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domingo, 31 de julho de 2011

LOBOS COM PELE DE CORDEIRO


Nem parece que foi ontem. Mas é verdade, eles estão de volta e certamente riem da cara do eleitor, do povo de Chapadinha. Parece que o bom político é aquele que conjuga bem o verbo da mentira e da promessa e exerce como ninguém o papel de ator no auge da cena. Eles estão de volta! E certamente se olham no espelho antes de dormir sem o menor trauma. E oram, e prometem, e fazem, e desfazem no paraíso da hipocrisia. Não adianta citar nomes porque então as coisas só tendem a se confundir ainda mais. Além disso, mais, quem quiser que vista a carapuça. Ou será que é verdade que todos calçam 40?
Não, não, talvez não seja bem isso. A verdade é que política é a arte de engolir sapos; todos, no fundo, no fundo, são pessoas honestas. E não importa se o político é aquele sujeito que é capaz de vender até a mãe na feira do mercado quando está em busca de um acordo. A verdade é que, nessa arena, ou melhor, nesse terreiro, não há raposa nem galinha, todos são lobos com pele de cordeiro.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

POPULAÇÃO DE CHAPADINHA DIVIDE O COBERTOR CURTO DA SAÚDE COM QUEM NADA TEM


Não constitui novidade notícia de que pacientes das cidades vizinhas sobrecarregam a rede pública de saúde de Chapadinha. Sem dispor de atendimento médico-hospitalar na cidade onde residem, adultos e crianças não têm alternativa senão buscar socorro onde podem encontrar ajuda. Também é natural, pois, que batam ás portas das instituições da capital do Maranhão e do Piauí.

Se o vaivém não surpreende, o número de enfermos chama a atenção. Acredito que, um em cada cinco doentes internados em hospitais de Chapadinha vem dos municípios vizinhos. Não se levam em conta, aí, os casos menos graves em que o doente faz a consulta e volta para casa. São tratamentos de curta duração que, embora dispensem o pernoite, exigem cuidados de médicos, enfermeiros e corpo administrativo. Além, claro, de medicamentos e exames. Em suma: a população de Chapadinha precisa dividir o cobertor curto com quem nada tem.

O Fundo Nacional de Saúde distribui recursos para estados e municípios. Um dos critérios para o repasse é o número de habitantes. Assim como Chapadinha, cidades vizinhas embolsam a parcela que lhes corresponde sem oferecer a contrapartida. Há casos de prefeitos que, em vez de construir unidades de baixa complexidade capazes de atender os cidadãos, preferem comprar ambulâncias a fim de transportar os necessitados para a capital.

Impõem-se providências. Não há como impedir a entrada de pessoas de Brejo, Mata Roma, Anapurus, Buriti e etc, nos hospitais de Chapadinha e deixar de prestar assistência aos enfermos que se deslocam até aqui para recuperar a saúde ou salvar a vida. Há que buscar outras saídas. Uma, sem dúvida, refere-se à gestão. Eficiência e eficácia são as palavras de ordem. Os recursos precisam ser bem investidos. O resultado tem de se refletir na satisfação dos usuários.

A outra saída é política. A prefeita de Chapadinha necessita sentar-se à mesa com prefeitos das cidades vizinhas, cuja população procura assistência nos hospitais de Chapadinha. Uma delas: incentivar a saúde preventiva para diminuir o número de pessoas obrigadas a buscar hospitais. A outra: construir centros de saúde. Ninguém sai da cidade onde mora para passear em Chapadinha ou São Luis. Saí porque precisa. O abandono, a dor e o risco de morte obrigam adultos e crianças a buscar atendimento onde pode ser encontrado.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

MOVIMENTO "CHAPADINHAMENTE NÓS" COMEMORA 10 ANOS DE EXISTÊNCIA

Fundado há 10 anos, o Movimento “Chapadinha Nós” nasceu com o objetivo de agremiar as pessoas em torno das reminiscências da cidade de Chapadinha.

Ao longo dessa década, vem realizando atividades sociais, culturais, de lazer e de estreitamento de laços de amizades, que se formaram nas décadas de 70 e 80, e que permanecem firmes entrelaçando amigos entre um encontro e outro, numa perspectiva de se eternizarem.

Neste ano de 2011 o Movimento “Chapadinhamente Nós” completa uma década de existência, e para celebrar e comemorar esta data está sendo promovida A GINCANA DA AMIZADE que tem como objetivo envolver os filhos e amigos de Chapadinha, criando situações em que possa resgatar a história de Chapadinha e suas nuances antropológicas, folclóricas, culturais e sociais, no intuito de trazer para o momento atual a carga emotiva que liga os antigos habitantes e os atuais numa corrente de solidariedade humana em prol de uma comunidade justa, próspera e amiga.

A Gincana da Amizade será realizada no período de 19 a 22 de julho e poderão participar todas as pessoas interessadas: moradores ou não de Chapadinha.

A equipe que mais pontuar será contemplada com um prêmio no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), para o segundo colocado R$ 500,00 (quinhentos reis) e terceiro colocado R$ 200,00 (duzentos reais).

Participe! Mais informações com a comissão organizadora do Movimento “Chapadinhamente Nós” professora Zelda Cruz (98) 3471-3401, Adriana Cunha e Júlia Almeida (98) 8897-1021.


terça-feira, 5 de julho de 2011

A PALHAÇADA DE FRANÇA NILO

Toda essa confusão em torno do pagamento (ou não) do abono aos professores de Chapadinha revelou, além da falta de palavra, o verdadeiro caráter do vereador França Nilo por chamar os professores de palhaços em Sessão Plenária da Câmara Municipal. Infelizmente esse é o retrato do parlamento municipal de Chapadinha que hoje constitui a base aliada da prefeita Danúbia Carneiro. Revela sobretudo, que o que motiva a “ampla aliança” não é nenhuma afinidade programática e tampouco identidade ideológica. Basta observar o leque de partidos que compõem a base de sustentação na Câmara de Vereadores e na gestão municipal que vai da extrema esquerda à extrema direita. A bem da verdade, o que está na alma dessa aliança são os mais mesquinhos interesses pessoais e fisiológicos. Não se trata de base aliada, mas de base alugada.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

A SANHA HEGEMÔNICA GANHA CORPO PELO APARELHAMENTO DA MÁQUINA PÚBLICA


O fim da ditadura no Brasil produziu uma das maiores falácias nacionais, essa democratização apenas retórica em que foi devolvido ao povo o direito de votar, mas lhe foi negado o direito de discordar. Com a volta do voto direto, nasceu a cultura da hegemonia política. Fazer crítica ao governo, o que durante os anos de chumbo transformava opositores de então nas divindades de hoje, agora é coisa de vagabundo. Experimente criticar e uma nuvem negra se instala sobre sua cabeça, como se uma estrela de Davi lhe fosse colada ao braço, como eram identificados os judeus sob o julgo fascista de Hitler.

Em Chapadinha criticar hoje é coisa de gente ruim ou popularmente falando: tá do outro lado. Cobrar o cumprimento de promessas virou heresia, apontar desmandos e criticar a postura de figuras públicas virou coisa de gente a serviço do mal. Gente de bem, hoje, é quem recebe como secretário, assessor e jornalista (que muitas vezes agem como jagunços da comunicação).

Não existe oposição em Chapadinha, há somente um punhado de desavisados que, como toda a população, já perceberam que muita coisa vai mal. Mas, ao contrário do resto, esqueceram de se calar. A sanha hegemônica da política de Chapadinha ganha corpo pelo aparelhamento da máquina pública. A imprensa local foi reduzida a um samba de uma nota só. Quem atravessa o samba é logo cooptado ou é alvo de ataques grosseiros e desqualificado. Mas enquanto tiver redes sociais, não poderão tapar o sol com a peneira.