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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

LUMPEMPROLETARIADO





Max e Engels, no incendiário Manifesto do Partido Comunista, publicado em 1848, exaltam os méritos das classes trabalhadoras e condenam ao fogo do interno o capitalismo.
Não deixam, contudo, de assinalar a existência, em patamar inferior ao dos burgueses e proletários, de camada denominada lumpemproletariado, descrita como “essa putrefação passiva dos mais baixos extratos da velha sociedade”. Segundo os autores do ceticismo comunista, o lúmpen “pode, aqui ou ali, ser arrastado ao movimento por uma revolução proletária”. Todavia, “as condições de existência o predispõem bem mais a se deixar corromper por tramas reacionárias”.
Em língua portuguesa, lumpemproletariado é o nome da “canalha”, coletivo constituído pelo submundo destituído de consciência cívica, de princípios éticos, e descomprometido com os objetivos da sociedade. É no lumpemproletariado, isto é, na canalha, que corruptos de todas as cores e matizes arrebanham votos por ocasião das eleições, mediante compra, troca ou meras promessas de recompensa.
O Maranhão, com algumas exceções, tornou-se o paraíso da canalha, responsável pela entrega do poder a oligarcas, velhos coronéis, demagogos e corruptos, que governam o estado ou município como propriedades particulares.
O regime democrático aparenta certa fragilidade diante da canalha, cuja libertinagem estimula a ascensão de políticos venais. Não há, no exercício de mandato legislativo, ou executivo, quem não haja sido eleito pelo voto.
A canalha escolhe candidatos mais ou menos segundo o princípio do “rouba, mas faz”, ignorante das nobres responsabilidades dos poderes Legislativo e Executivo, por laços de compadrio, de mera submissão, ou incorrigível tendência à corrupção, conforme alertaram Marx e Engels.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei e vou visitá-lo com frequência.