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sexta-feira, 13 de junho de 2008

A ÁGUIA E O CHAPADINHENSE




Ao ler o livro “A ÁGUA E A GALINHA” de Leonardo Boff, pude perceber a lição de vida da águia e me pus a indagar: O Chapadinhense estaria pronto para se transformar em uma águia? A águia tem uma vida muito longa. Essa ave chega aos 70 anos. E para viver tanto, tem que tomar uma decisão difícil. Aos 40 anos, suas unhas compridas e flexíveis não conseguem mais agarrar as presas das quais se alimenta. Seu bico, alongado e pontiagudo, curva-se demais. Suas asas envelhecidas e pesadas, em função da grossura das penas, apontam contra seu peito. Voar se torna cada vez mais difícil.
Então, a águia só tem dois caminhos: Morrer ou enfrentar um processo doloroso de renovação que vai durar 150 dias. Esse processo consiste em voar para o alto da montanha e recolher-se ao seu ninho. Ali, bate violentamente o bico contra uma pedra até arrancá-lo. Espera nascer o novo bico para então, com ele, arrancar suas próprias unhas. Quando as unhas voltam a crescer, elas tiram as penas envelhecidas e, só após 5 meses, a águia faz o seu famoso vôo de renovação e vive mais 30 anos.
O vôo da águia deixa uma grande lição. Muitas vezes temos que nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação. Para os vôos de vitórias, devemos deixar para trás lembranças, costumes e outras tradições do passado. Somente livres desse peso vamos aproveitar o valioso resultado de uma grande renovação.
O Chapadinhense está preparado para renovar? Fica a indagação para reflexão.
*Herbert Lago Castelo Branco, poeta e escritor.

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