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sexta-feira, 6 de setembro de 2024

QUEM EM CHAPADINHA NÃO OUVIU FALAR EM APA – ANTÔNIO PONTES DE AGUIAR?

 

Deputado Antônio Pontes de Aguiar

    Antônio Pontes de Aguiar nasceu no dia 26 de agosto de 1927, na localidade Ponta da Serra, no município da cidade de Coreaú no Estado do Ceará. Filho de Miguel Teodoro de Aguiar e de Olindina Portela de Aguiar e teve mais oito irmãos: Adalto Pontes, Francisca de Aguiar Machado, Guiomar Machado de Aguiar, José Machado, Maria Pontes de Aguiar, Nilça Machado de Aguiar, Raimundo Pontes, Zilmar Pontes de Aguiar e o primo e irmão adotivo Francisco Modesto de Aguiar.

            Em 1946, com apenas 19 anos de idade Antônio Pontes migrou do Ceara para Contendas, município de Luzilândia-PI, e em 1948 casa-se com sua prima, Beatriz Portela da Ponte, filha do seu tio Manoel Machado da Ponte. Desta união tiveram os seguintes filhos: Nair Pontes de Almeida, Neide de Aguiar Portela, Levi Pontes de Aguiar, Olindina Pontes de Aguiar, Cleonice Pontes de Aguiar e Maria Pontes de Aguiar.

Pontes com esposa a Beatriz e filhos

            Em 1949, a convite de Manoel Garreto de Sousa (Nego Garreto), Pontes de Aguiar veio para o interior de Chapadinha, para um lugarejo conhecido como São José, onde se estabeleceu e deu início a sua trajetória de comerciante comprando amêndoas de coco babaçu e outros cereais, que trazia para Chapadinha e vendia para a Casa Mendes, do então empresário Benú Mendes. Com êxito nos seus negócios, transferiu-se para a cidade de Chapadinha em 1953, para dar continuidade nas suas atividades comerciais, instalando seu comercio e residência nas Terras Duras, onde hoje é a praça da Bandeira, para dar continuidade as suas atividade de empreendedor no ramo do comércio como varejista e atacadista, comprando carradas de bicicletas, máquinas de costura Singer e outras mercadorias. Mas tarde, motivado pelo sucesso de seus empreendimentos, instalou outras filiais em cidades como: Itapecuru, Vargem Grande, São Benedito do Rio Preto, Buriti, Brejo e Boa Hora, município de Chapadinha e na capital São Luis.

Gov. Sarney e prefeito Antônio Pontes

            Depois de enfrentar e superar preconceitos por ser imigrante do interior do Ceará e com pouco estudo, no ano de 1962 Antônio Pontes resolveu seguir uma nova caminhada e entrar na política candidatando-se ao cargo de vereador, elegendo-se para representar o povo de Chapadinha na Câmara Municipal. Um homem simples e carismático, e com sua popularidade em alta, em 1965 Pontes de Aguiar candidata-se ao cargo de prefeito, sendo aclamado pela maioria dos eleitores Chapadinhenses, tomando posse no dia 1º de janeiro de 1966.

            Sem dúvida alguma, o desenvolvimento e o crescimento de Chapadinha começa por Antônio Pontes de Aguiar. Foi ele, por meio de sua liderança que colocou Chapadinha no cenário político estadual. Fazendo com que Chapadinha se tornasse a cidade polo e a mais importante do Baixo Parnaíba. Durante o seu mandato como prefeito desenvolveu seu trabalho administrativo voltado para às principais carências do município e promoveu significativas melhorias na cidade de Chapadinha, investiu na educação e na saúde pública: construiu o primeiro hospital, escolas, matadouro municipal, praça e calçamentos. Além disso, desenvolveu a infraestrutura rural, construindo estradas e pontes sobre os rios Munim e Riacho Feio, facilitando o transporte e estimulando e revitalizando do comércio local.

Loja Matriz de Pontes em Chapadinha

            Após seu mandato como prefeito Antônio Pontes foi eleito 7 (sete) vezes a Deputado Estadual, entre os anos de 1970 a 2000. Sua influência estendeu-se por toda a região do Baixo Parnaíba. Encerrando a sua carreira política como vereador 2004 a 2008 e presidente da Câmara Municipal de Chapadinha.

Herbert Lago Castelo Branco

Fonte: Revista em sua homenagem “ANTONIO PONTES DE AGUIAR – Um homem Vencedorpublicada em agosto de 2024.

           

 

terça-feira, 13 de agosto de 2024

BELEZINHA JÁ GANHOU?!

 


O falecido e ex-deputado Wilisses Guimarães falava que política era que nem uma nuvem, muda todo instante. O candidato cantar vitória antes do tempo ou entrar na disputa com o sentimento de derrota diante de um adversário forte são premissas que, na maioria das vezes acabam em derrota, Achar que já ganhou ou perdeu são dois erros que todo político conhece. Além dessa obviedade e, embora a internet seja um espaço de propaganda, o eleitor só passa a ter interesse nas eleições quando a campanha chegar nas ruas onde atinge o eleitor desligado das redes sociais. Ai sim, as pessoas desinteressadas na eleição começa a conhecer as candidaturas e escolher os seus candidatos.

            Ninguém pode negar que a prefeita e pré-candidata Belezinha e uma das referências de gestora, assim como foi Antônio Pontes na década de 1960/70, até mesmo o Magno Bacelar nos seus dois primeiros mandatos. E por isso, não há dúvidas de que a prefeita Belezinha é a favorita e reeleição, mas repito, ainda não ganhou nada!  É bom não ficar nesse oba, oba. Quem viveu na política e conhece um pouco da política sabe muito bem que na política o jogo é bruto.

            Não custa nada alertar e pedir cautela, quando a gente ver o cupim comendo o telhado ele já está caindo. Josenildo está igual um cupim ninguém está vendo. Nem sempre um fenômeno se repete nas mesmas proporções, até porque cada eleição é diferente da outra, mas é importante lembrar o efeito Higor Almeida, candidato a prefeito na última eleição como também Lhaesio Bonfim na eleição para governador do maranhão.


Herbert Lago Castelo Branco

           

 

quinta-feira, 23 de maio de 2024

HIGOR ALMEIDA DEIXA UM GRANDE VÁCUO NA POLITICA CHAPADINHENSE

 

Higor Almeida

A desistência de Higor Almeida em concorrer à eleição pra prefeito de Chapadinha, anunciado em vídeo no dia 26 de abril de 2024, surpreendeu a todos nós e deixou um grande vácuo na política Chapadinhense e especialmente no PT – Partido dos Trabalhadores de Chapadinha que via em Higor Almeida a grande chance de chegar ao poder municipal, mas ficou órfão de uma candidatura ainda em gestação.

            No cenário atual não há quem poderia desempenhar este papel abandonado por Higor Almeida. A casta política Chapadinhense não se preocupou em construir novas lideranças ao longo de sua trajetória. Agora voltou tudo como dantes, está restrita a enfadonha política cotidiana tradicional “TUDO BELEZA OU BOM DE MAIS”, ou seja Belezinha ou Magno, não vai mudar em nada!

            A sociedade Chapadinhense até hoje está apática e espera uma justificativa mais aplausível de Higor Almeida. E ainda mais, que o jovem Higor Almeida não se omita e nem fique com os braços cruzados no processo eleitoral pois, o Chapadinhense o via como a opção de alternância de poder e a esperança do povo de Chapadinha era de ver mudança na política local.

Agora, resta ao PT – Partido dos Trabalhadores, reunir todos os companheiros e companheiras e construir um novo caminho e manter-se firme com uma candidatura própria como uma opção para os eleitores neném, que não quer Ducilene Belezinha e nem Magno Bacelar.

Herbert Lago Castelo Branco

sexta-feira, 3 de maio de 2024

NA POLÍTICA DE CHAPADINHA CRIOU-SE A CULTURA DO ASFALTO

 


AS CONSEQUÊNCIAS DO ASFALTAMENTO DESORDENADO

 Na política de Chapadinha criou-se a cultura do asfalto. Hoje, a nossa sociedade já não tolera mais as ruas no barro, poeira, nem mesmo calçamento por paralelepípedos. É verdade que a pavimentação das vias púbicas tem importância relevante na urbanização das cidades e até gera mais qualidade de vida para a população, valoriza imóveis e empreendimentos, além do bom fluxo do trânsito. Mas também, não é novidade para ninguém que o asfalto ou a pavimentação urbana que temos visto em Chapadinha é bastante precária e de péssima qualidade. Sem estudo do solo, de impacto ambiental, sem projeto técnico e mão de obra sem qualificação. Não se vê nem as imprescindíveis bocas-de-lobo. As consequências da falta de estudo e projeto técnico são os futuros alagamentos instantâneos, causando transtornos, erosões urbanas, inundações de residências, afetando as populações em condições mais precárias   como temos visto constantemente nas grandes cidades. Quando se realiza pavimentação asfáltica sem um sistema de drenagem, em pouco tempo, haverá prejuízos e transtorno para a população. A ausência de drenagem e de sistema de esgoto resultam em acúmulo de águas o que causará o surgimento de buracos, enchentes e alagamentos.


Como esperar que interferindo de tal forma no ciclo natural das águas, não se teria que arcar com consequências desastrosas e dolorosas. É a inevitável a “lei de causa e efeito”. Por isso, deve ser levado em conta que a água não respeita limites políticos. Além de estudo do solo e projeto técnico é necessária a construção de açude ou diques para amenizar o impacto ambiental na jusante, com o devido tratamento.  Com o asfaltamento desordenado que temos visto sendo realizado nos bairros de Chapadinha, não vai demorar muito tempo para vermos inundações e pessoas desabrigadas nos bairros da Cruz, São José, Baixão do Sapo, Japão, Aldeia, Vila Liberdade, entre outros. Rogo a Deus para que esta minha premunição não aconteça.

Herbert Lago Castelo Branco

 

 

segunda-feira, 1 de abril de 2024

CENTENÁRIO DO POETA NONATO VALE - 1924 -2024 – Por Raimundo Marques

“CHAPADINHA TERRA QUE O VIU AMADURECER, FOI A GRANDE PAIXÃO DO POETA NONATO VALE”.

  

Nonato Vale em 1943


   Prefaciar TEMAS E ESBOÇOS do poeta Nonato Vale é imortalizar-se com o seu autor. Conheci e aprendi, com outros circunstantes, algumas de suas belas ´produções poética. Uma delas era indispensável nos efêmeros recitais do menestrel, e parece que era também a da sua predileção. “A Paisagem do Rodeio”, expressão da mais pura inspiração e do apego ao seu local de refúgio e de trabalho mais efetivo.

     “Do alto, a casa, no sapé descansa

     Em frente, esguio, o rio sinuoso

     E dominando o horizonte, airoso

     O coqueiral soberbo se balança” ...

     Não sabia, mas devia imaginar, que muitas outras estavam nos escaninhos de seu intelecto, constituindo a argamassa desta obra que agora vem a público para deleite de quantos tiverem o privilégio de conhece-la.

     Trata-se de uma obre que, basicamente é um canto de amor à terra e à família. A influência telúrica predomina nos seus versos.

      “Luzilândia berço amado,

      Como é grande o teu porvir,

      Teu destino está traçado

      Rainha do Piaui....

     Quanta expressão de ternura e de amor cívico à terra berço.


     Chapadinha terra que o viu amadurecer, foi a grande paixão do poeta Nonato Vale. Revolta-se sempre que, “em nome de um falso progresso”, agridam a beleza e a paz da terra que lhe acolheu. Nos muitos versos a Chapadinha, o registro da indignação é feito com veemência.

      “Aldeia fonte querida,

      Foste o berço da cidade,

      Do povo hoje esquecida,

      Só recebeste maldade” ...

Inquietava se ante a falta de visão daqueles que a governavam. O ritmo de crescimento da cidade, dizia sempre, imprimia-o a iniciativa dos seus habitantes, especialmente da classe empresarial que nunca esperou pelo poder público para desenvolver suas atividades:

     Chapadinha, foste outrora,

     Talvez uma maloca...

      Cresceste, como órfão,

      A própria custa,

      Filha pródiga desta terra adusta,

     Onde desponta progressivamente.

     E ostentas sem favor,

     O galardão de seres hoje a flor do Maranhão,

     Dando nome e fartura a tanta gente”.

     A dedicação à família foi sua fonte de inspiração permanente. O amor à família é, sem dúvida, uma expressão de bom caráter.

     “Teu vulto, minha mãe, volve-me agora

     Emoldurado, inteiro, em minha mente,

     Numa auréola de luz, resplandecente

     Como no dia em ti foste embora”.

    Essa sublimação à memória da mãe, também a mereceu o pai.

    “Meu pai viveu em aura de bonança...

    E fez da vida um livro aberto

    Onde deixou exemplos como herança

    De como pode alguém viver tão certo”. ...

    Na evocação aos irmão, de um lar prenhe de amor.

     “Foram os nossos dias mais queridos

     Aqueles que vivemos, por completo,

     Juntinhos a nossos pais, nunca esquecidos,

     De amor imenso a todos nós repleto”.

     A Serenilia, uma das suas filhas, a manifestação do amor:

     “Causa-me orgulho tê-la como minha

     Qual flor mimosa que balança ao vento,

     Se lhe abraço, me afaga e me acarinha,

     E sai correndo, noutro estouvamento” ...

    O “Hino a Luzilândia” tem lugar assegurado na Antologia das obras talentosas. Consagra-se, o poeta, e ganha o seu lugar no panteão da sua terra berço.

     “Esta terra, sem par, que nos fascina

     Do Parnaíba à beira alcandorada

     Como porte airoso de gentil menina

     É nossa Luzilândia idolatrada” ...

     Mas não foram só a família e a terra suas fontes de inspiração. Todo poeta que se preza tem suas musas. Nonato Vale não fugiu à regra. Romântico, enriqueceu a sua obra com belíssimos versos, efusões de amor e de desilusões sempre presentes, nas composições poéticas que dimanam dos impulsos do coração. Penso que não incorrerei no pecado do plágio, se no afã de matizar este comentário tão indigente de beleza literária, à guisa de prefácio, apropriar-me do gênio de Rui na “homenagem a Castro Alves”: “Eis a obra de Nonato Vale, sua obre é sua vida. A mão da morte apagou-o dentre nós; mas a glória restituiu-o ao horizonte com a estrela da manhã para o cativeiro”.

Raimundo Marques

Acadêmico da Academia de Letras, Artes e Ciências de Chapadinha

Fonte: Extraído do Prefácio do livro TEMAS E ESBOÇOS.

 

     

 

terça-feira, 26 de março de 2024

HÁ 3 ANOS, A JOVEM LARYSSA GOMES ERA BÁRBARAMENTE ASSASSINADA.

 

E A PERGUNTA QUE A GENTE NÃO DEIXA DE FAZER: QUEM MATOU LARYSSA?



Na próxima quinta-feira, 28 de março completa 3 (três) anos que a jovem Laryssa Gomes foi covardemente assassinada com dois tiros, próximo a sua residência no Bairro Mutirão, em Chapadinha, e até hoje o caso segue sem solução. O ou os assassinos demonstrando frieza ainda pegou o corpo da jovem e colocou bem próximo à casa onde Laryssa morava e abandonaram o corpo próximo a sua residência e fugiram sem deixar pista na cena do crime. Clique no link conheça mais sobre o caso: https://herbertlago.blogspot.com/2022/03/um-ano-sem-respostas-e-pergunta-que-nao.html

E a pergunta que a gente não deixa de fazer: quem matou Laryssa? A exemplo do caso Mariele, será que o ou os assassinos são também pessoas com influências em Chapadinha? Será que ele ou eles estão tendo proteção de alguém influente em Chapadinha? Ou será se é porque Laryssa é filha de pessoas humildes e simples, que não tem condições de pagar uma bancada de advogados famosos para defende-los? O que mais revolta a mãe de Laryssa e especialmente a opinião pública, é a falta de interesse dos órgãos de segurança pública para desvendar esse terrível assassinato e saber que o ou os covardes assassinos ainda estão impunes e permanecem soltos.

            O brutal assassinato de Laryssa, chocou a sociedade Chapadinhense e teve repercussão estadual. No primeiro momento, foi realizada uma grande manifestação pelas ruas de Chapadinha em direção a polícia civil. Pois, os assassinos puseram fim à vida de uma jovem apegada a família, dedicada a igreja e que tinha sonhos. “Esperava que a justiça não fosse benevolente. Até hoje choro a morte de minha filha”, desabafa Izuila, mãe de Laryssa.

          Em entrevista, o ex-secretário de segurança pública do maranhão Dr. Jeferson Portela, afirmava que já tinha pistas e que estava próximo de solucionar o caso e prender o ou os assassinos. Esperamos da justiça uma resposta e não deixar que o crime prescreva e esses bárbaros criminosos fiquem impunes.

Herbert Lago Castelo Branco

quinta-feira, 21 de março de 2024

QUEM EM CHAPADINHA NÃO OUVIU FALAR EM JOSÉ VIEIRA.

 

José Vieira Passos

        José Vieira Passos, patriarca da família Vieira Passos, nasceu na zona rural, na localidade Barro Branco, no dia 27 de agosto de 1890. Filho do Coronel Luis Vieira Passos e de Senhorinha Maria dos Santos Vieira e teve mais 9 (nove) irmãos:  América Vieira de Almeida, Diomedio Vieira Passos, Hermezinda Vieira Passos, Leonesa Vieira Passos, Manoel Vieira Passos, Maria José Vieira Passos, Maria Vieira de Almeida, Maria Vieira Passos e Teófilo Vieira Passos. José Vieira permaneceu todos os anos de sua juventude ajudando o seu pai Luis Vieira, a cuidar da lavoura de subsistência e de algumas cabeças de gado. Embora as adversidades fossem grandes, como a falta de estradas, de insumos para a agricultura, meios de transportes e de comunicação, o trabalho começou a render frutos e prosperar.

            José Vieira casou-se com Sara Barroso Passos no dia 26 de junho de 1915, com quem teve 10 (dez) filhos: Elin Barroso Passos, Epitácio Barroso Passos, Demerval Barroso Passos, Genuína Barroso Passos, Gessi Barroso Passos, Luis Vieira Neto, Manoel Vieira Passos Sobrinho (Gabi), Maria Barroso Passos de Almeida (Dudu), Miriam Barroso Passos e Raimunda Barroso Passos.

            Homem duro e de mãos calejadas pelo trabalho no campo, acostumado ao sol da chapada. Para ele, apenas a palavra era suficiente para substituir qualquer documento. Astuto e habilidoso quando o assunto era política. Afável e carinhoso entre os familiares, admirado por muitos e incompreendido por algumas pessoas.

  José Vieira e Sara

            José Vieira era considerado como um dos maiores conhecedores da região do Baixo Parnaíba. Na época sem qualquer infraestrutura e ou perspectiva de desenvolvimento, a “Chapada das Mulatas” – distrito de Vargem Grande, tinha apenas uma meia dúzia de habitantes. José Vieira foi um dos principiais articuladores pela emancipação política de Chapadinha, para transformar a “Chapada das Mulatas” no município de Chapadinha, ganhando independência econômica e notoriedade política.

            De agricultor e pequeno criador de gado, o filho de Luis Vieira Passos, virou comerciante de sucesso, conquistando a confiança de muitos e transformando-se em chefe político da região, sempre se integrando as fileiras de partidos oposicionistas. Destacando-se como um dos maiores líderes da região, tendo apoiado a candidatura de Eduardo Gomes à presidência da República. No Maranhão, embora fosse sua característica cerrar fileiras na oposição, José Vieira Passos foi um dos maiores articuladores e divulgadores da candidatura do então deputado José Sarney ao Governo do Estado do Maranhão, o que carreou numa grande soma de votos para a eleição de José Sarney.

Antiga residência de José Vieira

            Mas tarde, José Vieira se afasta temporariamente da política. Na época teria declarado a alguns amigos que o seu afastamento estaria intimamente relacionado a decepções e com a sua maneira de ser, “pois não tinha como permanecer ao lado do governo”. Embora amigo do então governador José Sarney, José Vieira voltou a política fazendo oposição apenas a nível municipal.

            Para os amigos, José Vieira Passos foi um exemplo, de homem, chefe político e pai de família, que marcou sua existência com probidade, justiça e trabalho, tendo conquistado a admiração, respeito e consideração até mesmo daqueles que o incompreendiam.

            José Vieira Passos faleceu em 1983 aos 93 anos de idade e está sepultado no Cemitério Central Nossa Senhora das Dores.

Herbert Lago Castelo Branco

Fonte: TEMAS E ESBOÇOS de Nonato Vale e

            CHAPADINHA, Historiografia e Núcleos Familiares de Ataliba Vieira

A reprodução deste texto ou qualquer parte dele é permitido, desde que seja dado o crédito de autoria conforme as normas e leis de direitos autorais.

 

 

 

segunda-feira, 18 de março de 2024

CENTENÁRIO DO POETA NONATO VALE – “IN TEMAS E ESBOÇOS”

 

                                                           JULHO DE 1924 - JULHO DE 2024

   


  Nesta jornada de comemoração pelo Centenário do Poeta Raimundo Nonato Vale, reproduzo este texto que foi publicado como prefácio do seu livro intitulado de Temas e Esboços, publicado in memória em 1995.

     Finalmente editado o livro TEMAS E ESBOÇOS do poeta Raimundo Nonato Vale. Numa linguagem simples, mas inteligente e por todas as qualidades que apresenta, quer na forma e no seu conteúdo. TEMAS E ESBOÇOS me prendeu tanto que o devorei de um só fôlego como um faminto caminheiro viajante e liberei velhas emoções e chorei ao final da leitura.

     A poesia de Nonato Vale situa-se numa perspectiva de puro lirismo. O contato com a realidade exterior não destrói a realidade objetiva interior. Pelo contrário, e toda a sensibilidade é provocada pela gama de emoções, sentimentos, reflexões e, muitas vezes uma projeção exacerbada de seu próprio “eu”. Aí, sua poesia expressa a linguagem interior do artista em toda sua autenticidade, onde ele resolve fazer poemas em que diz aos outros que também é um ser humano, que sofre, sonha e que sente as dores do mundo. Também não se limita nos poemas a uma indagação em abstrato sobre os destinos do ser, nem um traçado lírico de momentos sórdidos ou inefáveis da vida. Configuram-se numa perplexidade vivida entre as quimeras que embalaram as desilusões, diante do espetáculo concreto entre a mocidade e a chegada da velhice, que se desenrola em volta do poeta.

             Já fui moço, vivi entre quimeras

             Sempre embalado ao som das desilusões.

             Hoje, velho, cansado, sem paqueras,

             Sem sonhos, sem amores, nem paixões”

     Nonato Cale desvenda também no seu fazer poético, os elementos concretos da realidade, numa visão percuciente do essencial. Observa-se, por exemplo, como o inconformismo a agressão ao meio ambiente é uma constante na sua poesia, quase que uma fotografia da atualidade.

              Oh! Minha fonte D’Aldeia

              Como te vi no passado...

              Nem parece... hoje tão veia,

              À beira do descampado”

     São reflexões humanistas que nos trazem reocupação com o meio ambiente, indignação, versos de louvor com sabedoria e experiência. Em síntese, TEMAS E ESBOÇOS é uma obra para muitas reflexões e a sua discutibilidade compete à crítica. Como leitores, compete-nos apenas aproveitar a boa leitura.

Herbert Lago Castelo Branco

Poeta e Escritor

sexta-feira, 8 de março de 2024

CENTENÁRIO DE NONATO VALE

      A PROSA publicara uma série de textos alusivo a memoria do grande poeta Nonato Vale em comemoração pela passagem do seu centenário dia 22 de julho. Eis a primeira extraído de  pautadaval.blogspot Redação e Edição: Valéria Paiva

     O Hino de Luzilândia é cantado pela maioria dos luzilandenses, sejam jovens, adultos, crianças, todos o entoam com muito orgulho. Tem em sua estrutura, sete estrofes e sendo que duas delas, formam o refrão inesquecível.

    Com sua letra que aborda não apenas a localização da cidade, mas fala das tradições, das memórias, da fertilidade do solo e do povo trabalhador, o hino emociona.
    O que mais impressiona é que mesmo a obra poética sendo tão popular, o autor da letra do hino, ainda é desconhecido por grande parte da população local, e até muitos daqueles que já cantaram por diversas vezes a tão famosa letra, pouco ou nada sabem sobre quem a compôs.
“Trata-se de uma obra que, basicamente é um canto de amor à terra”. “Quanta expressão de ternura e de amor cívico à terra-berço”. Assim disse Raimundo Marques no prefácio da obra: Temas e Esboços de Nonato Vale, obra póstuma que expõe a trajetória do autor e suas paixões. Destacam-se o amor pelo esporte, em especial o Futebol, e a poesia.
    No hino de Luzilândia nota-se que o amor pela terra e também pelas pessoas, são enaltecidos pelo autor, e mesmo tendo ido morar ainda jovem na cidade de Chapadinha, a saudade e as boas lembrança de Luzilândia o fizeram compor o hino do município com perfeição.
SOBRE O AUTOR
    Raimundo Nonato Vale, nasceu no dia 22 de julho de 1924 na localidade Ininga, município de Luzilândia. Filho de José Gonçalves do Vale e Florinda Jesuína do Vale.
Viveu em Luzilândia sua infância e parte da adolescente, até que em 1943 mudou-se para Chapadinha-MA, onde viveu o resto de sua vida, por mais meio século. Casou-se com Elin Barroso Viera Passos em 1949, com a qual teve 06 filhos. Faleceu em 29 de agosto de 1992, deixando doze netos e uma bisneta.
Mundica Pimentel disse sobre Nonato Vale como era conhecido: o exemplo de sua vida que foi uma obra de arte, “um belo poema de amor”.
Fonte: pautadaval.blogspot
Redação e Edição: Valéria Paiva