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sábado, 26 de fevereiro de 2022

OS REFLEXOS DA POESIA CHAPADINHENSE NAS ESCOLAS E NOS PROFESSORES.

 

GRÁFICO 3 - RESP. DOS PROFESSORES

    A Monografia de Edlaina Bezerra trouxe a luz o retrato do grau de conhecimento dos professores e alunos quanto a poesia Chapadinhense e seus principais poetas. A Monografia se aprofundou no meio docente a buscar o grau de conhecimento os nossos poetas e a sua poesia, um pouco sobre a cultura local e despertar o meio discente para conhecer a literatura de sua cidade e a importância dela para a nossa cultura.


Existem aspectos relevantes na poesia Chapadinhense, como o amor pela cidade explícito nas poesias de seus poetas, dos mais antigos aos mais atuais, caracterizando a poesia Chapadinhense com os traços de um povo, sua cultura, sua fé, seus momentos de tristeza, de glória, seus sentimentos coletivos e também os mais íntimos.

            Em sua monografia, Edlaina aborda a poesia Chapadinhense e busca saber o grau de conhecimento dos professores e alunos das escolas municipais, estaduais e particulares. Para tanto foi feito uma pesquisa bibliográfica resgatando um pouco da história dos poetas e suas poesias, também foi realizada uma pesquisa de campo entre alunos e professores de literatura do ensino fundamental e médio de escolas públicas, municipais e estaduais da cidade de Chapadinha. Este trabalho de Edlaina objetivou-se a discorrer sobre a poesia Chapadinhense e seus reflexos na atualidade, visando mostrar os poetas Chapadinhenses e suas respectivas poesias. E através da pesquisa de campo buscou-se demostrar o grau de conhecimento da poesia Chapadinhense no meio docente e discente. O trabalho serve para despertar o conhecimento da nossa cultura. Visando explorar a poesia, tomando como início a poesia Chapadinhense, sua importância, seus poetas e seus reflexos na atualidade.

            Com a pesquisa permitiu conhecer a história e a obra dos talentosos poetas e poetisas Chapadinhenses. Com alguns nomes de maior relevância principais poetas Chapadinhenses. Hoje Chapadinha tem um número significativo de poetas como: Mata Roma, Ataliba Vieira de Almeida, Helvécio Vieira Passos, Raimundo Nonato Vale, Clara Chaves Martins, Zizete Cunha, Lourival Passos, Herbert Lago, Totonha Galvão, Maria Coelho, Ana Rodrigues, (Nazinha) e professora Maria José. As criações poéticas dos acima citados são em sua maioria manifestações de vida, relatos da realidade, muitas vezes sob uma perspectiva romântica, desbravadora, inquietante e altruísta. A poesia Chapadinhense retrata não só o romantismo habitual dos poetas, mas retrata a vida de um povo lutador, sofrido, porém feliz.

            CONTEXTUALIZAÇÃO DA PESQUISA

            A pesquisa realizada pela estudante de letras Edlaina Bezerra Gonçalves, foi quantitativa/ qualitativa A pesquisa foi realizada nas escolas públicas municipais e estaduais de Chapadinha, visando como público alvo professores e alunos na área de Língua Portuguesa, especificamente em Literatura. Segundo Luna (1999, p. 08) realizar uma pesquisa “visa a produção de conhecimento novo, relevante teórica e socialmente, além de fidedigno”. No total, foram 40 alunos e 12 professores de 04 (quatro) escolas, sendo duas escolas de nível fundamental e duas de nível médio. Estes foram escolhidos para representarem os alunos e professores da cidade de Chapadinha- MA. A coleta foi feita diretamente pelo pesquisador através de um questionário de 09 (nove) perguntas para professores e outro com o mesmo número de perguntas para os alunos. Os dados obtidos na pesquisa foram analisados pelo pesquisador que discorreu a cada pergunta de forma objetiva chegando às suas respectivas conclusões.

GRÁFICO 1

    A análise do questionário aplicado aos professores intencionou-se avaliar se os professores têm contato com a poesia local no que diz respeito aos poetas e suas obras, destacando se eles gostam de poesia, se consideram-na relevante em suas aulas, se a utilizam como parte da literatura em sua disciplina e o real comprometimento dos docentes com esta expressão cultural de sua cidade. Assim na primeira questão procurou-se saber se os professores questionados gostam de poesia. Gráfico 1. Resposta da primeira pergunta direcionada aos professores Os professores foram unânimes quanto a resposta. 100% afirma gostar de poesia.

GRAFICO 2

     A segunda questão tem por objetivo saber se os professores consideram importante a divulgação da poesia Chapadinhense e de seus respectivos poetas. E na 2 (dois), é perguntado se o professor considera importante a divulgação da poesia Chapadinhense e de seus respectivos poetas. Gráfico 2: Resposta da segunda pergunta direcionada aos professores Todos os professores responderam que consideram importante a divulgação da poesia local e seus poetas, totalizando 100% de confirmação.

A questão três foi de cunho qualitativo, buscando saber do professor de literatura qual a sua contribuição para a divulgação da poesia Chapadinhense.  E para melhor representação os professores receberam letras de A a L na tabela representativa.

TABELA 1

    Dos 12 (doze) professores entrevistados, 7 (sete) não responderam, o que sugere que não fizeram nada para contribuir com a divulgação da poesia em sala de aula. Os 5 (cinco) demais professores que responderam levar poesias para a sala pesquisar e analisar poemas incentivando seus alunos a divulgarem os trabalhos realizados. Com o propósito de identificar quais autores Chapadinhenses eram conhecidos pelos professores.

A questão 04 (quatro) trouxe nomes de alguns dos poetas Chapadinhenses: Helvécio Vieira Passos, Raimundo Nonato Vale, José Mata de Oliveira Roma, Clara Chaves Martins, Zizete Ferreira Cunha, Ataliba Vieira de Almeida e Herbert Lago Castelo Branco

GRAFICO 3

    De acordo com o gráfico 3, dentre os poetas Chapadinhenses o mais conhecido é o poeta Herbert Lago Castelo Branco, com percentual de 31% entre os professores entrevistados. Ataliba Vieira de Almeida é conhecido por 15% dos professores, Nonato Vale por 15%, Clara Chaves Martins Chaves Martins por 15%, Zizete Ferreira Cunha por 12%, Helvécio Vieira Passos é conhecido por 6% dos professores e José Mata de Oliveira Roma por 6%,

 A questão 5 (cinco) buscou saber se os professores já haviam lido algum livro de poesia de poetas Chapadinhenses. Se a resposta fosse sim, que citassem qual livro. Gráfico 4. Resposta da 5 (quinta) pergunta aos professores Dentre os professores, 50% responderam ter lido livros de poesias de poetas Chapadinhense. E citaram os livros seguintes: Um professor afirmou ter lido “História de Chapadinha”, mas não lembrava o nome do autor e ao que nos consta o livro em questão nem mesmo é caracterizado como poético e sim histórico; outro professor aponta o livro de Maria Coelho, mas não lembra o título do livro e seus próprios livros de poemas, porém não cita o autor, e o mesmo professor cita Sousa Neto, mas o livro não é citado. Em última análise, os 50% que disseram ter lido eram constituídos de 06 professores que responderam conhecer os livros de poesia apenas 02 responderam quais livros conheciam.

GRAFICO 4


A questão 6 (seis) requer avaliar o grau de interesse dos alunos pela poesia local, do ponto de vista de seus professores. Desta maneira foi feita a seguinte pergunta: Seus alunos demonstravam interesse pela poesia local? De acordo com os professores 50% de seus alunos tem interesse em conhecer a poesia de Chapadinha, hipoteticamente pode-se dizer que muitos alunos ainda não reconhecem a importância da poesia local. 

A questão 7 (sete) vem abordar o fato da cidade de Chapadinha ter uma Biblioteca de um poeta Chapadinhense, a “Biblioteca Alternativa Herbert Lago Castelo Branco” que por sinal carrega o nome dele e saber se os professores já a visitaram com seus alunos. Gráfico 6. Resposta da 7 (sétima) pergunta aos professores Segundo os professores 25% de seus alunos conhecem a Biblioteca Alternativa, o que ainda consideramos um número pequeno devido à importância cultural que a mesma tem para a cidade.

GRAFICO 6


A questão 8 (oito) tem em sua finalidade ater-se à opinião dos docentes sobre a contribuição do poder público municipal na divulgação e valorização da poesia Chapadinhense. Se eles consideram que a poesia Chapadinhense conta com esse apoio. Gráfico 7. Resposta da 8 (oitava) pergunta aos professores O percentual de 92% dos professores opinam que o poder público municipal não apoia na divulgação e valorização da poesia local, e 8% acham que sim, o município preocupa-se com a cultura expressa na poesia e seus poetas Chapadinhenses. 

GRAFICO 7

    A questão 9 (nove) busca saber dos professores, quantos já participaram de algum evento poético na cidade. Gráfico 8. Resposta da 9 (nona) pergunta aos professores Dos professores entrevistados 58% dos professores afirmam terem participado de algum evento poético na cidade e 42% dizem que não. Pode-se dizer que um percentual significativo já participou de eventos poéticos, isto é relevante 8% 92% sim não 58% 42% sim não 42 pois demonstra um certo interesse pela literatura local que é tão importante para a preservação da Cultura Chapadinhense. 

 

GRAFICO 8

    ANÁLISE DO QUESTIONÁRIO APLICADO AOS ALUNOS.         Foi feito o seguinte questionário para avaliar se os alunos gostam de poesia e a quantidade dos que conhecem a poesia local e seus principais poetas, se esses alunos tem contato com essa literatura em sala de aula e se conhecem a Biblioteca Alternativa. Gráfico 9. Resposta da primeira pergunta direcionada aos alunos Das respostas, 90% dos alunos assinalaram sim, que gostam de poesia, e 10% não gostam. A segunda questão visa identificar se os alunos já ouviram falar sobre a poesia Chapadinhense em sala de aula.

GRAFICO 9

    Gráfico 10. Resposta da segunda pergunta aos alunos Interessante contrastar essa resposta de que 65% dos alunos nunca ouviram falar na poesia Chapadinhense na escola. E de acordo com os professores, esse tema é abordado em sala de aula. A questão 3 (três) teve como propósito saber se os alunos conhecem algum poeta Chapadinhense. 


GRÁFICO 10

    Gráfico 11. Resposta da terceira pergunta aos alunos Obteve-se a resposta de que 30% conhecem algum dos poetas Chapadinhenses e 70% não conhecem. Sendo que se considera um número alto dos 35% 65% sim não 30% 70% sim não 44 que responderam negativamente, assim percebe-se que há uma negligencia no que corresponde a divulgação do trabalho destes autores. A questão quatro aborda os principais poetas da cidade com a finalidade de serem reconhecidos pelos alunos. 


GRPAFICO 11

    Gráfico 12. Resposta da quarta pergunta aos alunos Na resposta obteve-se os seguintes percentuais: 51%, ou seja, a maioria diz conhecer o poeta Herbert Lago Castelo Branco, 21% já ouviu falar de Ataliba Vieira de Almeida, 14% de Raimundo Nonato Vale, 9% de Zizete Ferreira Cunha, 3% de Helvécio Vieira Passos, 2% de Clara Chaves Martins e 0%, nenhum dos alunos já ouviu falar de José Mata de Oliveira Roma. De acordo com a resposta desta questão percebe-se que embora os professores digam que fazem uso da poesia Chapadinhense em sala de aula e que prezam por sua divulgação, os gráficos demonstram o baixo conhecimento da poesia local pelos alunos. Os principais poetas são pouco conhecidos. José Mata de Oliveira Roma, um poeta de grande importância para a cidade não foi reconhecido por nenhum dos entrevistados. Na questão cinco procuramos saber o número de alunos que já leram algum livro de poesia de poetas Chapadinhense. 
GRAFICO 12

Gráfico 13. Resposta da quinta pergunta aos alunos. Os alunos que afirmaram já terem lido indicam em seu percentual 2%, e os alunos que nunca leram nenhum livro de poeta da cidade é de 98%. Na questão seis os alunos foram questionados se são motivados por seus professores a conhecerem a poesia local, onde responderam ser ou não motivados. 

GRÁFICO 13


Gráfico 14. Resposta da sexta pergunta aos alunos. A porcentagem de 60% indica os alunos que responderam ser motivados a conhecerem a poesia local e 40% dizem não receberem essa motivação.

 



FRÁFICO 14

    A sétima questão buscou conhecer a quantidade de alunos que conhecem a Biblioteca Alternativa Herbert Lago Castelo Branco. 2% 98% sim não 60% 40% sim não 46 Gráfico 15. Resposta da sétima pergunta aos alunos 55% dos alunos afirmam conhecer a Biblioteca, e 45% não a conhecem. Observamos nesta resposta que embora a Biblioteca esteja localizada no centro da cidade e nas proximidades das escolas que foi feito a pesquisa de campo, quase metade dos alunos não a conhecem. Na questão oito perguntou-se aos alunos se já participaram de algum evento relacionado à poesia em sua escola. Gráfico 16. Resposta da oitava pergunta aos alunos 12% dizem ter participado e 88% nunca participaram de nenhum evento em sua escola. É interessante notar que se houve algum evento dessa natureza na escola somente 12% participaram. Na questão nove buscou-se saber se os alunos tem interesse em conhecer a Poesia Chapadinhense. 
GRAFICO 16

    Gráfico 17. Resposta da nona pergunta aos alunos Como mostra no gráfico 87% dos alunos afirmam ter interesse em conhecer a poesia de sua cidade e 13% não demonstram interesse por esse conhecimento. Uma observação pertinente das questões um e nove é o fato de que 87% dos alunos têm interesse na poesia local e 90% gostam de poesia. No entanto a maioria não tem conhecimento como observamos nos gráfico das questões dois e três. 87% 13%.

GRÁFICO 17


                                CONCLUSÃO

À guisa de considerações finais do presente trabalho, face a tudo o que foi pesquisado e aprendido, ratifica-se a necessidade do meio acadêmico de buscar o conhecimento das raízes culturais poéticas da cidade, refletindo sobre sua importância para o município, já que as raízes culturais refletem a identidade de um povo. O conhecimento da poesia é indispensável no processo de crescimento cultural dos alunos, pois a poesia é uma das primeiras formas de expressão do homem, mas antiga até que a própria criação do alfabeto, fazendo-se irrefutável o estudo poético local e seus poetas. A Monografia visa ao despertamento de quantos se sentirem motivados ao estudo sério do tema poesia, tanto a nível regional quanto municipal, tendo como base, os livros históricos, poéticos e biografias de seus escritores e poetas. De acordo com os resultados encontrados pode-se concluir que a poesia Chapadinhense é pouco conhecida no meio discente, apesar dos alunos terem afirmado gostar de poesia e se interessarem pelo assunto. No meio docente percebeu-se que os professores têm um razoável conhecimento e dizem dar importância para a divulgação da poesia local e seus poetas, no entanto há um contraste entre as respostas dos alunos e professores no que diz respeito a busca e divulgação da poesia em sala de aula. Deve-se, portanto, considerar que as pessoas analisadas no estudo são alunos e professores das escolas públicas municipais e estaduais do município de Chapadinha- MA

                        A poesia Chapadinhense na atualidade tem um legado poético valioso para a história, observa-se o alvorecer de uma poesia nova que mostra de forma clara que o poeta Chapadinhense continua muito vivo e fluente em suas inspirações. A poesia não expirou. Mesmo sendo esquecida e pouco falada, há nomes emergentes, promissores jovens poetas Chapadinhenses. .

            Para promover a poesia local é necessária a busca pelo conhecimento da mesma e o reconhecimento de sua importância, e para isso os professores poderiam dedicar-se a passar para seus alunos as riquezas literárias de seu estado e por sua vez de sua cidade.

A importância da cultura local nas escolas pode-se inserir na Lei de Diretrizes e Bases: Art. 26. Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade.

            A Monografia de Adlailna Bezerra, mostra o retrato de uma parte da nossa cultura e o grau de conhecimentos dela. Serve como uma peça literária para estudos e como um instrumento balizador para que se possa implementar melhorias, fomentar e difundir cada vez mais as obras e os nossos poetas e escritores.

 

Herbert Lago Castelo Branco

Fonte: MONOGRAFIA de Edlaina Vasconcelos Bezerra

Aluna do Curso de Letras da FAP – 2015.

A reprodução deste texto ou qualquer parte dele é permitida, desde que seja dado o crédito de autoria conforme as normas e leis.

 

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