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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

CONSCIÊNCIA, ÉTICA E PODER.




Consciência e ética são palavras simples para alguns e incompreensíveis para muitos.
Você trocaria seu voto por uma sandália? Talvez por um caminhão de areia ou um milheiro de tijolos, um emprego, uma empresa que terá a exclusividade na venda de produtos para a alimentação escolar de seu município? Talvez pela participação nas licitações superfaturadas, distribuídas entre as empresas que fazem parte da panelinha para a construção de uma ponte, calçamento, nas operações tapa buracos, as casa do programa minha casa minha vida?
Quanto é que você vale? Você acha este tipo de coisa normal? Você é partidário da lei de Gerson? Você acredita na fé de religiosos que agradecem a Deus (em círculo de oração) pela parte que lhes coube daquele dinheiro originado de licitações públicas superfaturadas? Dinheiro que deveria ser usado na compra de equipamentos para nossos hospitais, medicamentos e alimentos para as crianças não morrerem de fome.
Por que será que existe verdadeira batalha eleitoral para vereadores, prefeitos, deputados, governadores e presidente da República? Como é que se pode ficar rico com o salário de qualquer cargo público? Quando é que teremos políticos que entrem na vida pública para resolver o problemas das outras pessoas, não os seus e de seus familiares?
Esse tipo de comportamento se alastra em todas as instituições, públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos e até, por incrível que pareça, em grupos filantrópicos. O desejo de sobrevivência e poder está no consciente coletivo, colocado ali pela secular estrutura social e religiosa que domina a humanidade há milênios.
Aquele caminhão de areia e aquele milheiro de tijolos trocado pelo voto é nada frente à força que a comunidade poderia impor ao governante e construir a casa de todos com custos facilitados. Essas mudanças começam bem devagar, as pessoas vão se indignando, elevando a consciência e adquirindo ética. De repente vira uma enorme bola de neve incontrolável.
Acabar com a miséria e a fome é fácil: 30% dos alimentos produzidos no Brasil vão para o lixo, o desvio de 30% no superfaturamento nas licitações públicas e uma fortuna. Tudo é simples. Mas por que é tão difícil pôr isso na cabeça das pessoas? Claro que a maioria de nossos políticos não está indignada com o que vê e ouve. Mas tempos de mudança se aproximam e o mundo não vai acabar como pensam muitas religiões. O verdadeiro apocalipse é a mudança de consciência que teremos no rolar da imensa bola de neve. O fim desta era se aproxima.

Herbert Lago Castelo Branco
Poeta e Escritor

Um comentário:

Anônimo disse...

agora q acabou a piracema, o povo já pode pescar na lagoa do magno, com uma condição, desde q ñ entrem na lagoa, "risco de afogamento"