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sexta-feira, 27 de maio de 2011

MOBILIDADE URBANA E O TRÂNSITO DE CHAPADINHA


Os Chapadinhenses têm manifestado cada vez mais preocupações com os deslocamentos diários. Não é para menos: acidentes de trânsito, protestos por melhores salários, falta de estacionamentos e pequenos engarrafamentos constituem pesadelo diário para quem vai de casa à escola, ao banco, ás compras etc.
Tal situação não chega a surpreender, infelizmente. O fato é que Chapadinha jamais foi pensada estrategicamente com planejamento e visão de futuro no que tange a uma adequada política de mobilidade.
Parabenizo a iniciativa da Prefeita Danúbia Carneiro, na tentativa de reorganizar o trânsito de Chapadinha com a colocação de mais semáforos e placas de sinalização, mas numa cidade que cresce a taxas superiores à média estadual, é um equívoco vislumbrar a política de mobilidade urbana sem um Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade, pautada somente em sinalização e asfaltamento de vias públicas. É preciso pensar nas pessoas, na economia, nos meios de transporte e em investimentos em infraestrutura, tais como: calçadas e ciclovias, em busca de um desenvolvimento urbano sustentável.
Devemos organizar nossos espaços adequadamente, para tanto, é fundamental que as oportunidades de emprego e negócios não fiquem restritas às áreas centrais de Chapadinha.
Pensar em postos de trabalho nas regiões periféricas é trabalhar na solução de problemas sociais e urbanos. A expansão geográfica da atividade econômica melhoraria a qualidade do ar e reduziria o fluxo de veículos no centro da cidade. Além disso, Chapadinha precisa de um sistema cicloviário que incorpore definitivamente as bicicletas como meio de deslocamento viável e seguro. Nossa cidade é plana e bem arborizada, não pode ser considerada a cidade inimiga dos pedestres. A construção de calçadas mais amplas e seguras favorece o deslocamento, além do respeito devido às pessoas com mobilidade reduzida – grávidas, idosos, pessoas com deficiência. Calçadas adequadas podem estimular o morador a deixar o carro ou a moto em casa em vez de utilizá-los para deslocar-se ao comércio local, à escola, à igreja ou ao banco.
Temos que transformar os investimentos em infraestrutura em um legado duradouro para toda a sociedade.





segunda-feira, 23 de maio de 2011

CONJECTURAS POLÍTICAS DE CHAPADINHA E AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2012


O debate em torno das eleições municipais de 2012 traz algumas lições, uma delas é direta. Deve-se olhar com cautela quando a coisa parece muito acirrada, pois é possível que as diferenças entre a situação e a oposição não sejam tão diferentes assim, e que o ambiente de polarização em torno do grupo de Magno e de Izaias se deva mais a dificuldades políticas de se construir de fato uma 3ª via que não exerça somente o papel de atrapalhar.

Há certa tendência em considerar que o eleitor pertence a grupo A ou B, mas é um equivoco, é mais ao contrário, pois a oposição não nasce no legislativo, mas na sociedade; e nunca é inteligente subestimar a 3ª via porque pode surpreender os dois grupos.

Do ângulo da sociedade, o que interessa é o cumprimento de suas promessas ou programa de governo. Mas para os políticos, para quem adotar um lado e identificar-se em público com ele, é preciso sair politicamente vitorioso, ou pelo menos não derrotado.

No legislativo municipal haverá mudanças com o aumento de três novas vagas para vereador. Para usar uma expressão do universo cultural petista, a atual legislatura foi empoderada em toda base parlamentar pela prefeita. É possível que no fim das contas a base governista aceite ser conduzida pela máquina municipal na tentativa de se reeleger, mas vai ser um jogo de cena.

Por descuido ou fatalidade o PT de Chapadinha foi capitaneado por Magno Bacelar e aderiu ao governo municipal da prefeita Danúbia Carneiro já no final de mandato, e por consequência, acabou perdendo um importante instrumento de organização e de luta, o sindicato dos servidores públicos municipais.

O PT, por ser o partido da presidente da República e do Vice-Governador do Estado do Maranhão, tinha tudo para liderar a 3ª via em Chapadinha, mas está isolado, mais ou menos como os rebeldes de Bengazi antes dos bombardeios da Otan.

Pode ser que as pesquisas digam o contrário, vai saber. Pesquisas não são tudo, quem se torna escravo de pesquisas para de raciocinar.

Só se fala na eleição para prefeito de Chapadinha, será um jogo de xadrez completo! Em toda eleição os jogadores se movimentam não apenas com o objetivo de eleger alguém. Tão importante quanto, é saber quem serão os eleitos para vereador. Às vezes, como no caso da prefeitura de Chapadinha, pode até ser mais importante.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

JORNALISMO CHAPADINHENSE: O MITO DA IMPARCIALIDADE.




“Imparcialidade” e “perseguição” são palavras que, vira e mexe, aparece em editoriais ou artigos dos Blogueiros de Chapadinhense. Os articulistas desses veículos fazem então das tripas coração para defender essa suposta máxima que, garantem, rege o dia-a-dia das suas postagens ou redações.
Como se fosse possível a alguém simplesmente se despir completamente de toda a sua vivência, aprendizado e visão de mundo para escrever sobre um fato. Se você duvida, então peça para pessoas diferentes descreverem com riqueza de detalhes, por exemplo, um acidente de trânsito ocorrido na Av. Ataliba Vieira. Nunca, jamais, elas ilustrarão o ocorrido da mesma maneira. E, via de regra, alguém vai tomar partido para um dos lados.

Aqueles que esperneiam histericamente em defesa de órgãos de comunicação – Blogs, imprensa escrita, falada ou televisada - operando com 100% de independência estão chovendo no molhado. Eles esquecem que entre os poderes que regem as sociedades e os povos, sejam eles impostos nos regimes democráticos (eleições) ou totalitário (com a perda da liberdade), os órgãos de comunicação ocupam o quarto lugar.
Sou dos que abraça a tese de que, se Deus não existir, jornalismo imparcial também não. Porque, em se tratando de jornalismo, imparcialidade é um conceito muito anunciado, mas impossível de ser conseguido. Jornalistas ou jornais muitas vezes se dizem imparciais e neutros. Porém, uma breve olhada em diferentes manuais de redação vai nos permitir observar que a neutralidade total nunca será atingida. Portanto, até onde podemos limitar nossa linguagem? Como promover o auto-policiamento ou mesmo impedir que um dos nossos blogueiros, escrevem o que pensam? Sou defensor da manutenção do sagrado e imutável direito da livre expressão do pensamento!