serena

Tuas praças com lindas flores,

Na igreja subiam os degraus

Para louvar Nossa Senhora das Dores.

 

O tempo foi passando

A evolução chegando

Tua beleza acabando

Teus habitantes aceitando.

 

Dai-nos a benção, ó virgem Santa

Pelos cinquenta e oito anos que completas

És uma terra aconchegante

Dando esperança aos teus habitantes.

 

            Devota de Nossa Senhora das Dores, Totonha Galvão foi catequista, ministra da eucaristia é presidente da Associação Santa Margarida Dyoville, zeladora do coração de Jesus e fez ainda várias palestras para grupos de jovens com o tema “como se comportar na sociedade” e para grupos de casais com o tema “vida matrimonial”.

Poetisa Totonha com o poeta Herbert Lago

            Em 2018 aos 80 anos de idade, Totonha Galvão foi agraciada com o título de Cidadã Chapadinhense, indicação do vereador Junior Carneiro e aprovado por unanimidade pela Câmara de Vereadores.

            Aos 83 anos de idade a professora e poetisa Totonha Galvão reside na Rua Sebastião Almeida, em Chapadinha.

 

Herbert Lago Castelo Branco

Fonte: Entrevista com Totonha Galvão

A reprodução deste texto ou qualquer parte dele é permitida, desde que seja dado o crédito de autoria conforme as normas e leis.

quarta-feira, 20 de abril de 2022

A POESIA CHAPADINHENSE E SEUS REPRESENTANTES: ênfase em João Batista dos Santos.

     

João Batista dos Santos

    João Batista dos Santos, carinhosamente chamado pelos seus pais de Joãozinho, nasceu em Chapadinha, num dia primaveril  de 22 de setembro de 1941. Filho de Antonio Ferreira dos Santos e Vina da Costa Santos e tinha mais seis irmãos.

            João Batista estudou as quatro primeiras séries do primário no Grupo Escolar Dr. Paulo Ramos, de 1949 a 1954. Completou o ciclo básico 5ª a 8ª série do primeiro grau no Centro Caixeral e no Sesc-Senac, em São Luís, de 1957 a 1961.

            Em São Luís, João Batista serviu às Forças Armadas no 24º BC, na condição de soldado, de 1961 a 1962 quando deu baixa para continuar os estudos.

            Em Brasília, de 1964 a 1966 cursou o ensino secundário no Colégio Elefante Branco. Depois, em 1967, prestou o vestibular na UNB – Universidade Nacional de Brasília, onde se formou como Bacharel em Direito, especializando-se em Direito Processual Penal e Análise de jurisprudência. Ainda na UNB fez vários cursos como: Suficiência em História, Aperfeiçoamento para Juízes.

Os Pais de João Batista

            João Batista dos Santos tem uma vasta experiência profissional. Foi professor de Ensino Médio da FEDF – Fundação Educacional do DF, da UEMA – Universidade Estadual do Maranhão, CAMPI de Caxias, professor da Academia de Polícia de Rondônia, Advogado inscrito nas Seções dos Estados do Maranhão e Goiás, Assessor de Desembargador do TJ/RO, procurador do Estado de Rondônia, Juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia, Juiz Corregedor da Corregedoria Geral de Justiça do TJ/RO, Vice-Presidente do Colendo Tribunal Regional do Estado de Rondônia e Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia.

           Além de uma centena de certificados de especializações e de participações em Seminários e Conferências, João Batista dos Santos recebeu ainda o título Constituinte Honorário outorgado pela Assembleia Constituinte do Estado de Rondônia, pela participação e colaboração nos trabalhos da Constituinte de 1989.

        Com o slogan “Uma esperança para o Maranhão” João Batista foi candidato a Suplente de Senador pelo MDB em 1978.

             Entre os livros publicados por João Batista do Santos destacamos SONHOS E LEMBRANÇAS DE CHAPADINHA 2009, PALAVRAS DE FOGO 2010 e OS VALORES ETERNOS E UNIVERSAIS DOS DIREITOS HUMANOS 1993.

João Batista e Lourival Passos

            João Batista dos Santos foi fundador e primeiro presidente da Academia de Letras, Artes e Ciências de Chapadinha.

 

Herbert Lago Castelo Branco

Fonte: Sonhos e Lembranças de Chapadinha

A reprodução deste texto ou qualquer parte dele é permitida, desde que seja dado o crédito de autoria conforme as normas e leis.

 

 

 

quarta-feira, 6 de abril de 2022

A POESIA CHAPADINHENSE E SEUS REPRESENTANTES: ênfase em Amélia Almeida

 

Dona Amélia e Pe. Neves

    Amélia Carneiro de Almeida, nasceu na localidade Baixão, zona rural da Vila de Chapadinha no dia 31 de julho de 1910. Filha de um segundo casamento de Joaquim Cirilo de Almeida com Elisa Carneiro de Almeida.

Com 7 (sete) anos de idade a sua mãe faleceu e foi criada com os irmãos Antenor Carneiro e Pedro Carneiro, pelo pai e pela sua madrasta Lídia Garreto de Almeida. Ao todo eram 26 (vinte seis) irmãos. Dos outros relacionamentos do seu pai Joaquim Cirilo, teve os irmãos:   Antonio Tereza de Almeida, Francisco Tomás de Almeida, Inácio Cirilo de Almeida, Joana Iria de Almeida, João Evangelista de Almeida, Joaquim Cirilo de Almeida Filho, José Cecílio de Almeida, Jovita Cirilo de Almeida, Maria Cirilo de Almeida Raimundo Masceano de Almeida, Amando Garreto de Almeida, Emília Garreto de Almeida, Antonio Garreto de Almeida, Gilvan Garreto de Almeida, Francisca Garreto de Almeida, Joviniano Garreto de Almeida, Luís Garreto de Almeida, Moacir Garreto de Almeida e Rosa Garreto de Almeida.

Amélia Almeida começou os estudos na Vila de Chapadinha em 1917 até 1923. Com sua melhor amiga Cota, eram muito cobiçadas pelos rapazes de sua época, mas sempre respondia com um não nas cartinhas que recebia. Mas não resistiu os apelos do seu primo Raimundo Tiago de Almeida (Dico Almeida), seu primeiro e único namorado. Amélia Carneiro e Dico Almeida casaram-se no dia 18 de julho de 1931. Padre Eurico de Freitas celebrou o casamento no religioso e no civil o Juiz Tuíca. Dona Amélia e Sr. Dico tiveram dois filhos biológicos: Antonio Cleves e Francisco Florismar, mais tarde adotou a sua sobrinha Maria José (Mazé), filha biológica de sua irmã Francisca Garreto de Almeida Monteles, com 3 (três) dias de nascida.

Escola Amélia Almeida

 Pioneira na educação de Chapadinha, Amélia Almeida era professora leiga e tinha apenas 27 anos de idade quando, juntamente com seu esposo Dico Almeida, fundaram uma das primeiras escolas de Chapadinha, a “ESCOLA AMELIA ALMEIDA,” quando Chapadinha ainda era uma Vila, no dia 17 de julho de 1937, um ano antes da emancipação política de Chapadinha e passou a ser escola de referência da cidade naquela época. O seu legado na educação de Chapadinha é inconteste, foram 79 anos educando gerações de jovens e a escola funcionou até 2016.

Em 1987 por ocasião da fundação e da pedra fundamental da UFMA Chapadinha, Amélia Almeida recebeu do então prefeito José Almeida o título de menção honrosa da educação chapadinhense. 

Além da educação Amélia Almeida era uma católica fervorosa, devota de Nossa Senhora das Dores, dedicou-se a religião onde participou ativamente das atividades da igreja como zeladora, membro do Apostolado do Sagrado Coração de Jesus, Ministra da Eucaristia e aos sábados ela trabalhava as aulas de catequese  como os alunos, antes da igreja ofertar.

Amélia e irmãos

Amélia Almeida também foi uma das fundadoras da Academia de Letras, Artes e Ciências de Chapadinha, fundada no dia 22 de setembro de 1994, da qual era membro efetivo como Acadêmico.

 A Professora Amélia Almeida, faleceu às 17:40 hs de uma segunda-feira, dia 13 de outubro de 2008 aos 98 anos de idade e está sepultada no Cemitério Central Nossa Senhora das Dores.

 

Herbert Lago Castelo Branco

Fonte: Blog Café Pequeno – Ivandro Coelho, A GAZETINHA e Prof. Dona Nega

A reprodução deste texto ou qualquer parte dele é permitida, desde que seja dado o crédito de autoria conforme as normas e leis.

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 4 de abril de 2022

A POESIA CHAPADINENSE E SEUS REPRESENTANTES: ênfase em Maria Camélia

    

Maria Camélia Pimentel

    Maria Camélia Pimentel Almeida, nasceu na cidade de Brejo - Ma, no dia 16 de novembro de 1916 e era filha de Raimundo Barbosa Pimentel, funcionário público federal da REFFESA – Rede Ferroviária Federal e Ada Seixas Pimentel e teve mais 2 (duas) Irmãs: Yara Pimentel Gomes e Jacyara Pimentel Gomes. Quando ainda criança seus pais mudaram-se para a cidade de Caxias, para onde seu pai foi transferido. Maria Camélia começou os estudos em Caxias, onde se formou como professora pela Escola Normal de Caxias e também deu início ao seu exercício no magistério. Em fevereiro de 1942, aos 26 (vinte seis) anos de idade casou-se com o Chapadinhense Ataliba Vieira de Almeida, com quem teve 5 (cinco) filhos: Maria Marta, Antonia Mécia, Ataliba Filho, Francisco Mário e José Ribamar Vilarton.

Em 1942 incorporou o corpo de docentes de Chapadinha, no Colégio Paulo Ramos, onde simultaneamente exerceu a função de Diretora, sem qualquer remuneração. Após alguns anos, mais precisamente no Governo Estadual de Sebastião Archer, a categoria do Colégio mudou para Grupo Escolar, ocasião em que foi oficializada como Diretora do Grupo Escolar Dr. Paulo Ramos. Posteriormente, por interferência política a professora Camélia foi destituída da função e obrigada a pedir licença. Com a criação da Escola Noturna Cônego Walter Abreu, cujo funcionamento se dava no prédio da Escola Paroquial, Dona Camélia também passou a ser Diretora sem receber qualquer gratificação pelo exercício do cargo, até 22 de março de 1968, quando a escola mudou para a categoria de Grupo Escolar Antonio Ferro. Professora Camélia foi uma ilustre e renomada professora, responsável pela educação de várias gerações de Chapadinhense. Lecionou também no Ginásio Professor Mata Roma e na Escola Normal Ana Adelaide Bello. Em 1976, após ter se dedicado arduamente por trinta e cinco anos à magistral tarefa de educar várias gerações de Chapadinhenses, solicitou a sua merecida aposentadoria, e embora que tardiamente, teve todos os seus direitos assegurados como Diretora.

Maria Camélia e Família

Dona Camélia foi membro fundador da Academia de Letras, Artes e Ciências de Chapadinha, onde tem poesia publicada na “COLETÂNEA DE DEDICATÓRIAS POÉTICAS À TERRA AMADA” Maria Camélia era muito religiosa, discreta, determinada e de conduta ilibada. Sendo um esteio para sua família e um exemplo para todos os educandos que tiveram a oportunidade de desfrutar de seus ensinamentos, seja como professora ou diretora.

Em seu poema A UTILIDADE DA RELIGIÃO, ela transcende todo seu sentimento quanto a importância da religião.


A UTILIDADE DA RELIGIÃO

A religião fortalece os sentimentos morais,

Dando ao homem conforto e resignação,

Nos momentos de adversidade.

Ela é, pois, um poderoso auxiliar da moral.

Quando o esforço moral, se torna menos

Intenso ou fatiga, a fé religiosa sustenta,

Fortalece, levanta o ânimo daquele que vacila.

A religião é indispensável à vida das nações,

Porque concorre, poderosamente, para estreitar

Os laços de solidariedade social.

Todos nós devemos ter uma religião,

Seja ela qual for; ela é uma necessidade, um bem.

Encoraja-nos na hora da dor, e nos alegra,

Nos momentos felizes. Creio que se não existisse,

Era necessário se criar, pois ela é

O controle da sociedade.

O fanatismo, a intolerância constituem um mal,

E os devemos evitar.

Maria Camélia Pimentel faleceu aos 97 anos de idade, no dia 26 de abril de 2013 e está sepultada no Cemitério Central de Nossa Senhora das Dores.

 

Herbert Lago Castelo Branco

Fonte: Ataliba Filho e o Livro Chapadinha, historiografia e núcleos familiares.

A reprodução deste texto ou qualquer parte dele é permitida, desde que seja dado o crédito de autoria conforme as normas e leis.