Mais do que nunca, é necessário conscientizar os brasileiros da necessidade de os negócios, em qualquer setor, serem ambientalmente sustentáveis. É óbvio não haver meio de impedir que a natureza muitas vezes se manifeste por meio de violentas tempestades e vitime pessoas e cidades. Mas a omissão dos gestores públicos na adoção de medidas preventivas potencializa ao extremo os danos. Favorece a destruição de moradias em número alarmante, desabrigando uma parcela da população, além de levar à morte milhares de pessoas.
No Brasil, a estação chuvosa desatou situações de calamidade pública em vários Estados e cidades do país. No Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, a devastação colocou cidades debaixo d'água.
Mas seria pura alienação admitir a fúria da natureza como fatalidade contra a qual nada se possa fazer. A maior parte dos efeitos das tempestades poderia ser evitada. Não o é porque os governantes não promovem o desassoreamento dos rios, córregos, a limpeza dos bueiros e saneamento básico. Não cuidam, como no caso de Chapadinha, que passou o inverno e nada foi feito nos municípios onde no ano passado teve dezenas de desabrigados, assim como não foi feito nas zonas periféricas da cidade onde tem ocorrências de enchentes.
E por fim, não educam a população para que não faça de lixeira o leito das ruas. A opção é apenas a de gastar o dinheiro do contribuinte para amenizar o sofrimento da população, não para aplicá-lo a fim de atenuar de forma prévia os desastres naturais.
Herbert Lago Castelo Branco
Poeta e Escritor
Nenhum comentário:
Postar um comentário