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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

A POESIA CHAPADINHENSE E SEUS REPRESENTANTES: ênfase em Clara Martins

 

Poetisa Clara Martins

    Clara Chaves Martins, nasceu no dia 26 de junho de 1922, quando Chapadinha ainda era uma Vila. Filha de Auto Rodrigues Martins e Rosa Chaves Martins. Clara Martins era a mais nova dentre os irmãos: Maria Chaves Martins, Benedito Martins, Isaura Chaves Martins e Raimundo Martins. Ainda muito jovem, com apenas 21 anos de idade, começou a trabalhar no Departamento de Correios e Telégrafos, na agência de Chapadinha, tendo sua nomeação efetivada no dia 5 (cinco) de novembro de 1943 como Agente Auxiliar. Naquela época, Chapadinha era uma pequena cidade, com apenas 5 (cinco) anos e emancipação política. Como funcionária dos Correios, Clara Martins trabalhou por 30 anos, até se aposentar por tempo de serviços em meados de 1973, dedicando, assim, àquela repartição pública, toda sua vida profissional. Clara Martins não chegou a se casar, era moça solteira e morava na Rua Ananias Albuquerque onde criou o seu sobrinho Edmilsom Almeida. Por ser uma católica fervorosa, devota de Nossa Senhora das Dores, dedicou a sua vida a religião onde participou ativamente das atividades da igreja, como zeladora, membro do Apostolado do Sagrado Coração de Jesus, Ministra da Eucaristia e como catequista, chegando a realizar seu trabalho de evangelização na periferia de Chapadinha.

Clara Martins foi uma das fundadoras da Academia de Letras, Ciências e Artes de Chapadinha, onde tem poemas de sua autoria publicados na Antologia da Academia. O seu hobby era escrever crônicas e poesias, que resultaram na publicação do livro intitulado "CONTOS E VERSOS".

Clara e familia

Era uma entusiasta do folclore de sua terra. Foi uma das fundadoras da “Festa do “Reisado” em Chapadinha. Clara atuou incessantemente para manter sempre viva essa atividade junto à comunidade Chapadinhense, principalmente entre os jovens da cidade.

Como a maioria dos poetas Chapadinhenses, Clara Martins também dedicou poesias à sua cidade, como está implícita na poesia intitulada de, “CHAPADINHA MULATA NORDESTINA,” transcrita abaixo:

Chapadinha Mulata Nordestina

Pedacinho de chão brasileiro

Que acolhe, encanta e seduz

O teu povo sempre hospitaleiro,

Acolhendo o irmão estrangeiro

Com reflexos do amor de Jesus!

Nós te amamos, por tua graça e beleza

Neste dia com grande emoção

Por teu jeito; tua singeleza

Ornamenta de mãe natureza

Que tanto alegra o nosso coração!

Bela mulata de porte gentil,

Que retrata a vida da gente

Nordestina do grande Brasil

Contemplando o teu céu cor de anil

E que sabe dizer o que sente!

Quero exaltar-te ó linda princesa

Do intimo d’alma e do coração

Por tuas raízes, por tua beleza

Que contagia, eu tenho certeza

E nos envolve de tanta emoção.

Quis o destino que a poetisa Clara Martins partisse para o plano superior, justamente no início do festejo de Nossa Senhora das Dores, padroeira de Chapadinha. Ela faleceu por volta da 8 horas da manhã do dia 05 de setembro de 2013, com 91 anos de idade e está sepultada no Cemitério Central Nossa Senhora das Dores.

 

Herbert Lago Castelo Branco

Fonte: Monografia de Edlaina Bezerra

           Blog. William Fernandes

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