A cultura das diferentes populações se
expressa através de diferentes formas, uma delas é a literatura. Essa que por
sua vez tem suas ramificações, entre elas está a poesia. A forma mais antiga de
poesia é a oral que é passada de geração em geração, muitas vezes em forma de
música. A poesia inclusive é mais antiga que a própria criação do alfabeto, e a
partir dessa puderam ser registradas as criações para a prosperidade, pois o
homem sempre teve necessidade de se comunicar e expressar seu eu, no pensamento
dos germânicos a poesia está presente em todas as formas de expressão
artística: música, pintura, escultura etc., tornando-se o núcleo residual de
todas as artes.
Nascendo com a poesia, a Literatura
Chapadinhense continua sob constante crescimento. A partir das publicações de
Oliveira Roma e Mata Roma (1896-1959), dá-se o início da primeira fase da
primeira geração de escritores Chapadinhenses. A primeira fase da Literatura
Chapadinhense.
Entendo por Literatura Chapadinhense o
conjunto de obras de escritores que nasceram em Chapadinha, como também,
aqueles que se fixaram e escolheram Chapadinha para morar. E posso afirmar com
segurança que a história dará certamente, a Mata Roma o título de primeiro
poeta Chapadinhense tal a força lírica de seus versos. Um dos maiores Poeta da
literatura Chapadinhense, é comparado ao também maranhense Humberto de Campos,
grande expoente do parnasianismo e simbolismo. Sua obra deixa mostrar as marcas
de um talento uniforme.
Classificar os Escritores e a História
da Literatura Chapadinhense dentro de períodos é muito difícil, por isso achei
conveniente classificar por gerações, começando com Oliveira Roma e Mata Roma.
A
primeira geração de intelectuais Chapadinhenses deixou influenciar-se pelos
acontecimentos políticos da época ou pelo fascínio das fases que se
desenvolviam para fixar conceitos e opiniões sobre aspectos jurídicos, como é o
caso de Oliveira Roma, pelos filosóficos e sociais como Mata Roma (1896– 1959).
Admiram e acompanham os que dinamizaram o regionalismo o socialismo, a
esperança e a fé como: Zizete Cunha Ferreira, Clara Martins (1922-2013), Nonato
Vale (1924-1992), Ana Rodrigues (Nazinha), Ataliba Vieira (1911–1997), Helvécio
Vieira Passos (1918-1992), Eduardo Luís da Silva (1935-2015)), Benigna Araújo,
Maria Camélia Pimentel (1916-2013), Zizete Viana Araújo, Lourival Passos
(1925–1995), Eliza Carneiro Duarte, Maria do Socorro Martins Santos, Maria José
Trapiá, Totonha Teixeira, Gilda Oliveira Elias, João Batista dos Santos,
Totonha Galvão, Aderson Lago, Raimundo Marques, Auridéa Passos, Carlos
Borromeu, Delmar Carneiro, Adalto Batista Santos, repercutindo também na poesia
de cordel, iniciada e representada pelo poeta repentista Chico Bolota
(Estrelinha do Norte), e tantos outros, da primeira fase da primeira geração de
poetas e escritores Chapadinhenses.
Chapadinha tem um legado poético para a
história. E na atualidade observa-se o alvorecer de uma poesia nova que mostra
de forma clara que o poeta Chapadinhense continua muito vivo e fluente em suas
inspirações, representada por Herbert Lago Castelo Branco, Maria Coelho, Zé de Riba,
Abnadabe Monteles, Casagrande, Antônio José (AJ), Alexandre Pinheiro, Rosanea
Passos, Anaxmano, Sousa Neto, José Aldo e Diogo Rodrigues.
A poesia não expirou. Mesmo sendo
esquecida e pouco falada, uma nova mentalidade literária está tomando conta de
Chapadinha hoje. Talvez pela presença da universidade, pelas facilidades dos
meios de comunicação humana, pela consciência da necessidade de criação do
novo, há nomes emergentes, em constante ebulição, para quem sabe um dia surgir
um grande poeta desses versos singelos e adolescentes como desta nova safra (geração)
de escritores e poetas encabeçada por Lucele Berce, Fernando Nunes, Edlaine
Bezerra e todos que participaram da antologia organizada pela escola Unidade
Integrada Prof. Oliveira Roma, em que destacaram-se alguns jovens poetas dentre
eles: Anderson Martins, Lucas Aragão, Saulo Gomes, Natalia Meireles, Laysla
Thayara Barbosa, Sâmya Barros, Jhorlano Cardoso. Lucas Cunha, Estela Silva,
Layla Grazielle dos Santos, Samaele Cardoso Seiva, Samily Virginia Almeida, Antônia
Ingide, Rogério da Silva, Rafael dos Santos, Tallenny Gomes dos Reis, Andreza
Maciel, Victoria Silva, Cristyanne Pereira, Lucas Tharlisson Sousa, Gabriel
Mussuri Santos, Maria Fernanda, Marcelo Araújo do Carmo, Hêmille Thayres,
Robert Samarony Natasha S. Silva, Antônio Lucas, Karollyne Melo Costa, Francinaira
da Costa, Victor Gabriel, Vinícius Carvalho, Jaqueline Oliveira, Gildevânia
Lima, Francielly Mendes da Costa, Victor Oliveira. Não esquecendo que dentre as
poesias selecionadas encontra-se o texto da aluna do 8º ano Ellen Maysa Martins
da Silva, que venceu o concurso estadual de Olimpíadas de Língua Portuguesa
(OMLP), com a produção de uma memória literária intitulada “Maranhão, Minha
Terra e Minha Gente”. Tudo entretanto, como já foi dito está em floração. Estou
certo de que está publicação com a “VISÃO HISTÓRICA DA LITERATURA
CHAPADINHENSE” suscitará num futuro próximo, um debate aprofundado.
Estou convencido também, que as obras publicadas como: “VELHOS RITIMOS” de Mata Roma; “TEMAS E ESBOÇOS” de Nonato Vale; “DO GIBÃO AO FARDÃO” de Raimundo Marques; “VERSOS AVOANTES”, SUJEITO INACABADO” e PRISTOLINO O MENINO QUE COMIA TERRA”, “ MATA ROMA: O Tântalo de Chapadinha” de Herbert Lago Castelo Branco; “UM RIO QUE PASSOU EM MINHA VIDA... POR TODOS OS RODEIOS” de Carlos Borromeu; “50 NOS EM CHAPADINHA e “O HOMEM E A MAÇONARIA” de Delmar Carneiro; “HISTÓRINHAS DA LU” de Lucele Berce; “CHAPADINHA – Historiografia e Núcleos Familiares” de Ataliba Vieira de Almeida, “POEMAS ESCOLHIDAS” de Helvécio Vieira Passos; “CHAPADINHA 62 ANOS DE VIDA E PROGRESSO” de Antônio José (AJ); “SONHOS E LEMBRANÇAS DE CHAPADINHA”, “PALAVRA DE FOGO” de João Batista dos Santos, “BREJO, ALDEIA DOS ANAPURUS” de Aderson de Carvalho Lago, “ “INCLUSÃO ESCOLAR: REALIDADE E POSSIBILIDADE EM CHAPADINHA”, “UM POUCO DE MIM QUE MORA NUM JARDIM” de Teresinha Ramalho Murta, “CARTA A ELIM: ENTRE O AMOR E A SAUDADE” de Maria Ninda Celeste do Vale, “TRAJETÓRIA DE UM CASAL” de Eduardo Luis da Silva, “COLETÂNEA POÉTCA I e II” U.I. PROF. Oliveira Roma e etc. é o acervo mais rico e mais importante da nossa literatura.
Estou convencido também, que as obras publicadas como: “VELHOS RITIMOS” de Mata Roma; “TEMAS E ESBOÇOS” de Nonato Vale; “DO GIBÃO AO FARDÃO” de Raimundo Marques; “VERSOS AVOANTES”, SUJEITO INACABADO” e PRISTOLINO O MENINO QUE COMIA TERRA”, “ MATA ROMA: O Tântalo de Chapadinha” de Herbert Lago Castelo Branco; “UM RIO QUE PASSOU EM MINHA VIDA... POR TODOS OS RODEIOS” de Carlos Borromeu; “50 NOS EM CHAPADINHA e “O HOMEM E A MAÇONARIA” de Delmar Carneiro; “HISTÓRINHAS DA LU” de Lucele Berce; “CHAPADINHA – Historiografia e Núcleos Familiares” de Ataliba Vieira de Almeida, “POEMAS ESCOLHIDAS” de Helvécio Vieira Passos; “CHAPADINHA 62 ANOS DE VIDA E PROGRESSO” de Antônio José (AJ); “SONHOS E LEMBRANÇAS DE CHAPADINHA”, “PALAVRA DE FOGO” de João Batista dos Santos, “BREJO, ALDEIA DOS ANAPURUS” de Aderson de Carvalho Lago, “ “INCLUSÃO ESCOLAR: REALIDADE E POSSIBILIDADE EM CHAPADINHA”, “UM POUCO DE MIM QUE MORA NUM JARDIM” de Teresinha Ramalho Murta, “CARTA A ELIM: ENTRE O AMOR E A SAUDADE” de Maria Ninda Celeste do Vale, “TRAJETÓRIA DE UM CASAL” de Eduardo Luis da Silva, “COLETÂNEA POÉTCA I e II” U.I. PROF. Oliveira Roma e etc. é o acervo mais rico e mais importante da nossa literatura.
As manifestações poéticas dos autores
Chapadinhenses são em sua maioria manifestações da vida, relatos da realidade,
muitas vezes sob uma perspectiva romântica, desbravadora, inquietante e
altruísta. A poesia Chapadinhense retrata não só o romantismo habitual dos
poetas, mas retrata a vida de um povo lutador, sofrido porém feliz.
Em “EXTRATO
E FRAGMENTOS POÉTICOS DOS ACADÊMICOS DE CHAPADINHA-MA, o escritor Chapadinhense João Batista
dos Santos, também manifesta expressamente a sua visão crítica que incorporo
neste meu ensaio literário porque vale a pena conhecer.
“As criações
poéticas dos acadêmicos Chapadinhenses são manifestações de vida, retratos da
realidade vivenciadas e refletidas em todos os poemas.
Engloba em sua visão literária toda a musicalidade,
transcendendo as limitações geográficas da URBE, para alcançar os patamares da
história, da antropologia, da filosofia e da educação.
O presente opúsculo reeditado traz a lume o
substrato social, refletindo o meio ambiente e os condicionamentos
socioculturais em que convivem os autores.
Memorial eterno de coisas e pessoas, registra como
num passe fotográfico, fatos e atos ocorridos na história de Chapadinha que
permanecem no subconsciente e inconsciente de todos os habitantes.
Estruge nas estrofes, as injustiças e desigualdade
sociais, daí a perspectiva da realização das potencialidades e faculdade do
homem enquanto ser criado à imagem de Deus.
Expressam a vida na relação dinâmica do tempo e
refletem o hoje e o amanhã que serão futuro e a esperança, iguais em essência,
mas diferente do acontecer relativizado de cada homem e mulher.
O homem vive entre as circunstâncias e
condicionantes da natureza e da sociedade, aberto as possibilidades de
livre-arbítrio e do vir a ser universal de todas a coisas...
A esperança diluída na fé, acredita na felicidade
humana, apesar de tantas desgraças e dos maus governos.
Os poemas, idealmente e na simplicidade dos
anunciados gritam para o mundo as injustiças perpetradas contra os oprimidos,
ao reconhecerem o fracasso do sistema social e político vigente, não obstante o
sonho e a ideologia de todos os povos.
Os acadêmicos em sua visão social, dinamizam o
regionalismo impregnado do universal: o homem a democracia, o socialismo, a fé
e a esperança.
A temática literária plasma o homem em realismo,
superpondo-se a uma realidade mística, onde a linguagem carregada de símbolos e
desintegrada no tempo, transmite a ideia concreta da humanidade e suas
idiossincrasias.
Os poemetos retratam um intimismo lírico,
envolvendo coisas e o homem, e, ao mesmo tempo, vislumbra a irrealidade do
conhecimento ainda não dimensionado pela razão e nem mesmo intuído pelo
inconsciente, mas já compreendidos na cosmovisão ilógica e nos sonhos de todos
os poetas.
Os acadêmicos em suas poesias, alcançam a melodia
em todos os seus versos, tecnicamente contemporâneos e esteticamente difunde-se
pela moderna poesia brasileira, equidistante das diversas escolas, mas
integradas numa dialética plural e contraditória dentro da sociedade
brasileira.
A poesia é a essência material da eternidade de
Deus, daí sua permanente atualidade de ensino e conhecimento.
Com as minhas congratulações e o reconhecimento de
todos aqueles que amam a cultura”.
Chapadinha, 04 de março de 1996
João
Batista dos Santos
Presidente fundador da Academia de Letras, Artes e
Ciências de Chapadinha.
Na ausência de material de pesquisa e a
desinformação sobre a literatura Chapadinhense e seus escritores, pode me fazer
a cometer (falhas), erros como, por exemplos não incluir nomes de escritores e
poetas, porque estou adotando o critério de só incluir nesta minha visão
histórica da literatura Chapadinhenses os escritores e poetas que já publicaram
livros e os que participam das coletâneas da Academia de Letras, Artes e
Ciências de Chapadinha e da escola Unidade Integrada Oliveira Roma.
Não é possível para qualquer ensaísta “apreender” a
“essência” do que está sendo feito em termos de renovação. Como também não é
lícito se querer argumentar que “tudo se renovou”. Não! As raízes das gerações
ainda permanecem latentes na criação artístico literária Chapadinhense.
Herbert Lago Castelo Branco
Poeta e escritor
A reprodução deste texto ou qualquer parte dele é permitida, desde
que seja dado o crédito de autoria e fonte, conforme as normas e leis.
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