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quarta-feira, 19 de outubro de 2016

ENTREVISTA DE HERBERT LAGO CASTELO BRANCO A EDLAINA MARIA COSTA VASCONCELOS BEZERRA , ALUNA DO CURSO DE LETRAS DA FACULDADE DO BAIXO PARNAÍBA.

11)   Como e quando começou a biblioteca?

R. Tudo começou em 1986 com a criação do Jornal Alternativo Cultural “A PROSA” que tive o prazer de editar até 1992. Morava em Taguatinga-DF e recebia muitos livros, revistas e jornais. Já tinha alguns livros e com os que iam recebendo fiz na minha residência uma pequena Biblioteca que dei o nome de Biblioteca Alternativa. Era uma coisa minha, para eu ler e para fazer os meus trabalhos literários. Mas ai eu abri para as crianças da quadra onde morava para fazer artes. Eles gostavam disso, daí eu passei a gostar também. Sempre teve em minha mente (quando aposentasse) a ideia de retornar para minha cidade natal. Então, como já estava aproximando a minha aposentadoria, em 2006 vim a Chapadinha e fundei a Biblioteca Alternativa Herbert Lago Castelo Branco no dia 13 de dezembro de 2006. Aluguei uma sala e a partir de janeiro de 2007 eu comecei a mandar  todos os livros de minha Biblioteca que tinha em Taguatinga para Chapadinha. Aí eu falei para alguns colegas, amigos, que tinha fundado esta Biblioteca em Chapadinha. Daí eu comecei a receber doações de livros e enviava para Chapadinha pela Transbrasiliana. No dia 21 de julho de 2007 eu oficializei publicamente com a inauguração da Biblioteca. Nunca imaginava que ela tomasse esta proporção. Acredito que tenha sido pela carência que a cidade tem. Imaginava uma coisa para ocupar meu tempo de aposentado. Mas tomou dimensões que não estão mais em meu alcance. Na verdade hoje ela não é mais minha. È do povo de Chapadinha. Acho que é o mínimo que posso fazer por essa gente e esta cidade que amo tanto.


2)   O porquê deste trabalho?

R. Porque hoje acredito que a Biblioteca é o principal meio de proporcionar a todos o livre acesso aos registros dos conhecimentos e das idéias do homem e as expressões de sua imaginação.  Neste contexto, figura-se nos óbvia a importância do livro e da leitura como fonte de saber.

3) O que ela significa em sua vida?

R. É tudo! É como o que as imagens de santos são para os católicos.  Como um pai que ver um filho crescendo.  Um legado que deixo para gerações futuras, como marca de minha passagem pela terra.
4) Qual a importância da biblioteca para a cidade?
R. Me parece uma das entidades mais necessárias para a formação e o desenvolvimento cultural das nossas crianças e jovens. Não é que a Biblioteca vá resolver qualquer dos nossos dolorosos problemas de nossa cultura, como o analfabetismo. Mas o incentivo do hábito de ler bem orientado, num processo continuo, criará uma população mais culta, critica e consciente.

5) A biblioteca recebe algum tipo de recurso do município ou qualquer outra fonte?

R. Não. Embora ela esteja habilitada a receber recursos públicos e privados.  Até quando puder, não pretendo misturar política com esse trabalho.  Ela é mantida com recursos exclusivamente de minha aposentadoria. Não sei até quando vou conseguir mantê-la.

 6) Suas considerações finais?

R. É isso, fico feliz de ver a Biblioteca cheia de crianças e adolescentes. Sinal de que estamos contribuindo na formação de leitores. É o mínimo que eu posso fazer.