Como disse Machado de
Assis: “Um dos defeitos mais gerais
entre nós, é achar sério o que é ridículo, e ridículo o que é sério. Pois o
tato para acertar nestas coisas é também uma virtude do povo”. A pré-candidatura
a prefeito de Chapadinha do Deputado Levi Pontes lançada no último domingo dia
28 de fevereiro diante de uma meia dúzia de gatos pingados, no minúsculo salão
da Associação Cangaia, se tornou ridícula quando já começa com inverdades,
quando diz que o Governador Flávio Dino o apóia e que é o candidato do Governo.
É incontestável a virtude
do povo que perceberá esse engodo indigesto imposto a qualquer custo, mesmo que
seja por traz de mentiras. O governador Flávio Dino nunca disse que o candidato
dele a prefeito de Chapadinha é o Deputado Levi Pontes de Aguiar. O que Flávio
Dino disse na Conferência Estadual do PCdoB e tem reafirmado em suas
manifestações políticas é de que o governo não vai se envolver na eleição de
nenhum candidato a prefeito, mas que ele, Flávio Dino, como militante político tem
o dever de participar e que vai apoiar o que achar o melhor caminho e pedirá à
população que, se possível, o acompanhe. E disse ainda: “Meus aliados são os
que sempre andaram no sol e na chuva comigo”. E isso todos sabem que em Chapadinha,
que os aliados de primeira hora e que sempre andaram com Flávio Dino em
Chapadinha tem nome, a Dos Santos e Gilnei Baggio. E todos os dois são pré-candidato
do PCdoB a prefeito de Chapadinha. Candidaturas sérias e forjas na discussão
partidária e comprometida com as mudanças no Maranhão.
Flávio
Dino tem reafirmado ainda que: “não apoiará prefeitos e pretensos candidatos
que sempre estiveram no colo e foram subservientes ao grupo Sarney”. Aí eu
pergunto: do prefeito Antonio Pontes de Aguiar até os dias atuais, qual o político
de Chapadinha que nunca foi capacho e subserviente da família Sarney? Arrisco-me
a apontar o Chico da COHAB e raríssimas exceções de meia dúzia de políticos sérios.
A final o pai do Deputado Levi Pontes, ex-deputado Pontes de Aguiar, de quem é
herdeiro político, é oriundo da tal oligarquia Sarney, hoje renegada por Levi,
mas outrora idolatrada.
Quero concluir este texto com o
pensamento de Fernando Pessoa:
“há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas
Que já tem forma de nossos corpos
E esquecer os velhos caminhos
Que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É tempo da travessia, e se não ousarmos fazê-la
teremos ficado para sempre à margem de nós mesmo”.
Herbert Lago Castelo Branco
Poeta e Escritor
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