herbertlagocastelobranco@gmail.com
Facebook Herbert Lago

quinta-feira, 21 de março de 2024

QUEM EM CHAPADINHA NÃO OUVIU FALAR EM JOSÉ VIEIRA.

 

José Vieira Passos

        José Vieira Passos, patriarca da família Vieira Passos, nasceu na zona rural, na localidade Barro Branco, no dia 27 de agosto de 1890. Filho do Coronel Luis Vieira Passos e de Senhorinha Maria dos Santos Vieira e teve mais 9 (nove) irmãos:  América Vieira de Almeida, Diomedio Vieira Passos, Hermezinda Vieira Passos, Leonesa Vieira Passos, Manoel Vieira Passos, Maria José Vieira Passos, Maria Vieira de Almeida, Maria Vieira Passos e Teófilo Vieira Passos. José Vieira permaneceu todos os anos de sua juventude ajudando o seu pai Luis Vieira, a cuidar da lavoura de subsistência e de algumas cabeças de gado. Embora as adversidades fossem grandes, como a falta de estradas, de insumos para a agricultura, meios de transportes e de comunicação, o trabalho começou a render frutos e prosperar.

            José Vieira casou-se com Sara Barroso Passos no dia 26 de junho de 1915, com quem teve 10 (dez) filhos: Elin Barroso Passos, Epitácio Barroso Passos, Demerval Barroso Passos, Genuína Barroso Passos, Gessi Barroso Passos, Luis Vieira Neto, Manoel Vieira Passos Sobrinho (Gabi), Maria Barroso Passos de Almeida (Dudu), Miriam Barroso Passos e Raimunda Barroso Passos.

            Homem duro e de mãos calejadas pelo trabalho no campo, acostumado ao sol da chapada. Para ele, apenas a palavra era suficiente para substituir qualquer documento. Astuto e habilidoso quando o assunto era política. Afável e carinhoso entre os familiares, admirado por muitos e incompreendido por algumas pessoas.

  José Vieira e Sara

            José Vieira era considerado como um dos maiores conhecedores da região do Baixo Parnaíba. Na época sem qualquer infraestrutura e ou perspectiva de desenvolvimento, a “Chapada das Mulatas” – distrito de Vargem Grande, tinha apenas uma meia dúzia de habitantes. José Vieira foi um dos principiais articuladores pela emancipação política de Chapadinha, para transformar a “Chapada das Mulatas” no município de Chapadinha, ganhando independência econômica e notoriedade política.

            De agricultor e pequeno criador de gado, o filho de Luis Vieira Passos, virou comerciante de sucesso, conquistando a confiança de muitos e transformando-se em chefe político da região, sempre se integrando as fileiras de partidos oposicionistas. Destacando-se como um dos maiores líderes da região, tendo apoiado a candidatura de Eduardo Gomes à presidência da República. No Maranhão, embora fosse sua característica cerrar fileiras na oposição, José Vieira Passos foi um dos maiores articuladores e divulgadores da candidatura do então deputado José Sarney ao Governo do Estado do Maranhão, o que carreou numa grande soma de votos para a eleição de José Sarney.

Antiga residência de José Vieira

            Mas tarde, José Vieira se afasta temporariamente da política. Na época teria declarado a alguns amigos que o seu afastamento estaria intimamente relacionado a decepções e com a sua maneira de ser, “pois não tinha como permanecer ao lado do governo”. Embora amigo do então governador José Sarney, José Vieira voltou a política fazendo oposição apenas a nível municipal.

            Para os amigos, José Vieira Passos foi um exemplo, de homem, chefe político e pai de família, que marcou sua existência com probidade, justiça e trabalho, tendo conquistado a admiração, respeito e consideração até mesmo daqueles que o incompreendiam.

            José Vieira Passos faleceu em 1983 aos 93 anos de idade e está sepultado no Cemitério Central Nossa Senhora das Dores.

Herbert Lago Castelo Branco

Fonte: TEMAS E ESBOÇOS de Nonato Vale e

            CHAPADINHA, Historiografia e Núcleos Familiares de Ataliba Vieira

A reprodução deste texto ou qualquer parte dele é permitido, desde que seja dado o crédito de autoria conforme as normas e leis de direitos autorais.

 

 

 

3 comentários:

Anônimo disse...

Evaldo me contava fatos maravilhososda vida dele. Eu cheguei em chapadinha em 1979. Se não me engano ainda o connheci

Anônimo disse...

Parabéns! Gostei bastante de conhecer um pouca da história da família Vieira.

Antonio Júnior disse...

Parabéns e obrigado por compartilhar conosco essas histórias.