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terça-feira, 24 de novembro de 2020

A HISTÓRIA DE CHAPADINHA EM VERSOS

 


Eu vou pedir a Jesus Cristo

Que me dê inspiração

E me ajude a segurar esta caneta

Que está em minha mão

E que toque em minha memória

Pra escrever em versos a história

De Chapadinha, Maranhão.

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Como história se faz de lendas,

Chapada das Mulatas fostes chamada,


Dando a sua primeira denominação,

Em referência as primeiras mulheres

Que tinha uma tez caramelada,

Oriundas da raça negra e branca

E que habitava nesse rincão.

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Lá pelo século dezesseis

Entre o baixo do Rio Parnaíba

E o alto do Rio Munim,

Habitavam os índios Anapurus

Descendentes da tribo Tupiniquim,

Num local aprazível e com fartura de água,

 Fornecida pelos afluentes do rio Munim.

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No ano de mil setecentos e oitenta e três

Em busca de terras férteis, ou um novo eldorado,


Chegaram as primeiras famílias regionais

Formando sobre uma planície o povoado.

Nas margens de um pequeno riacho

Que tinha vestígios de uma Aldeia,

Moradia antiga dos nossos ancestrais.

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E num rincão desta pátria amada

Nasce um povoado hospitaleiro e feliz;

Uma mistura de raça miscigenada

De brancos, com negros e índios

Deu a origem a nossa matriz,

Numa localidade chamada Aldeia,

Conforme a lenda nos diz.

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O povoado Chapada da Mulatas

Também se viu envolvida em uma revolução

Em treze de dezembro de mil oitocentos e trinta e oito

Denominada de Guerra da Balaiada do Maranhão.

O começo da revolução acima anunciada,

Foi motivada pelo descontentamento do povo,

Pela situação de miséria em que se achava.

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Em face da alcunha do fabricante de balaios

Manoel Francisco dos Anjos Ferreira,

Foram chamados os demais revoltosos de “Balaios”.

Raimundo Gomes Vieira Jutaí,

Vaqueiro de profissão, e líder dos insurgentes

Invadiu a cadeia da Vila da Manga

Soltando além de seu irmão, muita gente.

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O movimento adquiriu muitos adeptos de confiança:

Preto Cosme, Pedregulho, Malungueta e Milhomens

Ruivo, Macambira, Tempestade, Côco e Gavião,

Assumindo o movimento, o caráter de vingança.

Quantificando em mais de dez mil homens,

Vários combates foram travados

Contra os latifundiários e fazendeiros patrão.

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Visando dar fim à rebelião,

Severino Alves de Carvalho,

Prefeito da Comarca da Vila de Brejo.

Pra livrar a Vila de Brejo de qualquer invasão.

Enviou correspondência ao comandante

Pedro Alexandrino de Andrade,

Então Capitão, das Forças da Legalidade

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Todavia, a revolta só fora dominada

Em mil oitocentos e quarenta e um,

Com toda área da província pacificada,

Quando o Regente do Império,

Marquês Pedro de Araújo Lima,

Nomeou como Comandante das Armas

O Coronel Luís Alves de Lima

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Investido do cargo de Comandante,

Coronel Luís Alves de Lima e Silva,

Usou todas as tropas públicas, finalmente,

Vindas de diversas províncias e da capital

Para submeter os revoltosos a várias derrotas

Êxito que lhe deu o título de Barão de Caxias 

E lhe promoveu a condição de General..

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Mais de um século como povoado

Sobre uma planície fértil e promissora,

Como distrito do município de Brejo dos Anapurus

Que até então, encontrava-se agregado.

Por exercer forte liderança na região

Do Vale do Baixo do Rio Parnaíba

O mais viável meio vinculador de comunicação.

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O status de Vila foi alcançado


No dia dezessete de outubro

Do ano de mil oitocentos e noventa,

À categoria de Vila o povoado foi elevado.

E pela Lei Estadual trinta e seis

Estabeleceu as linhas limítrofes do município

E o nome Vila de Chapadinha foi outorgado.

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O seu nome vem da morfologia

De terra plana, campos, cerrados ou chapada

Que compõe a sua topografia.

Da junção da palavra CHAPADA,

Mais o sufixo diminuitivo  INHA,

Da nossa língua português falada

Deu-se o nome de CHAPADINHA.

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O então Governador do Maranhão,

Manoel Inácio Belfort Vieira,


Nomeou como primeiro intendente da Vila,

Para cuidar da administração,

O Sr. Bento Gomes de Almeida,

E Sebastião de Sousa Barbosa como Juiz,

O mesmo ato governamental fazia extensão.

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Coube ao Secretário Geral,

Boanerges Netto Ribeiro,

Assinar a lei estadual

De número quarenta e cinco,

Em substituição ao interventor

Paulo Martins Ramos, então governador

Que se encontrava no Rio de Janeiro

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No dia vinte nove de março

Do ano de mil novecentos e trinta e oito

Foi para história o grande marco

Como a data da sua fundação.

E ser elevada à categoria de cidade

Foi o progresso que veio para Chapadinha

Desfraldando bem alto a bandeira: de paz e união.

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Três mil quinhentos e quarenta e um

quilômetros quadrados de extensão

É toda a sua área territorial

Que complementa a microrregião.

Chapadinha tem um clima tropical

Com cento e seis metros de altitude

E temperatura de vinte e quatro a trinta e oito graus.

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Chapadinha contou com a sua localização

Como um dos aspectos favoráveis

Para o seu desenvolvimento econômico,

Com as cidades vizinhas uma prodigiosa relação

Entre o Porto da Manga em Vargem Grande,

E a então cidade de Brejo,

Detentora do Porto da Repartição

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Teve a sua prosperidade acelerada,

Por ser um lugar atrativo e promissor;

Com um comércio fluente e expressivo,

A cidade encontra-se hoje estruturada


Atraindo comerciantes e outras famílias,

Explorando suas riquezas naturais

E o intercâmbio que Ceará e o Piauí possibilitava.

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Ao nascer nos tabuleiros da região,

O Rio Munim tem suas águas elevadas

Pelos seus mais importantes afluentes;

A sua bacia hídrica é formada

Pelos Riachos da Cruz, Nambu, Feio e da Raiz

Para lançar-se na Baía de São José

E as suas águas serem desaguadas.

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A hidrografia Chapadinhense é completada

Pelo Rio Iguará, com nascente em Crioli,

Município de Aldeias Altas no Maranhão,

E pelo Rio Preto, que nasce em Saquinho

No nosso vizinho município de Buriti.

Os dois desaguam nos Rios Itapecuru e Mearim

Formando a bacia hidrográfica do Golfão.

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Chapadinha está fincada no Nordeste do Maranhão

Cuja posição geográfica se faz sobressair,

Num polígono de relevo irregular limita a região.

Urbano Santos e São Benedito no marco norte,

Mata Roma, Anapurus e Buriti, do lado leste

Afonso Cunha, Codó e Coelho Neto, no lado sul

Vargem Grande, Nina Rodrigues e Timbiras do lado oeste.

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Com uma Floresta equatorial típica da vegetação


E o extrativismo na colheita de amêndoas

Das palmeiras típicas da nossa região.

São uns dos nossos recursos naturais:

O Babaçu, o Tucum a Cera de Carnaúba,

De frutos temos o Pequi, o Bacuri e o Buriti,

Principais produtos da economia regional

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Considerando o padrão de cidade do interior,

Chapadinha possui um comércio varejista em expansão

Que negocia todos os tipos de produtos manufaturados,

Adquiridos através da nossa importação.

Na agricultura temos o milho, o arroz e mandioca,

Temos o caprino, o bovino e ovinos,

Mas a suinocultura é a sua maior produção.

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Obrigado oh meu Senhor Onipotente,

Por ter me dado inspiração,

Pra contar em versos a essa gente,

A história de Chapadinha, Maranhão.

Obrigado, meu caro leitor,

pela sua valiosa atenção,

 e que fique gravado em sua memória,

esta linda história,

de Chapadinha, Maranhão


Herbert Lago Castelo Branco

Está autorizado a reproduzir e divulgar, desde que seja mencionada a autoria e fonte.


Um comentário:

Anônimo disse...

Livro perfeito que fala a história de minha cidade em versos.