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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

O DIABINHO DESANIMADO



Certo dia Lúcifer, o chefe dos demônios, mandou um diabinho à terra para tentar os homens.
Esse veio e voltou logo, dizendo: “Chefe, missão fracassada! No monte das bem-aventuranças, Cristo fez um belo sermão que cativou a todos. Lá não se fala de outra coisa”.
Lúcifer animou o diabinho: “Calma filho! Os homens gostam de novidade, mas é entusiasmo de momento. Na hora de pôr em prática, acabam desistindo. Tente outra vez”.
O diabinho se animou e foi tentar Jesus. Mas voltou decepcionado, dizendo: “Chefe, é melhor desistir. Cristo me fez sumir como um raio, Ele falou: “Vai-te, Satanás! Está escrito: ao Senhor teu Deus adorarás, e a ele só prestarás culto!”
Lúcifer encorajou o diabinho: “Você é inexperiente mesmo! Por que tentar Jesus? Comece pelo mais fácil. Por exemplo, espalhe a descrença e a discórdia. O resto vem como conseqüência”.
O diabinho desceu à terra e começou tudo de novo. Logo, porém, voltou, dizendo: “Chefe, é melhor desistir. O Cristo morreu numa cruz, perdoando até os inimigos e, no terceiro dia, ressuscitou. Ninguém mais fala em outra coisa”.
Em tom imperativo, disse Lúcifer: “Tudo isso é verdade. Mas volte e continue o seu trabalho. Com o tempo os homens vão esquecer-se de tudo o que Jesus fez e ensinou”.

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Passaram-se vinte séculos. Seria bom que hoje cada um perguntasse a si mesmo: valeu a pena Cristo ter vindo à terra? Estou vivendo o seu evangelho? Ou será que Lúcifer tinha razão?

Fonte: Livro Lendas e fatos á luz da fé.
Pe. Luiz Cechinato

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

"MARANHÃO CONSTRUINDO DIGNIDADE"






Espera aí gente! Eu explico. Este título faz parte da propaganda do Governo do Estado do Maranhão publicada numa página inteira do caderno principal do Correio Braziliense edição de hoje, com fotos ilustrativas das escolas Centro de Ensino Leão Santos, Escola Quilombola Quilombo dos Palmares, Centro de ensino Gregória Prazeres e do CEMA da cidade de Arari, com o seguinte texto: “É com trabalho e determinação que o Maranhão está construindo um futuro melhor para sua gente. E a educação tem um papel fundamental nessa empreitada. Em menos de dois anos foram entregues mais de 150 novas escolas e 2220 professores foram contratados. Os salários dos professores do Estado do Maranhão estão entre os mais altos do país. E os educadores, além de valorizados recebem constante capacitação. Esse trabalho já começa a aparecer, como mostrou o resultado do IDEB realizado pelo Ministério da Educação, onde o Maranhão foi destaque com o maior crescimento na qualidade da educação básica. É assim, investindo em educação que o Maranhão está construindo dignidade”.
Na edição do Correio Braziliense de sexta-feira 21 de novembro, foi publicado o resultado nacional do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), onde segundo o MEC, o Maranhão teve a 21ª colocação com uma média de 46,80 pontos na avaliação que vai de zero a 100. Abaixo da média nacional, é claro. Ficamos à frente apenas do Acre, Roraima, Amapá, Tocantins, Amazonas e Alagoas.

Segundo o Governo os professores estão ganhando bem. As escolas pelo menos as que foram mostradas na propaganda são de excelente qualidade. Então, porque que o resultado do ENEM foi tão ruim? Será que o governo do estado do Maranhão tem tantos motivos para comemorar com gastos exorbitantes com propaganda caríssima nos principais jornais do país de um ensino de péssima qualidade?
Quem não assistiu todos os telejornais do Brasil mostrar uma escola de Caxias (foto) em baixo de um pé de manga?
Em Barra do Corda, os alunos estudam em condições de total abandono, a escola funciona numa casa de taipa, e coberta de cavaco (madeira), o piso é de terra batida, e o mais grave de tudo é que a escola não tem banheiros para os alunos fazerem suas necessidades fisiológicas.
E em Chapadinha? Qual será a avaliação do nosso ensino? Deve ser ótimo! Não é Sr. Prefeito?

Herbert Lago Castelo Branco
Poeta e Escritor


segunda-feira, 24 de novembro de 2008

TIRANDO DO BAÚ


No ano de 1564, na cidade de São Luis do Maranhão, o famoso orador Padre Antonio Vieira fez um célebre sermão que ficou marcado na história.
Ele prendeu a atenção dos ouvintes e repreendeu-os, utilizando-se de um recurso literário interessante: pregou aos homens falando sobre a virtude e os defeitos dos peixes.
Os ouvintes deviam ser de alta sociedade. Penso que seriam fazendeiros, políticos e outros da classe dominante, que exploravam os índios e as pessoas humildes.
Ainda hoje o seu sermão aplica-se à nossa sociedade, especialmente aos grupos privilegiados que fazem leis em proveito próprio.
Nesse célebre sermão de Santo Antônio, Padre Vieira prendeu a atenção dos ouvintes pregando aos “peixes”.
Primeiro, ele elogiou as diversas virtudes dos peixes; depois, passou a repreender os defeitos dos mesmos.
Assim falou Vieira: “De vós, peixes, a primeira coisa que me desedifica é que vos comeis uns aos outros. Grande escândalo é este! Mas a circunstância o faz ainda maior. Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos. Se fosse pelo contrário, seria menos mal. Se os pequenos comessem os grandes, bastaria um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande”.

Fonte: Livro Lendas e fatos à luz da fé.
Pe. Luiz Cechinato

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

O SOFRIMENTO DO POVO BRASILEIRO CHEGOU AO LIMITE DO SUPORTÁVEL


Há políticos honestos. Contudo, existem também os que se enriquecem com o dinheiro de corrupção. Ao mesmo tempo que a lei garante o direito a privilégios para ricos, deixa milhões de pobres abandonados à própria sorte.
Dias atrás, vi um velhinho caminhando e falando sozinho. Estava bravo com alguma coisa. Apressei meu passo para ouvir o que dizia. Ele falava: “País desgraçado! País desgraçado!”
Acho que era um daqueles aposentados que, com um salário mínimo, devem pagar o aluguel da casa, comprar comida, roupa e remédio.
Nossos governantes reconhecem a situação de miséria e de sofrimento do povo. Tanto é que até chegaram a dizer: “O sofrimento do povo brasileiro chegou ao limite do suportável”.
Mas só reconhecer não basta. É preciso que os governantes pensem um pouco na miséria do povo e façam alguma coisa por ele.

Herbert Lago Castelo Branco
Poeta e Escritor

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O BARQUEIRO E O INTELECTUAL

Um homem pegou carona com um barqueiro para atravessar uma represa. Enquanto o rude barqueiro remava, o intelectual começou a lhe fazer perguntas:
- Há quanto tempo trabalha com o barco?
- A vida toda, respondeu o barqueiro.
- Você fala inglês?
- Não, disse o barqueiro.
- Então você perdeu 20% da vida. E o homem continuou perguntando:
- Para que time você torce?
- Não torço, respondeu o barqueiro.
- Então perdeu mais 20% da vida.
- Sabe ler?
- também não, disse o barqueiro.
- Então perdeu mais 20% da vida.
- Você conhece a lei da gravidade?
- Não, respondeu o homem.
- Então perdeu mais 20% da vida.
Nessa altura veio um vendaval. As ondas se agitaram violentamente e o pequeno barco foi jogado de um lado para outro.
- Sabe nadar? Perguntou o barqueiro.
- Não, respondeu o intelectual.
- Então você perdeu a vida toda.

Fonte: Livro Lendas e fatos à luz da fé.
Pe. Luiz Cechinato

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

OS DESAFIOS QUE AGUARDAM A FUTURA PREFEITA DE CHAPADINHA

Entre os muitos desafios que aguardam a prefeita recém-eleita de Chapadinha, há alguns que a opinião pública não costuma identificar. Com os problemas que nossa cidade enfrenta em áreas tão vitais quanto os sistemas de saúde, educação, emprego, é até compreensível que esses passem despercebidos. A grande visibilidade de uns torna os outros imperceptíveis.
São, no entanto, muito graves e, em vários casos, a eles se podem atribuir as dificuldades que encontram para resolver velhas pendências, que vão ficando para trás enquanto as administrações se sucedem. Leis e normas complexas, que a inércia burocrática reluta em deixar modernizar, sempre ficam para depois.
Esses problemas decorrem do quadro altamente disfuncional da nossa legislação eleitoral e partidária, criada para um melhor relacionamento entre a prefeitura e a câmara de vereadores.
Olhando a composição da futura Câmara de Vereadores de Chapadinha eleita em outubro, prenunciam os problemas que a futura prefeita de Chapadinha Danúbia Carneiro vai ter pela frente, se quiser cumprir os compromissos que assumiu.
As perspectivas não são nada boas. Sabendo que seu partido elegeu somente 3 vereadores, em um total de 10? Sabendo ainda que são 7 partidos que ganharam representação, dos quais 5 partidos elegeram bancadas com apenas 1 vereador e mais 1 partido com apenas 2 vereadores, ou seja, que 7 vereadores foram eleitos por 6 partidos diferentes? Como será o relacionamento da futura prefeita Danúbia Carneiro com esses vereadores que, na maioria dos casos, foram eleitos por conta própria e que nada devem em termos de obrigações programáticas? Ainda assim, para questões polêmicas, a prefeita terá que construir maioria.
No multipartidarismo artificial e desorganizado que temos, é inevitável que essas relações sejam problemáticas. Todos os governos que se sucederam na União a partir da redemocratização passaram por crises delas advindas, dando-lhes respostas mais ou menos eficientes. Desde o “é dando que se recebe” ao mensalão, o problema sempre foi igual: como fazer com que um sistema ingovernável se torne mais manejável. Se o modelo decisório exige maiorias de parlamentares e o sistema partidário as dificulta, a tentação de encontrar remédios heterodoxos aumenta.

Herbert Lago Castelo Branco
Poeta e Escritor

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

CONHECE-TE A TI MESMO



Os primeiros filósofos da Grécia dedicaram-se ao conhecimento da natureza.
Tales de Mileto (640-550 a.C) estudou a água, porque esta era capaz de tomar todas as formas e era necessária à vida.
Anaxímenes (588-524 a.C) pesquisou o ar, pois este era tão necessário quanto a água e capaz de passar por todas as transformações, por meio da condensação e da dilatação.
Heráclito (540-475 a.C) estudou o fogo, porque era o elemento básico, subtil e ativo, dotado de incessante mobilidade.. Heráclito foi o filósofo da mudança ou do “vir a ser”. Nada é estável para a sua filosofia. “Tudo passa”, dizia ele.
Sócrates (470-499 a.C), porém, deixou de lado a física e quis descobrir o caminho para o homem ser feliz. Adotou como lema de sua filosofia a frase grega que viu na fachada do templo de Delfos: “guinoti seauton”, isto é, “conhece-te a ti mesmo”.
Sócrates estava certo. O ponto de partida para a realização da vida é a verdade sobre si mesmo. Começo perguntando-me: Quem sou eu? De onde vim? Para onde vou? Como devo viver?
A verdade é a base de tudo. Ela se encontra nas pequenas coisas e pode ir até o infinito, a ponto de identificar-se com o próprio Deus. E quem quiser estar livre de qualquer tipo de escravidão e ser plenamente feliz, procure conhecer bem a si mesmo e a Deus.
Jesus disse: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8,32).

Fonte: Livro Lendas e Fatos à Luz da Fé
Pe. Luiz Cechinato

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A LEI E OS FATOS

Estava assistindo um programa de auditório na TV, quando ouvir a apresentadora dizer: “Os casos reais de aborto são milhares por dia. Muitos deles são praticados clandestinamente, com sérios riscos de vida para a própria mãe. Por que não legalizar para que sejam realizados de maneira correta? A realidade está aí, gente!”
Com certeza sua fala chegou a tocar o sentimento daquelas pessoas que não têm o hábito de raciocinar. Houve muitos aplausos.
Acontece, porém, que tal argumento não tem lógica. É uma chantagem. Se a lei existe para legalizar os fatos, então vamos legalizar também o tráfico de drogas. Por que hão de correr tantos riscos aqueles que trazem a maconha e a cocaína para os nossos filhos?
Vamos legalizar também o adultério. Muitos são os casos reais de infidelidade conjugal! Por que um homem tem que tomar tanto cuidado para não ser pego com a mulher do outro? Se essa prática clandestina for legalizada, tudo será feito ”numa boa”.
E mais: vamos legalizar igualmente o roubo, o assalto à mão armada, o assassinato. Tudo isso acontece a todo momento. São milhares de casos por dia. Por que tais ações hão de ser praticadas na clandestinidade? Vamos liberar.
É o momento de raciocinarmos dentro da lógica. A falha está aqui: o certo não é fazer leis segundo o nosso comportamento, mas o nosso comportamento é que deve ser segundo a lei.
Eis o ponto mais baixo da decadência de uma sociedade: “Não tendo mais força moral para viver conforme a lei, o homem passa a criar leis que estejam de acordo com aquilo que faz”.
Herbert Lago Castelo Branco
Poeta e Escritor

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A JUSTIÇA DOS HOMENS

No ano 384 antes de Cristo, na Grécia, nascia um dos maiores filósofos da antiguidade: Aristóteles. Estudou em Atenas. Felipe II, da Macedônia, pediu-lhe que fosse o educador do filho Alexandre, que veio a ser o grande conquistador Alexandre Magno.
Aristóteles era uma inteligência extraordinária. Sua filosofia ficou famosa, sobretudo pela lógica. Sua escola recebeu o nome de “peripatética”. Era um método de ensinar andando.
Dizem que, certa manhã, ele saiu com seus discípulos para a caminhada de rotina e passou por um bosque. Parou à sombra das árvores e ficou olhando uma grande teia de aranha.
Observando atentamente, viu uma porção de bichinhos presos àquela engenhosa trama de fios finíssimos. Eram as vítimas que haviam caído na armadilha e iam servir de alimento às aranhas.
O filósofo notou que a teia de aranha prendia somente moscas e bichinhos pequenos. Por sinal, naquele momento um pássaro grande passou voando e levou no peito a teia.
Aristóteles chamou a atenção de seus discípulos, apontou para a teia de aranha e disse-lhes com autoridade de mestre: “Estão vendo essa teia de aranha? É bem a imagem da justiça humana: prende os pequenos e deixa passar os grandes; é poderosa diante dos fracos e fraca diante dos poderosos”.
Ainda hoje é assim. Para os grandes roubos não há punição porque, do muito que roubaram, sobra dinheiro para pagar os melhores advogados e ficarem livres. Para a cadeia vão os pequenos, que não sabem como se defender.

Fonte: Lendas e fatos a luz da fé
Pe. Luiz Cechinato