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segunda-feira, 22 de março de 2010

UMA PROSA PARA OS CHAPADINHENSES




CHAPADINHA: 72 ANOS – FELIZ ANIVERSÁRIO!

No dia 29 de março, ocasião em que Chapadinha completa os seus 72 anos de emancipação, pode vir a aparecer (claro que para uma obrigação qualquer) um sanguessuga da cidade, com a famosa cara sorridente e mais pateticamente deslavada, manifestar-se pelo aniversário desta terra tão querida, falando “mil abobrinhas mal decoradas”.
A gente conversa com as pessoas pelas ruas da cidade e sente que as pessoas estão insatisfeitas não só pela incompetência das sucessivas administrações e pelos descasos que os “nossos” atuais governantes estão tendo para com a nossa cidade, mas pela falta de politicas públicas, pela buraqueira, pela falta de uma saúde pública de qualidade, pela falta de atenção às causas sociais, e sobretudo, pela falta de auto-estima do povo de Chapadinha; que vê a cada dia sua cidade abarrotada de problemas de urbanização, falta de saneamento básico, segurança, educação, saúde e tantos outros, muito comuns aos aglomerados urbanos habitados por populações de baixa renda que se expandem com sérias deficiências de planejamento e ação do poder público.
Não custa repetir e não me cansarei de fazê-lo: o Chapadinhense não pode mais viver ilhado em suas fantasias. Tem que descobrir que, ao contrário do que muita gente pensa, a periferia da cidade é habitada por pessoas que têm sua própria vida cultural e econômica, que não dependem das asas do poder para usufruir de um modo bem feliz de viver nesta cidade.
Quem sabe um dia, que não seja uma utopia e nem saudosismo, nós, Chapadinhenses, que amamos esta terra e o seu povo, nos pautaremos na coragem e boa vontade, típicas do povo desta terra de Deus, como sempre chamo, que supera todas e quaisquer adversidades que possam atrapalhar seu desenvolvimento, para que Chapadinha tenha educação, saúde de qualidade, infraestrutura, geração de emprego e renda para que as pessoas tenham uma melhor qualidade de vida. Porque o correto, ainda que mais difícil e mais demorado, está exatamente em exigir da classe política chapadinhense que assuma, de fato e de direito, as rédeas de seu efetivo poder de representação popular, que busque, – e há de encontrá-las! - As soluções que entenda necessárias e capazes de abolir os descasos e os sucessivos desgovernos.
O poder – sempre vale a pena ressaltar - emana do povo e em seu nome será exercido.

Herbert Lago Castelo Branco
Poeta e Escritor

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