11)
Como e
quando começou a biblioteca?
R. Tudo
começou em 1986 com a criação do Jornal Alternativo Cultural “A PROSA” que tive
o prazer de editar até 1992. Morava em Taguatinga-DF e recebia muitos livros,
revistas e jornais. Já tinha alguns livros e com os que iam recebendo fiz na
minha residência uma pequena Biblioteca que dei o nome de Biblioteca
Alternativa. Era uma coisa minha, para eu ler e para fazer os meus trabalhos
literários. Mas ai eu abri para as crianças da quadra onde morava para fazer
artes. Eles gostavam disso, daí eu passei a gostar também. Sempre teve em minha
mente (quando aposentasse) a ideia de retornar para minha cidade natal. Então,
como já estava aproximando a minha aposentadoria, em 2006 vim a Chapadinha e
fundei a Biblioteca Alternativa Herbert Lago Castelo Branco no dia 13 de
dezembro de 2006. Aluguei uma sala e a partir de janeiro de 2007 eu comecei a
mandar todos os livros de minha
Biblioteca que tinha em Taguatinga para Chapadinha. Aí eu falei para alguns
colegas, amigos, que tinha fundado esta Biblioteca em Chapadinha. Daí eu
comecei a receber doações de livros e enviava para Chapadinha pela Transbrasiliana.
No dia 21 de julho de 2007 eu oficializei publicamente com a inauguração da
Biblioteca. Nunca imaginava que ela tomasse esta proporção. Acredito que tenha
sido pela carência que a cidade tem. Imaginava uma coisa para ocupar meu tempo
de aposentado. Mas tomou dimensões que não estão mais em meu alcance. Na
verdade hoje ela não é mais minha. È do povo de Chapadinha. Acho que é o mínimo
que posso fazer por essa gente e esta cidade que amo tanto.
2)
O porquê
deste trabalho?
R.
Porque hoje acredito que a Biblioteca é o principal meio de proporcionar a
todos o livre acesso aos registros dos conhecimentos e das idéias do homem e as
expressões de sua imaginação. Neste
contexto, figura-se nos óbvia a importância do livro e da leitura como fonte de
saber.
3) O que ela significa
em sua vida?
R. É tudo! É como o que
as imagens de santos são para os católicos.
Como um pai que ver um filho crescendo. Um legado que deixo para gerações futuras,
como marca de minha passagem pela terra.
4) Qual a importância da
biblioteca para a cidade?
R. Me parece uma das
entidades mais necessárias para a formação e o desenvolvimento cultural das
nossas crianças e jovens. Não é que a Biblioteca vá resolver qualquer dos
nossos dolorosos problemas de nossa cultura, como o analfabetismo. Mas o
incentivo do hábito de ler bem orientado, num processo continuo, criará uma
população mais culta, critica e consciente.
R. Não. Embora ela
esteja habilitada a receber recursos públicos e privados. Até quando puder, não pretendo misturar
política com esse trabalho. Ela é
mantida com recursos exclusivamente de minha aposentadoria. Não sei até quando
vou conseguir mantê-la.
6) Suas considerações finais?
R. É isso, fico feliz de ver a Biblioteca cheia de crianças e adolescentes. Sinal de que estamos contribuindo na formação de leitores. É o mínimo que eu posso fazer.
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