
Há quem diga que a expressão “herança maldita” foi cunhada no Éden. Quando Adão foi flagrado consumindo a maçã proibida, disse: “Não fui eu, foi a mulher que tu me destes”. Eva, por sua vez, acusou a serpente. Apesar do jogo de empurra, ambos foram expulsos do paraíso. A partir daí, segundo a crença, os homens e as mulheres herdaram o pecado original.
Em Chapadinha, a expressão tornou-se conhecida quando Magno Bacelar passou a utilizá-la atribuindo as administrações do ex-prefeito Isaías Fortes tudo o que supostamente encontrou de errado ao assumir a prefeitura. Na prática, uma forma de desconstruir as administrações anteriores, justificando as imperfeições de sua própria gestão.
Exageros a partir, temos novas perspectivas. O PT está na Vice-Governadoria do Estado do Maranhão, com o senário político estadual favorável o PT de Chapadinha adquiriu presença estadual e agora faz parte da administração da prefeita Danúbia Carneiro.
No momento da atual administração municipal, há que perguntar: que legado Magno Bacelar deixou para Danúbia? Com certeza, até por lealdade, a prefeita só vai comentar os fatos positivos. Mas na verdade, a herança maldita são inúmeras, a começar pelo caos vivenciado na saúde pública, devido ao que não foi feito na administração de Magno Bacelar, fato natural em um processo político. Porém, considerando a relação política da prefeita com o seu antecessor, a herança, quando maldita, possivelmente não será mencionada. Nesse paraíso, a eventual culpa não será de Adão, Eva, Magno ou Danúbia. Vai acabar sobrando para a serpente ou para a maçã...