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quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

QUEM EM CHAPADINHA NÃO OUVIU FALAR EM CUNHA NETO

Cunha Neto

 

    Benedito Cunha Neto, mais conhecido como Cunha Neto, é natural da Chapadinha, nasceu no dia 11 de abril de 1951. Filho de José Assunção Viana Cunha (Sr. Assunção) e Maria da Conceição Rodrigues Cunha (Dona Santinha). Cunha Neto é formado em contabilidade pelo extinto Colégio Comercial. Trabalhou no HAPA – Hospital Antônio Pontes de Aguiar e no BEM – Banco do Estado do Maranhão, onde exerceu a função dei Gerente em Chapadinha, Vargem Grande, São Benedito, Pedreiras e Brejo.


         Casou-se com Maria de Fátima Irineu Carneiro, de quem ficou viúvo e teve 3 (três) filhos: Tollmyres, Thannys e Thyanna. Casou-se novamente com a Brejense, Alice Maria Alves da Silva, com quem criou seu neto Thalyson Viriato. Cunha Neto aposentou-se como Bancário e residia em seu pequeno e aconchegante sítio no Zé Gomes, em Brejo, onde recebeu o honroso título de cidadão Brejense.

         Cunha Neto era um Vascaíno inveterado e também foi um grande desportista, um jogador de dribles geniais. Além de jogar na Seleção de Chapadinha, jogou também no Palmeira e no Chapadinha Esporte Clube. No seu sítio em Zé Gomes, cuidava com muito zelo e carinho do seu campo de futebol intitulado de “CUNHÃO”, onde fazia as suas partidas de futebol e recebia com muita alegria os seus amigos de Brejo e Chapadinha.

Cunha recebendo seu livro

         Cunha era um contador de causos e deixou para publicação o seu inédito livro “Depois da Última Dose: CAUSOS DO CUNHA”. Infelizmente não viu o seu livro publicado, faleceu em Chapadinha, no dia 8 de dezembro de 2023, aos 72 anos de idade.

Herbert Lago Castelo Branco

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sábado, 9 de dezembro de 2023

QUEM EM CHAPADINHA NÃO OUVIU FALAR EM SEBASTIÃO PINHEIRO.

 

Dr. Sebastião Pinheiro

    Manoel Sebastião Pinheiro, nasceu no dia 21 de novembro de 1929, na cidade de Perimirim – Ma, onde começou os estudo. Em meados de 1935 com 6 (seis) anos de idade, o garoto Manoel Sebastião via em sua terra natal, as mulheres darem à luz morrerem na hora do parto.. Sua vocação de tornar médico advém desta data. Filho de familia de classe média, Manoel Sebastião disse ao pai Claudino Paulo Pinheiro que iria ser médico como propósito primordial de vida.

    Em São Bento cursou o primeiro grau (ensino fundamental), no Liceu Maranhense concluiu o segundo grau (ensino médio), No dia 15 de dezembro de 1962, em Salvador – Ba, concluiu o curso de medicina, graduado em Genecologia Obstetrícia e Cirurgia Geral, na Universidade Federal da Bahia.

Sebastião com José Almeida


            Em São Luis, foi aprovado em concurso público para o quadro de médico do INSS. Além de ter sido Diretor Geral do Hospital Djalma Marques e Socorrão I de São Luis, trabalhou em várias cidades maranhenses como: Perimirim, Penalva, Gonçalves Dias, Icatu, Nina Rodrigues, Vargem Grande e Mata Roma, tendo uma forte atuação como médico na região do Baixo Parnaíba em especial no município de Chapadinha, onde também foi Secretário de Saúde.

No ano de 1969 Dr. Sebastião Pinheiro veio para Chapadinha para trabalhar no HAPA – Hospital Antônio Pontes de Aguiar do qual foi Diretor.  Trabalhou ainda no Hospital Municipal Benú Mendes e no Hospital São Francisco.

            Casou-se com a chapadinhense Maria Fátima Cunha com quem teve 3 (três) filhos: Alexandre Pinheiro e Georgina Pinheiro e Jackeline. Mais tarde casa-se com Maria José Sales com quem também teve 2 (dois) filhos: Felipe Manoel e Catarina....

Dr. Sebastião no Estádio Lucidio Frazão

Em Chapadinha, além da medicina Dr Sebastião Pinheiro dedicou-se também ao esporte a frente do time Sete de Setembro e como presidente da LEC – Liga Esportiva Chapadinhense. Dr. Sebastião Pinheiro protagonizou importantes disputas pela prefeitura de Chapadinha. Em 1974 disputa ao cargo de Deputado Estadual, ficando na suplência, assumindo o mandato em 1976. Em 1978, reelege-se a Deputado Estadual e ocupa a cadeira na Assembleia Legislativa até 1983. Ano em que foi agraciado com o título de Cidadão Chapadinhense, concedido pela Câmara Municipal de Chapadinha. Em 1988. Candidata-se ao cargo de prefeito de Chapadinha, não obtendo êxito e em 1996 candidata-se novamente ao cargo de prefeito e, não fosse o roubo de uma urna teria sido prefeito de Chapadinha.

Dr. Sebastião Pinheiro embora sendo um médico bem sucedido, não tinha apego a dinheiro e nem bens materiais, era um humanista que usava a sua profissão para ajudar o povo pobre de Chapadinha. Deixou um grande legado de honradez e na saúde pública de Chapadinha.

Era um leitor voraz, patrono da cadeira 4 da Academia de Ciências Letras e Artes Perimirinense. Faleceu no dia 26 de abril de 2017, aos 87 anos, em Chapadinha, cidade que muito amou e dedicou-se 48 anos de sua vida.

 

Herbert Lago Castelo Branco

Fonte: O RESGATE – ALCAP Perimirim; 

Assembleia Legislativa do Maranhão

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quinta-feira, 30 de novembro de 2023

QUEM EM CHAPADINHA NÃO OUVIU FALAR EM JOÃO DE DEUS.


    João de Deus Lago Castelo Branco, nasceu na cidade de Buriti de Inácia Vaz no dia 01 de maio de 1943 e veio para Chapadinha ainda criança com seus pais Benú Mendes e Neném Lago Castelo Branco.

João de Deus ou João Benú como era chamado pelos seus colegas, era um jovem alegre, extrovertido, muito bem relacionado com a sociedade Chapadinhense. Como desportista nos anos 60, foi goleiro do time Sete de Setembro e da Seleção de Chapadinha, comandada por Francisco Almeida Carneiro (Chico Bode) e Dr. Raimundo Marques, entre outros.

Ainda muito jovem João de Deus Lago Castelo Branco começou a trabalhar na Prefeitura Municipal de Chapadinha. Tinha tudo para ter uma vida brilhante e bem sucedida, se não fosse um trágico acidente na estrada logo após a cidade de Vargem Grande. Na época só saía um ônibus de Chapadinha para São Luis às 4 horas da madrugada para chegar em São Luis às 17 horas, quando não atrasava. A estrada era uma central de piçarra, no verão poeira e no inverno muita lama.

No fatídico dia 14 de julho de 1969, João de Deus Lago Castelo Branco, ia a serviço para São Luis e pegou uma carona numa picape dirigida pelo gerente do Armazéns Tabajaras. Chegando na cidade de Vargem Grande, encontraram uma moça conhecida que também queria ir para São Luis. João de Deus gentilmente cedeu o seu lugar na boleia e foi para a carroceria da picape. Poucos quilômetros de Vargem Grande o motorista foi desviar de uma vaca e a picape capotou. No acidente somente João de Deus Lago Castelo Branco perdeu a sua vida, aos 26 anos de idade, abalando toda família e a sociedade Chapadinhense.

Herbert Lago Castelo Branco

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sábado, 25 de novembro de 2023

QUEM EM CHAPADINHA NÃO OUVIU FALAR EM OTÁVIO VIEIRA PASSOS.

 

Otávio Vieira Passos

Otávio Vieira Passos nasceu na Vila de Chapadinha no dia 03 de maio de l904. Filho de Manoel Vieira Passos e Maria Amélia de Moraes Passos.  Fez o curso primário na cidade de Brejo e o curso ginasial em São Luis. Em Salvador fez o curso de farmacêutico e na cidade do Rio de Janeiro aos 31 anos de idade concluiu o curso de medicina em 1935, tornando-se o primeiro médico nascido em Chapadinha. Foi trabalhar em Caxias, onde foi prefeito em 1942.

Otávio Vieira Passos exerceu cargos importantes, transformando-se num Chapadinhense de renome nacional. Foi Diretor do Departamento de Estatística de São Luis, Secretário Geral do Governo do Acre.

Retorna para o maranhão como médico de endemias rurais           . Em 1952 é eleito como prefeito de São Luis. Mais tarde, convocado pelo presidente João Goulart para o Ministério do Trabalho. No Rio de Janeiro, Otávio trabalhou ainda como médico no IAPI e INPS.

Foto Blog Alexandre Pinheiro

Em 1971 ao se dirigir para Chapadinha, coisa que ele sempre fazia para atender seu pai Manoel Vieira Passos como médico, sofreu uma trombose e foi levado para o Rio de Janeiro, onde faleceu com 67 anos de idade.

Herbert Lago Castelo Branco

Fonte: Revista CHAPADINHA 80 Anos.

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quarta-feira, 22 de novembro de 2023

QUEM EM CHAPADINHA NÃO OUVIU FALAR EM JUVENTOS

                                            


    O time Juventos Sport Club foi criado pelo juiz de direito Dr. Manoel Matos, recém chagado em Chapadinha, no final dos anos 60. A maioria dos seus jogadores eram de fora. O seu grande rival era o Chapadinha Esportes Clube, que, para contrapor a Juventos, tinha como tradição em sua escalação, somente jogadores Chapadinhenses.  A Juventos fez história no esporte Chapadinhense, um colecionador de títulos e merece ser lembrado sempre. Na foto dos anos 70 em sua segunda fase o time foi reforçado em sua escalação com jogadores remanescentes do time Sete de Setembro.

Em pé da esquerda para a direita: José Maria Cabeção; Valdir, Zé Nilo; Nonatinho Bentinho; Luis Carlos; Pacheco e Dr. Manoel Matos.

Agachados, da direita para a esquerda: Zé Carlos; Tadeu, Zé Carambolo; Cabralzinho; Mazola, Mazito e Caçuleta como mascote.

Herbert Lago Castelo Branco 

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

QUEM EM CHAPADINHA NÃO OUVIU FALAR EM DURVALINO

     
    


    Durvalino Cardoso Lopes, era filho do fiscal da Receita e ex-vereador Durval Lopes e Maria Cardoso Lopes. Durvalino nasceu na cidade de Matias Olímpio, Piauí, no dia 27 de setembro de 1938. Chegou em Chapadinha acompanhado de seus pais em 1948 com 10 anos de idade e logo começou a trabalhar na Farmácia do senhor Mundiquinho Vieira. Anos depois, conheceu em Chapadinha, um viajante fotografo que lhe ensinou a profissão de fotógrafo, a qual gostou muito e entrou para a galeria como o primeiro fotógrafo de Chapadinha com a famosa máquina fotográfica mão no saco. E ensinou muitas pessoas em Chapadinha a profissão no ramo da fotografia.

            Em 1962 Durvalino casou-se com Eneida de Sousa Lopes, professora do antigo Bandeirantes, hoje CE Otávio Vieira Passos, com quem teve 3 (três) filhos: Dioneide, Dannyneide e Danville.

            Durvalino Lopes era uma pessoa muito querida em Chapadinha, por ser divertido, alegre, brincalhão e gostava de contar histórias e piadas engraçadas, como a lenda da fotografia “olha o passarinho!”

            Essa frase ele usava sempre quando ia fotografar uma criança, como forma de lhe chamar a atenção. Só que, segundo contam alguns colega seu, certo dia, Durvalino tinha tomado umas e foi chamado para um velório para fotografar uma criança falecida. Durvalino alcoolizado, na hora de fotogravar a criança no caixão, soltou a frase “olha o passarinho!”  Sendo verdade ou não, o certo é que a história virou uma lenda e a frase entrou para o dito popular chapadinhense. Tira a foto Durvalino! Olha o passarinha!”


            Durvalino era uma figura presente com a sua inseparável máquina fotográfica nos eventos políticos, sociais, festas de aniversários e até mesmo nos velórios para tirar aquela tradicional fotografia da família com o seu ente querido.

            Durvalino Lopes morava na Rua Gustavo Barbosa, no Bairro da Corrente e faleceu em decorrência de um infarto no dia 10 de abril de 2012.

Herbert Lago Castelo Branco

Fonte: Dioneide Lopes

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quinta-feira, 2 de novembro de 2023

QUEM EM CHAPADINHA NÃO OUVIU FALAR EM BENÚ MENDES.

 

    

Benú Mendes

    Bernardo Mendes Castelo Branco, o Benú Mendes, é natural da cidade piauiense de Luzilândia, nasceu no dia 03 de outubro de 1908. Seu pai, Francisco Mendes Castelo Branco (Chico Mendes), era professor e sua mãe Ana Lina de Carvalho Castelo Branco, trabalhava como telegrafista nos Correios e Telégrafos de Parnaíba no piaui.

Benú Mendes casou-se na cidade de Viçosa, no Ceará, com Herondina Santos Veras, com quem teve 6 filhos: Francisco das Chagas Mendes, Bernardo Mendes Filho, Luís Carlos Castelo Branco, Mário Mendes, Maria do Socorro Mendes Castelo Branco e José Mendes Castelo Branco Sobrinho. Infelizmente ficou viúvo, Dona Herondina Veras faleceu em circunstância de seu último parto.

Benú colocando a aliança na D. Neném

Em Buriti de Inácia Vaz, numa ocasião em que Benú foi a uma fazenda para comprar leite para os seus 6 (seis) filhos, ele viu a filha do proprietário da fazenda e se dirigiu a moça e foi logo fazendo o convite: “quer me ajudar a criar uns meninos?” A moça tímida e acanhada, de pronto respondeu “não sei”. Com o consentimento dos pais Raimundo Teixeira Lago e Hermelinda Ferro Lago, Benú Mendes casou-se dias depois com Maria da Conceição Ferro Lago (Dona Neném), com quem teve mais 15 (Quinze) filhos José Carlos Castelo Branco, Maria Ires Lago Castelo Branco, João de Deus Lago Castelo Branco, Maria da Conceição Lago Castelo Branco Filha, Raimundo Nonato Lago Castelo Branco (Veim), Sônia Teresinha Lago Castelo Branco, Francisco Lago Castelo Branco, Maria do Rosário Lago Castelo Branco, Maria Lúcia Lago Castelo Branco, Antônio de Pádua Lago Castelo Branco, Paulo Roberto Lago Castelo Branco (Paulinho), Maria Gorete Lago Castelo Branco, Herbert Lago Castelo Branco, Rogério Luís Lago Castelo Branco e Ana Lina Lago Castelo Branco.

CASA MENDES

Benú Mendes era empresário com forte atuação no comércio e veio de Buriti com toda família para a cidade de Chapadinha no final da década de 40, em seu caminhão INTERNATIONAL, carroceria e cabine aberta de madeira, capô verde e para-lamas pretos, com apenas 4 pneus,  instalando-se na Avenida Oliveira Roma, onde hoje é a Loja Nenenzão, ocasião em que trouxe para a cidade de Chapadinha uma das primeira usinas de beneficiamento de arroz e uma loja de tecido e variedades “CASA MENDES”, que muito contribuiu para a expansão do comércio local e o desenvolvimento econômico de Chapadinha. Anos depois, no início da década de 60, colocou uma pensão ao lado da igreja matriz de Nossa Senhora das Dores, na casa da esquina perto da caixa d’agua. Do lado era a Agência de Ônibus do senhor Antônio Lobo.

Benú fazia banquetes para políticos

Influente nas relações políticas, Benú Mendes foi também Delegado e Juiz de Paz na gestão do prefeito Raimundo Vieira de Almeida (Mundiquinho), de quem era compadre.

Benú Mendes faleceu em decorrência de um infarto fulminante no dia 21 de junho de 1969. Nessa época, ele tinha uma Mercearia na Rua do Comercio, onde também residia. .

Por indicação do então vereador Ademir Cunha, o prefeito José da Costa Almeida deu o nome do Hospital Municipal de BENÚ MENDES.

Herbert Lago Castelo Branco

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segunda-feira, 30 de outubro de 2023

QUEM EM CHAPADINHA NÃO OUVIU FALAR EM LUCÍDIO FRAZÃO?

    

Lucidio Frazão

     Lucidio de Jesus Caldas Frazão, nasceu na cidade de Brejo no dia 30 de outubro de 1922. Era seminarista quando no final da década de 40, ainda muito jovem, veio para cidade de Chapadinha, para trabalhar como Agente Estatístico no IBGE, hospedando-se na casa dos seus tios Dico e Amélia Almeida.

  Em Chapadinha, Lucidio Frazão constituiu família, casando-se com Aldira Vieira de Almeida Frazão (Dona Diziha) com quem teve dois filhos: Maria do Socorro Frazão Moreira e José Hildo de Almeida Frazão.

 Juntamente com os amigos Nonato Vale e Padre Walter, com os próprios recursos, deram início na construção de um novo campo de futebol, o qual iria substituir o “Campo Velho”. À época, o então prefeito Ataliba Vieira de Almeida doou o terreno, onde hoje é a prefeitura Municipal de Chapadinha.

Lucidio com Dona Dizinha

Além de construir o prédio do IBGE de Chapadinha, Lucidio Frazão foi o idealizador da construção da Praça Cel. Luís Vieira. Foi Ele que fez o projeto da praça, foi comprar os bancos, e os postes de luz da praça em Teresina e plantou as Figueiras.

         Lucidio Frazão criou também um grupo de teatro, uma escola de música e o primeiro jornal de Chapadinha e foi Secretário de Educação na gestão do prefeito Benedito Martins.

     

Estádio Lucidio Frazão 

  Infelizmente, Lucidio Frazão não viu o seu sonho ser realizado. Faleceu prematuramente aos 33 anos de idade no dia 17 de fevereiro de 1955, quando o campo ainda estava em construção. Os amigos Novato Vale e Padre Walter, deram continuidade na construção estádio e em sua homenagem, deram o nome do novo estádio de futebol de Lucidio Frazão, inaugurado em 1956 e reinaugurado agora no dia 28 de outubro de 2023 no Bairro do Areal.

Herbert Lago Castelo Branco

Fonte: Socorro Frazão

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sexta-feira, 20 de outubro de 2023

A LITERATURA CHAPADINHENSE E SEUS REPRESENTANTES: Ênfase em Edinólia Portela.

       

Edinólia na Biblioteca Alternativa

     Edinólia Lima Portela, nasceu na cidade de Porto, no Piauí, no dia 29 de julho de 1958, é filha de Adauto Oliveira Portela e Adalgisa de Deus Lima e tem mais 15 (quinze) irmãos: Firmina Lima Portela de Sousa, Rogerio Lima Portela (falecido), Roosevelt Lima Portela, João de Deus Lima Portela, Adauto Oliveira Portela Filho, Tancredo Rodrigues Portela, Sonia Rodrigues Portela, Rochelane Rodrigues Portela, Adaumar Almeida Portela Lobo, Maridau Almeida Portela, Leotonio Rodrigues Portela, Delanes Rodrigues Portela, Tania Rodrigues Portela, Elanes Rodrigues Portela e Franklin Rodrigues Portela.

            Em 1960 com apenas 2 (dois) anos de idade, seu pai Adauto Portela, a levou para Chapadinha, onde foi criada pela sua madrasta Antônia Rodrigues da Costa. Desde então, adotou Chapadinha como sua terra natal.

            Edinólia iniciou os seus estudos em 1963 na extinta Escola Paroquial de Chapadinha, sendo alfabetizada pela poetisa e professora Totonha Galvão. Iniciou o curso ginasial no Ginásio Professor Mata Roma e concluiu no Ginásio Bandeirante em 1972. Concluiu o ensino médio em São Luís, no Centro de Ensino Gonçalves Dias no ano de 1974. Em 1975 ingressou na UFMA para o Curso de Pedagogia, onde fez o mestrado PPGE/UFMA em 2002.

          

Edinólia com os filhos

 
Em 1975, casou-se com Antônio Alves Gondim Filho (falecido) com quem teve 3 (três) filhos: Ludmila Portela Gondim Braga, Doutora em Literatura; Dimitri Portela Gondim, fisioterapeuta e Carenina Portela Gondim, educadora física, empresária e mais 3 (três) netos: Maia Gondim Sarmento, Maitê Gondim Sarmento e Álvaro Santos Gondim.

Edinólia é também Doutora em Educação pela Universidade Federal da Bahia, com estudos em juventude, cidadania e avaliação de políticas. Professora do Curso de Pedagogia e do Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Federal do Maranhão; Professora Titular de Academia de Ikebana Sanguetsu, arte milenar oriental, com estudos no Japão; Foi coordenadora do Curso de Pedagogia e do Curso de Especialização em Educação Superior-UFMA. compôs a equipe de gestão do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Cientifica- PIBID-UFMA, do Programa de Valorização Patrimonial UFMA-IPHAN Integrante do Fórum Estadual do Maranhão de Educação de Jovens e Adultos Participante do Comitê Cientifico do Encontro de Pesquisa Educacional do Nordeste;  Coordena o projeto de pesquisa sobre a Jornada de Alfabetização, Sim, eu Posso Círculo de Cultura nos municípios de menor IDH, do Maranhão;  Parecerista ad hoc da Fundação de Amparo  à Pesquisa  e ao desenvolvimento Cientifico e Tecnológico do Maranhão-FAPEMA, do Programa de Iniciação Cientifica-UFMA , da Jornada Internacional de Políticas Publica, de Congressos Nacionais e Internacionais da Associação de Política e Administração da Educação-ANPAE, de ,Congressos da Associação Francofone de Pesquisa Cientifica em Educação-ARFIRSE, de revistas qualis como a Entreideis-UFBA, Cocar-UFPA, Educação e Pesquisa da USP, Contemporânea de Educação –UFRJ; Coordenadora Regional da arte de Ikebana Sanguetsu e integrante  da Associação Nacional de arte milenar.

Edinólia em familia


Edinólia é Pesquisadora autora e organizadora de livros, Dossiê, publicações de artigos em revistas e coletâneas no Brasil e no exterior, com trabalhos apresentados no Brasil, no estado da Catalunha, Barcelona, Espanha, França e Portugal; Idealizadora do Movimento Chapadinhamente-nós e Acadêmica Efetiva da Academia de Letras Ciências e Artes de Chapadinha. Edinólia Portela é Autora dos seguintes livros Juventude e cidadania: o movimento de um programa socioeducativo; Formação de professores e práticas educativas; Currículo contextos e desafios para formação humana e de artigos para jornais e revistas, além de poemas, como o que publicamos abaixo:

CHAPADINHA NÓS

Brinco com a molecada na rua

Tomo banho de chuva

Recebo frutas do vizinho

... Lembranças de Chapadinha.

 

Capa de um dos livros de Edinólia

                                       Meu corpo muda de forma

As espinhas saem no rosto

Danço a primeira valsa

Dos carnavais não esqueço

Sinto o primeiro beijo

... Lembranças de Chapadinha.

 

Existe um mundo além desse

Os fatos mudam bem rápido

          John Lenon é assassinado

                                                              Os exilados retornam

..                                                      . Sinto falta de Chapadinha.

 

Cantamos “Apolo seco”

Somos mais tango que blues

Prisão pela meia passagem

... Como estará Chapadinha.

 

Seguíamos nossos caminhos

Buscamos a vida lá fora

Os filhos estão crescidos

Vão-se alguns dos amigos

... Voltamos à Chapadinha.

 

Dentre tantas funções ocupadas por Edinólia, ela também foi servidora como professora e supervisora, coordenadora e pedagoga do Estado de Educação Básica de 1981 a 2011. Atualmente é do quadro de professores da UFMA do curso de pedagogia e do programa de pós graduação em educação

Herbert Lago Castelo Branco

Fonte: Edinólia Portela

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segunda-feira, 9 de outubro de 2023

QUEM EM CHAPADINHA NÃO OUVIU FALAR EM ALMADA LIMA

        

Dr. Almada Lima

    Arthur Almada Lima Filho nasceu na cidade de Caxias, no maranhão, no dia 17 de outubro de 1929. Almada Lima era mestrado em Administração pública e formou-se em Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito de São Luís em 1955, onde mais tarde foi professor.

 Em setembro de 1962 Almada Lima veio transferido de Brejo para promotoria de Chapadinha. Ainda em 1962 foi nomeado Juiz de Direito da Comarca de Chapadinha, ocasião em que coordenou as eleições municipais de 62 e o plebiscito realizado em 1963.

Professor com “P” maiúsculo, Almada Lima além da sua dedicação à justiça se entregou também com muito amor e dedicação à educação de Chapadinha. Foi diretor do Ginásio Prof. Mata Roma, fundou em 1964 a Escola Normal Ana Adelaide Bello. Preocupado com as crianças pobres, que não tinham um chinelo para calçar, ele criou nas Terras Duras a Escola dos Pés Descalços, onde hoje, em homenagem, a Escola leva seu nome Almada Lima. Era preciso conviver um pouco com Dr. Almada Lima para ver-lhe os esforços em prol das causas públicas e coletivas.


Chapadinha contava Almada Lima com muito orgulho como um filho, pois lhe foi concedido por unanimidade pela Câmara Municipal de Chapadinha o título de cidadão chapadinhense, indicação do então vereador Delmar Carneiro.

Além de Promotor Público das Comarcas de Brejo e Chapadinha, Foi Desembargador do Tribunal de Justiça do Maranhão, Vice Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão e fundador e presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Caxias.

Almada Lima faleceu no dia do seu aniversário, em 17 de outubro de 2021 aos 92 anos em São Luís.

Dr. Almada Limar por certo, sempre será lembrado pelo seu lado humanista, pela sua retidão de caráter e posições éticas e pelo que fez pela juventude Chapadinhense.

Herbert Lago Castelo Branco

A reprodução deste texto ou qualquer parte dele é permitida, desde que seja dado o crédito de autoria e fonte, conforme as normas e leis de direito autoral. 

sábado, 23 de setembro de 2023

A LITERATURA CHAPADINHENSE E SEUS REPRESENTANTES: ênfase em Oliveira Roma.

João Mata de Oliveira Roma    

    João Mata de Oliveira Roma, popularmente conhecido como Oliveira Roma, era filho do coronel Pedro Mata de Oliveira Roma e de Teodolinda Almeida. Ambos cearenses, escolheram o maranhão para viverem e elegeram a então Vila de Chapadinha como sede da residência do casal, onde se estabeleceram com um pequeno comércio e mais tarde explorariam também a agricultura. Oliveira Roma nasceu na Vila de Chapadinha, no dia 24 de novembro de 1894 e tinha mais 10 (dez) irmãos, do primeiro casamento por parte de pai foram 4 (quatro) Isabel Mata de Aguiar, Joana Mata Roma (Noca), Pedro Mata Filho e Raimundo Mata Roma. Do segundo casamento com sua mãe Teodolinda, vieram o também intelectual, poeta e professor José Mata de Oliveira Roma, Luzia Mata de Oliveira Roma (Lulu), Joaquim Mata Roma (Quincas), Francisco das Chagas Mata de Oliveira Roma e Maria de Almeida Mata Roma (Maneca) e mais uma irmã adotiva Francisca (Chiquinha Perna Curta)

                Oliveira Roma começou os estudos na Vila de Chapadinha, mas logo seu pai o encaminhou, juntamente com o seu irmão Mata Roma, para a cidade de Brejo, onde terminou o curso primário. Em Teresina, concluiu o primeiro e segundo grau, conhecidos hoje como Ensino fundamental e Ensino Médio.

Pai de Oliveira Roma

            Em São Luís prestou vestibular e ingressou na Faculdade de Direito, na Rua do Sol, formando-se em Bacharel em Direito.

            Oliveira Roma desde cedo atirou-se às lides jornalística adentrando nessa escola o seu meio expressional. A poesia foi lhe constante na vida e publicou diversos volumes de versos, destacando-se os “Versos de Enor”. Jurista e professor catedrático de Direito Judiciário Civil da antiga Faculdade de Direito do Maranhão. Na Academia Maranhense de Letras fundou a Cadeira número 25, cujo patrono é o grande jurisconsulto Sá Viana.

            João da Mata de Oliveira Roma nos deixou uma rica bibliográfica tais como: “Versos sem Estilo” – São Luís 1921. “Versos de Enor” Tip. M. Silva – Maranhão, 1923, 105 p. “Poemas Selvagens” 1ª série, Tip. Rabelo – São Luís, 1929, 48 p. – “Na Judicatura” 1ª séria, Imp. Oficial, Maranhão, 1932, 132 p. – “Poemas Selvagens” 2 série, Gráfica Tribuna, São Luís, 1934, 163 p. – “Duas Teses”, Tip. Teixeira, Maranhão, 1934, 149 p. – “Ligeiras Notas Sobre Direito Judiciário Civil”, Gráfica São José, Maranhão, 1936, 231 p. – “Meus Versos Alheios”, Tip. Batista de Sousa – Rio de Janeiro, 1941, 55 p. – “O Arbítrio Judiciário”, Emp. Gráfica Tribuna Ltda. São Luís, 1944, 18 p, - “Modalidade de Legítima Defesa”, Pongetti Editora, Rio de Janeiro 1941, 90 p, - “Os Mistérios da Cidade”, Tip. M. Silva & Filhos, São Luís, s.d., 8 p.  Inclui-se também na sua bibliográfica um trabalho sobre delinquência infantil e colaboração esparsa no “Imparcial” e na revista “Atenas”. Como teatrólogo e dramaturgo escreveu: “Um Professor em Apuros”, - “Marido da Moda” e “O Noivado do Manduca”, além de muitas comédias para crianças.

Mãe de Oliveira Roma

                       Oliveira Roma também foi venerável da Loja Maçônica Renascença do Maranhão. Era desses maçons que tanto tinha prazer de varrer a casa como dirigi-la

            Oliveira Roma faleceu na cidade de Caxias, aos 50 anos de idade, no dia 25 de outubro de 1944.

 

Herbert Lago Castelo Branco

Fonte: Academia Maranhense de Letras; - Jornal Diário do Povo e o Imparcial.

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quinta-feira, 14 de setembro de 2023

QUEM EM CHAPADINHA NÃO OUVIU FALAR EM CHICA CHOCOLATE?

 

    

Esta imagem é ilustrativa. D. Chica
Chocolate não deixou registro em foto
 


    Francisca Souza, popularmente conhecida como Chica Chocolate, era uma piauiense rustica, descendente de negro com índio, natural da cidade de Luzilândia, onde nasceu no dia 26 de fevereiro 1928, tendo chegado em Chapadinha logo após a emancipação política da cidade. Apesar de ser uma mulher que tinha a cor das primeiras mulheres mulatas de Chapadinha, o seu apelido de Chica Chocolate provém dos deliciosos chocolates quentes que ela fazia para vender, diariamente em sua banca no antigo Mercado Central, onde hoje é a APAE, no Centro Artístico Operário e na sua barraca por ocasião dos festejos da nossa padroeira Nossa Senhora das Dores. Dona Chica Chocolate era uma mulher trabalhadora, carismática, simples, mas ao mesmo tempo muito brava, não tinha medo de nada e com muita aptidão para a culinária. Seus diversos bolos e suas comidas como mocotó, leitoa ao molho pardo e assada eram muito apreciados pelos chapadinhenses. Ela era uma cozinheira de mão cheia! Das melhores da cidade à época, sempre era requisitada pelas tradicionais famílias de Chapadinha para fazer seus banquetes. Sua casa também era uma pensão e hospedava viajantes que passavam pela cidade. Sua morte, no dia 17 de setembro de 1966, aos 38 anos de idade, teve grande repercussão e chocou toda população da cidade, por ser uma pessoa muito conhecida e querida pelos chapadinhenses. Dona Chica Chocolate foi covardemente assassinada a golpes de espeto na frente de sua filha Rosário, com então 11 anos de idade, dentro de sua própria casa, na Rua Sebastião Barbosa, próximo ao Cemitério Central, por um homem desconhecido.

            Motivo do crime: uma mulher que estava traindo o marido com um magarefe conhecido como Bigode, que levou a amante para escondê-la na pensão de. Dona Chica Chocolate que, mesmo não estando muito de acordo acabou aceitando, possivelmente mediante a um agrado dado pelo magarefe. Só que, como a cidade de Chapadinha era muito pequena, alguém dedurou e contou para o homem traído ondo sua mulher estava escondida. O homem foi procura-la, chegando na casa de dona Chica a mulher o avistou e fugiu correndo. O homem possuído pelo ciúme pegou um espeto e desferiu vários golpes de espeto em dona Chica Chocolate que faleceu de imediato e o homem desconhecido fugiu gritando que tinha matado a mulher errada. Depois prenderam o assassino e mandaram para o presídio de Pedrinhas, de onde fugiu da prisão.

            Depois do crime, sua filha Rosário foi adotada por dona Auridéia Cunha Passos, que a levou para São Luís, onde superou todo esse terrível trauma, constituiu sua própria família e hoje é professora aposentada, mora em São Luiz e por gratidão cuida com muito carinho de dona Auridéia Cunha Passos que esta com 95 anos de idade. .

           Herbert Lago Castelo Branco

Fone: Rosário, filha de Chica Chocolate.

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