Eu vou pedir a Jesus Cristo
Que me dê inspiração
E me ajude a segurar esta caneta
Que está em minha mão
E que toque em minha memória
Pra escrever em versos a história
De Chapadinha, Maranhão.
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Como história se faz de lendas,
Chapada das Mulatas fostes chamada,
Dando a sua primeira denominação,
Em referência as primeiras mulheres
Que tinha uma tez caramelada,
Oriundas da raça negra e branca
E que habitava nesse rincão.
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Lá pelo século dezesseis
Entre o baixo do Rio Parnaíba
E o alto do Rio Munim,
Habitavam os índios Anapurus
Descendentes da tribo Tupiniquim,
Num local aprazível e com fartura de água,
Fornecida pelos
afluentes do rio Munim.
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No ano de mil setecentos e oitenta e três
Em busca de terras férteis, ou um novo eldorado,
Chegaram as primeiras famílias regionais
Formando sobre uma planície o povoado.
Nas margens de um pequeno riacho
Que tinha vestígios de uma Aldeia,
Moradia antiga dos nossos ancestrais.
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E num rincão desta pátria amada
Nasce um povoado hospitaleiro e feliz;
Uma mistura de raça miscigenada
De brancos, com negros e índios
Deu a origem a nossa matriz,
Numa localidade chamada Aldeia,
Conforme a lenda nos diz.
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O povoado Chapada da Mulatas
Também se viu envolvida em uma revolução
Em treze de dezembro de mil oitocentos e trinta e oito
Denominada de Guerra da
Balaiada do Maranhão.
O começo da revolução acima
anunciada,
Foi motivada pelo
descontentamento do povo,
Pela situação de miséria em que
se achava.
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Em face da alcunha do fabricante de balaios
Manoel Francisco dos Anjos
Ferreira,
Foram chamados os demais revoltosos
de “Balaios”.
Raimundo Gomes Vieira Jutaí,
Vaqueiro de profissão, e
líder dos insurgentes
Invadiu a cadeia da Vila da
Manga
Soltando além de seu irmão,
muita gente.
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O movimento adquiriu muitos
adeptos de confiança:
Preto Cosme, Pedregulho, Malungueta
e Milhomens
Ruivo, Macambira,
Tempestade, Côco e Gavião,
Assumindo o movimento, o
caráter de vingança.
Quantificando em mais de dez
mil homens,
Vários combates foram
travados
Contra os latifundiários e
fazendeiros patrão.
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Visando dar fim à rebelião,
Severino Alves de Carvalho,
Prefeito da Comarca da Vila de Brejo.
Pra livrar a Vila de Brejo de qualquer invasão.
Enviou correspondência ao comandante
Pedro Alexandrino de Andrade,
Então Capitão, das Forças da
Legalidade
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Todavia, a revolta só fora
dominada
Em mil oitocentos e quarenta
e um,
Com toda área da província
pacificada,
Quando o Regente do Império,
Marquês Pedro de Araújo Lima,
Nomeou como Comandante das
Armas
O Coronel Luís Alves de Lima
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Investido do cargo de Comandante,
Coronel Luís Alves de Lima e
Silva,
Usou todas as tropas
públicas, finalmente,
Vindas de diversas províncias
e da capital
Para submeter os revoltosos
a várias derrotas
Êxito que lhe deu o título de Barão de Caxias
E lhe promoveu a condição de General..
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Mais de um século como
povoado
Sobre uma planície fértil e
promissora,
Como distrito do município de
Brejo dos Anapurus
Que até então, encontrava-se
agregado.
Por exercer forte liderança
na região
Do Vale do Baixo do Rio
Parnaíba
O mais viável meio
vinculador de comunicação.
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O status de Vila foi
alcançado
No dia dezessete de outubro
Do ano de mil oitocentos e
noventa,
À categoria de Vila o
povoado foi elevado.
E pela Lei Estadual trinta e
seis
Estabeleceu as linhas
limítrofes do município
E o nome Vila de Chapadinha
foi outorgado.
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O seu nome vem da morfologia
De terra plana, campos,
cerrados ou chapada
Que compõe a sua topografia.
Da junção da palavra CHAPADA,
Mais o sufixo diminuitivo INHA,
Da nossa língua português
falada
Deu-se o nome de CHAPADINHA.
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O então Governador do
Maranhão,
Manoel Inácio Belfort Vieira,
Nomeou como primeiro
intendente da Vila,
Para cuidar da administração,
O Sr. Bento Gomes de Almeida,
E Sebastião de Sousa Barbosa
como Juiz,
O mesmo ato governamental
fazia extensão.
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Coube ao Secretário Geral,
Boanerges Netto Ribeiro,
Assinar a lei estadual
De número quarenta e cinco,
Em substituição ao
interventor
Paulo Martins Ramos, então
governador
Que se encontrava no Rio de
Janeiro
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No dia vinte nove de março
Do ano de mil novecentos e
trinta e oito
Foi para história o grande
marco
Como a data da sua fundação.
E ser elevada à categoria de
cidade
Foi o progresso que veio
para Chapadinha
Desfraldando bem alto a
bandeira: de paz e união.
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Três mil quinhentos e quarenta e um
quilômetros quadrados de
extensão
É toda a sua área
territorial
Que complementa a
microrregião.
Chapadinha tem um clima
tropical
Com cento e seis metros de
altitude
E temperatura de vinte e
quatro a trinta e oito graus.
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Chapadinha contou com a sua
localização
Como um dos aspectos
favoráveis
Para o seu desenvolvimento
econômico,
Com as cidades vizinhas uma
prodigiosa relação
Entre o Porto da Manga em
Vargem Grande,
E a então cidade de Brejo,
Detentora do Porto da
Repartição
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Teve a sua prosperidade
acelerada,
Por ser um lugar atrativo e
promissor;
Com um comércio fluente e
expressivo,
A cidade encontra-se hoje estruturada
Atraindo comerciantes e
outras famílias,
Explorando suas riquezas
naturais
E o intercâmbio que Ceará e
o Piauí possibilitava.
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Ao nascer nos tabuleiros da
região,
O Rio Munim tem suas águas
elevadas
Pelos seus mais importantes
afluentes;
A sua bacia hídrica é
formada
Pelos Riachos da Cruz,
Nambu, Feio e da Raiz
Para lançar-se na Baía de
São José
E as suas águas serem
desaguadas.
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A hidrografia Chapadinhense
é completada
Pelo Rio Iguará, com
nascente em Crioli,
Município de Aldeias Altas
no Maranhão,
E pelo Rio Preto, que nasce
em Saquinho
No nosso vizinho município
de Buriti.
Os dois desaguam nos Rios
Itapecuru e Mearim
Formando a bacia
hidrográfica do Golfão.
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Chapadinha está fincada no
Nordeste do Maranhão
Cuja posição geográfica se
faz sobressair,
Num polígono de relevo
irregular limita a região.
Urbano Santos e São Benedito
no marco norte,
Mata Roma, Anapurus e
Buriti, do lado leste
Afonso Cunha, Codó e Coelho
Neto, no lado sul
Vargem Grande, Nina Rodrigues
e Timbiras do lado oeste.
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Com uma Floresta equatorial típica da vegetação
E o extrativismo na colheita
de amêndoas
Das palmeiras típicas da
nossa região.
São uns dos nossos recursos
naturais:
O Babaçu, o Tucum a Cera de Carnaúba,
De frutos temos o Pequi, o
Bacuri e o Buriti,
Principais produtos da
economia regional
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Considerando o padrão de
cidade do interior,
Chapadinha possui um
comércio varejista em expansão
Que negocia todos os tipos
de produtos manufaturados,
Adquiridos através da nossa importação.
Na agricultura temos o
milho, o arroz e mandioca,
Temos o caprino, o bovino e
ovinos,
Mas a suinocultura é a sua
maior produção.
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Obrigado oh meu Senhor Onipotente,
Por ter me dado inspiração,
Pra contar em versos a essa
gente,
A história de Chapadinha, Maranhão.
Obrigado, meu caro leitor,
pela sua valiosa atenção,
e que fique gravado em sua memória,
esta linda história,
de Chapadinha, Maranhão
Herbert Lago Castelo Branco
Está autorizado a reproduzir e divulgar, desde que seja mencionada a autoria e fonte.
Um comentário:
Livro perfeito que fala a história de minha cidade em versos.
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